sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Temer exonera oito ministros para votar contra denúncia no plenário


Em qualquer país do mundo onde há o mínimo de ética, que infelizmente não é o caso do Brasil, atitudes como essa onde o presidente da República está sendo acusado de corrupção, exonerar ministros para que aqueles votem a favor de livrar a cara do seu "chefe" e depois voltarem normalmente para seus cargos como se tudo aquilo fosse normal, causaria enorme comoção popular e dos meios de comunicação. Porém, aqui na república das bananas, um presidente golpista faz dessa artimanha uma rotina. 

Políticos têm mandatos de deputados e voltam à Câmara a partir de hoje, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União.

O Diário Oficial da União publica hoje (20) decretos assinados pelo presidente da República, Michel Temer, com a exoneração de oito ministros de Estado.

Os ministros exonerados têm mandatos de deputados e voltam à Câmara, onde deverão participar da votação, em plenário, prevista para a próxima quarta-feira (25), da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Temer.

Na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, em sessão realizada na última quarta-feira (18), o relatório a favor da inadmissibilidade da denúncia foi aprovado pela maioria dos deputados que integram o colegiado.

Nos decretos de exoneração publicados nesta sexta-feira constam os nomes dos seguintes ministros: Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo; Leonardo Picciani, ministro do Esporte; Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho; Sarney Filho, do Meio Ambiente; Marx Beltrão, do Turismo; Maurício Quintella Lessa, dos Transportes; Mendonça Filho, da Educação; e Bruno Cavalcanti, das Cidades. 

Com informações da Agência Brasil.

Atirador de escola de Goiânia era do 8º ano e filho de militares


A escola, localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média, sofreu o atentado por volta do meio-dia.

Nesta sexta-feira (20), um tiroteio deixou ao menos duas pessoas mortas e outras cinco feridas no colégio Goyases, em Goiânia, Goiás.

Um jovem adolescente que estudava no próprio colégio e era do 8º ano, filho de militares, é supostamente o responsável pelos tiros. Ele já estaria sob custódia policial. 

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A escola, localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média, sofreu o atentado por volta do meio-dia.“Informações preliminares dão conta que ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse o coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz ao portal G1.

O Colégio Goyases tem turmas do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, com crianças e adolescentes de idades entre 6 e 15 anos. Uma estudante, que estava dentro do colégio no momento do tiroteio disse, emocionada, o que aconteceu. “Ele saiu dando tiro em todo mundo da sala. Eu segurei na mão da minha amiga e fui até a polícia. Não sabia o que fazer”, relatou à TV Anhanguera.

Tiroteio deixa dois mortos dentro de escola particular de Goiânia


O Corpo de Bombeiros relatou ainda que uma mulher ligou no 193 se identificando como professora e disse que uma pessoa invadiu a escola e fez diversos disparos.

Um colégio particular de Goiânia registrou um tiroteio nesta sexta-feira (20). De acordo com o portal G1, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), adiantou que duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas na escola localizada no Setor Riviera.

A escola, localizada no Setor Riviera, recebeu o serviço de socorro do Corpo de Bombeiros e, segundo o órgão, um dos feridos foi socorrido pelo Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) da Polícia Militar e levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Ainda de acordo com o portal G1, outros quatro, segundo informações repassadas pela corporação, foram levados a unidades de saúde por terceiros.

O Corpo de Bombeiros relatou ainda que uma mulher ligou no 193 se identificando como professora e disse que uma pessoa invadiu a escola e fez diversos disparos.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Gilmar diz que falava com Aécio sobre lei de abuso de autoridade


Relatório apontou que Gilmar Mendes e o senador realizaram 43 chamadas telefônicas via WhatsApp entre si.

Em nota encaminhada à imprensa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, informou nesta quinta-feira, 19, que manteve contato pelo celular com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para tratar do projeto de lei de abuso de autoridade.


De acordo com duas tabelas anexadas pela PF no relatório, referentes a dois celulares de Aécio Neves, teriam sido 38 chamadas com um celular de Aécio, e 5 com outro, dentro desse período de tempo. Do total de 43, 20 tiveram zero segundo de duração, sugerindo que não foram completadas. Outras 23 tiveram duração de tempo que variou entre alguns segundos e oito minutos.

"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, esclarece que manteve contato constante, desde o início de sua gestão, com todos os presidentes de partidos políticos para tratar da reforma política. Os encontros e conversas do ministro Gilmar Mendes são públicos e institucionais", diz a nota do TSE.

"Especificamente quanto às ligações de abril, ressalta que estava em debate no Senado Federal o projeto de lei de abuso de autoridade, tratado nas referidas conversas e defendido publicamente pelo ministro desde 2009, inclusive em palestras, seminários, artigos e entrevistas", completa a nota.

A PF destacou que Gilmar Mendes é relator de quatro inquéritos contra Aécio no STF e frisou que ao menos uma das ligações foi feita em um dia no qual o ministro deu uma decisão que suspendeu um interrogatório pelo qual o investigado deveria passar no dia seguinte.

