quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Maconha poderá ser usada para fins medicinais em Nova York


Blog Dag Vulpi - O governador do estado de Nova York, nos Estados Unidos, Andrew Cuomo, vai autorizar o uso de maconha para fins medicinais. De acordo com comunicado publicado na noite dessa quarta-feira (8) na página do governador na internet e com o discurso proferido pelo político no lançamento de sua agenda para 2014, Cuomo informou que será lançado no âmbito do estado um programa de pesquisa de viabilidade do uso da erva para fins medicinais.
Com a medida, Nova York será o 21º estado a liberar o uso da erva para o tratamento de dor, câncer e outras doenças graves. No anúncio, não foi informado quando a iniciativa entrará em vigor.

Venezuela quer Porto Rico na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos


Blog Dag Vulpi - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje (9) que vai propor que Porto Rico passe a fazer parte da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A proposta será feita na próxima cúpula da organização em Havana, Cuba, entre 25 e 29 deste mês.
"Jamais tiraremos do nosso coração a causa da independência de Porto Rico. Eu disse ao ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, para preparar um documento especial porque a delegação da Venezuela vai propor a integração de Porto Rico à Celac", disse Maduro em Caracas, durante comemoração do 55º aniversário da Revolução Cubana.

Telefonia pode ficar livre de contratos de fidelização


A Câmara analisa o Projeto de Lei 5267/13, do deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que proíbe cláusulas contratuais que obriguem a fidelização do consumidor e o pagamento de multas para o cancelamento antecipado de contratos de prestação de serviços de telecomunicações. 

O projeto altera o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), acrescentando essas práticas entre as consideradas como abusivas pelo código. Conforme o texto, as cláusulas contratuais de fidelização passarão a ser consideradas como nulas. 

"Hoje, com a fidelização, temos a imposição de uma verdadeira prisão aos usuários dos serviços de telecomunicações, que ficam impossibilitados de trocar de operadora, mesmo que lhes sejam oferecidas mais vantagens e melhores preços por um concorrente de sua operadora atual", argumenta Lelo Coimbra. 

Ações de Barbosa criam mal-estar no STF

Severino Motta - de Brasília
A decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, de sair de férias sem assinar o mandado de prisão contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) gerou mal-estar entre alguns ministros da corte, que criticaram a falta de um critério objetivo na execução da última etapa do mensalão.

Folha ouviu 3 dos 11 ministros, que reclamaram de três pontos da atuação de Barbosa nas prisões:

1. Nem todos os sentenciados tiveram seus mandados de prisão expedidos no mesmo dia em que seus processos foram encerrados, como ocorreu com a primeira leva dos detidos do mensalão;
2. somente um dos dois condenados com problema de saúde já está cumprindo pena. José Genoino está em prisão domiciliar, enquanto o delator do caso, Roberto Jefferson, segue solto no Rio; e
3. o envio a Brasília dos primeiros presos do processo, e posterior permissão para que um deles (Rogério Tolentino) se entregasse e ficasse em seu Estado (Minas Gerais).

Desde o início das prisões, não há parâmetro aparente para saber quando um mandado será expedido contra os condenados. Há sentenciados que foram detidos no mesmo dia que Barbosa encerrou seus processos.

Ministro Joaquim Barbosa

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Ale Silva/Futura Press/Folhapress
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Barbosa participa de palestra do 8° Congresso de Jornalismo Investigativo na PUC, no Rio
Outros, após o fim da tramitação no STF, esperaram um, dois ou três dias até terem as prisões decretadas. João Paulo, que viu seu processo chegar ao fim na segunda-feira e chegou a se preparar para ir à prisão na terça, segue sem saber quando terá seu mandado expedido.

Também não se sabe se ele será assinado pela ministra Cármen Lúcia, que está no lugar de Barbosa durante o recesso, ou pelo próprio presidente, em fevereiro, quando a corte retomar o trabalho.

Um dos ministros ouvidos pela Folha disse que o mensalão é um processo delicado, por isso, qualquer ação que crie confusão ou turbulência no caso é prejudicial. Outro reclamou que as incertezas de procedimento geram desconforto psicológico desnecessário aos presos.

