A Polícia Federal prendeu, temporariamente por cinco dias, o ex-gerente executivo da área de Engenharia e de Serviços da Petrobras Roberto Gonçalves, na 20ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (16). Também foi preso Nelson Ribeiro Martins, que atuaria como operador financeiro no esquema de corrupção.
Gonçalves foi gerente executivo da estatal entre 11 de março 2011 e 3 de maio de 2012 e foi substituído por Pedro José Barusco Filho no cargo. Ele é suspeito de receber propinas de empresas que prestavam serviço para a Petrobras.
Martins, segundo o despacho do juiz federal Sérgio Moro, atuaria como intermediador do pagamento de propinas entre empreiteiras e dirigentes da estatal.
Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes em apuração. Os presos foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
A Agência Brasil entrou em contato com James Walker Junior, advogado que representa Roberto Gonçalves, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. A reportagem está tentando localizar a defesa de Martins. A Petrobras informou, por meio de nota, que, sobre a 20ª fase da Operação Lava Jato, está solicitando mais informações à Polícia Federal para que possa continuar colaborando com as autoridades. “A companhia conduziu comissões e auditorias internas para apurar irregularidades e os relatórios finais foram enviados para que os órgãos competentes pudessem aprofundar as investigações. Os nomes envolvidos na operação de hoje foram citados em relatórios de apurações internas realizadas pela Petrobras”, disse a nota.
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