"Não é possível conhecer a finalidade ou o contexto em que houve essas ligações, restando tão somente evidenciado a frequência de contato entre as autoridades em questão", observou inicialmente a PF no relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal como parte das análises realizadas na Operação Patmos.

Com informações do Estadão Conteúdo.

Dodge aponta Geddel como líder de organização criminosa


Manifestação da procuradora-geral se dá no bojo de um pedido de liberdade da defesa do ex-ministro.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou em manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) "fez muito em pouco tempo" e o apontou como "líder de organização criminosa".

A frase de Dodge sobre a atuação do peemedebista faz referência às suspeitas que lhe são imputadas, de embaraço a investigações e de ocultação de R$ 51 milhões.

A manifestação da procuradora-geral se dá no bojo de um pedido de liberdade da defesa do ex-ministro. Ela rejeita os argumentos dos advogados e pede a manutenção da prisão. O documento é do dia 16 de outubro.

"Em um primeiro momento, Geddel violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei ao embaraçar investigação de crimes praticados por organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro, reiterou a prática ao ocultar mais de R$ 50 milhões de origem criminosa. Fez muito em pouco tempo", disse.

Geddel foi preso pela segunda vez no dia 8 de setembro na operação Tesouro Perdido, quando cumpria prisão domiciliar.A Polícia Federal encontrou um bunker com malas e caixas de dinheiro -somados R$ 51 milhões- e identificou ao menos três digitais do político.

Investigações
Segundo Dodge, o valor "monumental" descoberto no apartamento é apenas "uma fração de um todo ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido".

"Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel parece ter sido a de líder da organização criminosa", escreveu. "A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado".

Na manifestação, Dodge fez referência às investigações da Cui Bono, que tem como tema desvios e fraudes na Caixa Econômica, banco que Geddel foi vice-presidente durante os anos de 2011 e 2013, sustentando que a liberdade do ex-ministro pode atrapalhar o andamento da apuração.

"Realço que é investigada uma poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-Ministro de Estado e o ex-Presidente da Câmara dos Deputados".

"Deve ser lembrado a este juízo, que se usufruir de prisão domiciliar, Geddel poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação. Como referido acima, ele deu provas materiais de que atuará de toda forma para que esta persecução criminal não tenha o mesmo êxito que teria se estivesse preso".

Com informações da Folhapress.

Em dois meses, Aécio ligou 33 vezes para Gilmar Mendes


Relatório da Polícia Federal indica que o senador ligou para Gilmar no dia em que o ministro tomou decisão favorável ao tucano.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) ligou para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes 33 vezes por meio de aplicativo WhatsApp entre o dia 16 de março e 13 de maio deste ano. O tucano realizou as ligações por meio de dois celulares. É o que aponta o relatório da Polícia Federal.

No entanto, o site de notícias Buzzfeed News, responsável pela divulgação do relatório, destaca que não é possível saber o conteúdo das conversas. O documento foi anexado a um dos processos que tramitam no STF sem sigilo e que tem como parte Aécio, sob a relatoria do ministro Edson Fachin.

O advogado de Aécio, Alberto Zacharias Toron, disse que, em nota, o senador mantém relações formais e que as conversas foram sobre reforma política. "O senador Aécio Neves mantém relações formais com o ministro Gilmar Mendes e, como presidente nacional do PSDB, manteve contados com o ministro, presidente do TSE, para tratar de questões relativas à reforma política. Ressalte-se que pouco mais da metade das ligações citadas foram completadas, conforme consta do relatório da PF. Ocorreram também reuniões públicas para tratar do tema, com a presença do presidente da Câmara e presidentes de outros partidos. O senador Aécio é autor de uma das propostas aprovadas no âmbito da reforma política.A decisão do Ministro Gilmar Mendes que suspendeu a oitiva do Senador foi resultado de petição protocolada pelos advogados do Senador, de acordo com a súmula 14 do STF.

Tal decisão encontra-se em harmonia com a pacífica orientação do STF e vai na linha de inúmeras outras decisões de outros ministros no mesmo sentido. Essa questão foi tratada pelos advogados junto ao tribunal, não tendo sido objeto de contato do senador com o ministro. A oitiva foi realizada poucos dias depois".

O relatório aponta que uma das chamadas ocorreu no dia 25 de abril, mesmo dia em que Gilmar Mendes suspendeu um depoimento que Aécio iria prestar à PF a pedido do parlamentar.

A PF não interceptou as conversas, as chamdas foram identificadas a partir da análise de celulares apreendidos com Aécio Neves na operação Patmos. "Verificou-se, ainda, a existência de vários registros de possíveis ligações, via aplicativo WhatsApp, entre a linha telefônica utilizada pelo Senador Aécio Neves e a linha gravada na agenda dos seus contatos como sendo do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes#, diz um dos trechos do relatório.

No entanto, a Polícia Federal destaca que não é possível afirmar que as ligações tenham relação com a decisão do magistrado. "Embora não sendo possível afirmar que as ligações havidas no dia 25/04/2017, tenham relação com o requerimento protocolado nesta mesma data pelo advogado do senador Aécio Neves e deferido neste mesmo dia pelo Ministro Gilmar Mendes, é de se destacar a coincidência desses contatos."

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