Um terceiro ministro, por sua vez, fez críticas duras a Barbosa. Para ele, que como os colegas pediu anonimato, apenas a exposição midiática do caso justifica a demora para a expedição de mandados de prisão. A defesa de João Paulo criticou a situação a que seu cliente é submetido. De acordo com o advogado Alberto Toron, essa indefinição cria uma situação "desumana".

Na opinião do advogado, Cármen Lúcia só pode dar decisões em casos urgentes e não poderia expedir um mandado de prisão em um processo que não relatou. Ministros ouvidos pela Folha, no entanto, acreditam que tanto ela quanto o próprio Barbosa poderiam assinar o termo. Mas consideram pequena a chance de a interina dar decisões no processo.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa do STF (Supremo Tribunal Federal) disse à Folha que não comenta afirmações dadas por ministros da corte sobre o mensalão na condição de anonimato. Em relação à diferença de prazos entre o encerramento dos processos e a expedição de mandados de prisão, a corte informou que "cada caso é um caso".

Por isso, demandariam análises individuais feitas por técnicos do Supremo, com posterior revisão dos documentos por parte dos ministros. O processo, ainda de acordo com a assessoria, impede a existência de um tempo padrão para a produção dos mandados.

Sobre o caso de Rogério Tolentino, que atuou como advogado do operador do esquema, Marcos Valério, e obteve o direito de se apresentar em Belo Horizonte (MG) ao invés de Brasília, como aconteceu com parte dos presos do mensalão, a assessoria informou que ele havia feito o pedido para permanecer em seu Estado no dia 4 de novembro, antes mesmo da expedição de seu mandado de prisão.

Por fim, a assessoria de imprensa do Supremo destacou que o delator do esquema, Roberto Jefferson, revelou seu quadro de saúde e a realização de uma cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas no último recurso enviado à corte. Mas, como a definição de seu pedido de prisão domiciliar ainda está pendente de uma decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, não poderia dar mais detalhes sobre o caso.

Editoria de Arte/Folhapress

Pode enterrar que está morto!


“O sujeito já era. Pode avisar a família.” Feito o diagnóstico, o doutor arrancou as luvas e foi atender outro paciente que bebera soda cáustica com campari, e agora vomitava feito o diabo (não se sabia ao certo se sangue, se bile ou se campari), incomodando a todo mundo, sem, contudo, dar um fim aos seus cruéis dilemas existenciais.

Um amigo de Azor (era este o nome do falecido) foi o primeiro a saber do óbito e a choramingar. Sem rodeios, sem classe, enxugou as lágrimas do narigão na manga da camisa e telefonou para a esposa do morto comunicando a tragédia tintim por tintim. Teve a impressão de ouvir gargalhadas do outro lado da linha (certamente, um equívoco seu), junto com ruídos de algum objeto se quebrando, quem sabe um vaso derrubado com o impacto do cotovelo e da notícia. Tem gente que até gosta do papel, mas, é péssimo dar as más notícias.

Para sempre Emmanuelle

La actriz holandesa Sylvia Kristel, que protagonizó el famoso filme erótico francés “Emannuelle” 
Faz-se pertinente e justíssimo o seguinte preâmbulo: o erotismo (ou a pornografia, sei lá, alguém aí, por favor, me acuda!) ficou mais brocha com a morte da atriz holandesa Sylvia Kristel. Corroída aos 60 anos de idade por um câncer de garganta, Sylvia gozou (sem trocadilhos, senhores!) de enorme popularidade em motéis, saunas, cinemas e banheiros domésticos do mundo inteiro, por conta da lasciva personagem Emmanuelle, diva da sacanagem cinematográfica nos anos 70. Ao concluir a redação desta crônica, haverei, sim, de render à musa das bolinações genitais vespertinas, um derradeiro e comovido tributo. Mãos à obra! Vamos ao texto, que o tempo urge...

Meretrício por meretrício, eu prefiro a companhia simplória da pseudo-universitária Emanuele (codinome abrasileirado, escrito faltando um “eme” e um “éle”). Mentira por mentira, eu escolho as enganações de Maria da Anunciação — a iletrada (e desletrada) Emanuele — cuja alcunha foi a ela imposta, ainda nos primórdios da prostituição na cidade de Pasárgada, ocasião em que, impulsionada pela condição miserável de vida, patrocinada pela mãe alcoólatra, contava 14 anos incompletos e 40 quilos mal pesados.

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