Respeitando um acordo feito com
petistas em 2010, a Câmara dos Deputados deve eleger nesta segunda-feira o
peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) para substituir o atual presidente da
Casa, Marco Maia (PT-RS). A eleição está marcada para as 10h de hoje. Além de
Eduardo Alves, os deputados terão outros três candidatos: Rose de Freitas
(PMDB-ES), considerada a favorita pelo baixo clero da Câmara; Júlio Delgado
(PSB-MG); e Chico Alencar (PSOL-RJ)
Mas o peemedebista enfrenta denúncias.
Um dossiê que reúne todas as reportagens contra Alves foi colocado, na última
madrugada, por baixo das portas dos gabinetes da Câmara. O compilado de
matérias estava dentro de um envelope branco, com o carimbo "urgente"
estampado na frente.
Pelo menos 13 partidos já declararam
apoio ao deputado, somando mais de 380 prováveis votos favoráveis (o voto é
secreto e, por isso, os deputados podem mudar a decisão perante a urna no
momento da votação).
A eleição de hoje será comandada
ainda por Marco Maia, em seu último ato à frente dos trabalhos. Para vencer, o
candidato precisa ter, no mínimo, 257 votos - o equivalente à metade mais um
dos deputados.
Na Câmara, a eleição promete ser
menos conturbada do que no Senado - que, na última sexta-feira, elegeu Renan Calheiros
(PMDB-AL) para presidir os trabalhos, apesar das inúmeras denúncias que pesam
contra ele (incluindo uma oferecida pela Procuradoria-Geral da República ao
Supremo Tribunal Federal).
O novo presidente vai comandar a
Câmara pelos próximos dois anos. Depois do vice-presidente da República, o
chefe da Casa é o terceiro na linha sucessória, caso a presidente Dilma
Rousseff precise viajar ao exterior.
Denúncias contra Alves
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Alves teria beneficiado, por meio de emendas parlamentares, a empresa de seu ex-assessor na Câmara, Aluizio Dutra (também tesoureiro do PMDB no Rio Grande do Norte, Estado do deputado). Dutra pediu demissão do cargo que ocupava na Câmara desde 1998 imediatamente após a polêmica vir à tona. De acordo com a reportagem, a sede da empresa de Dutra fica sediada num bairro de classe média baixa de Natal, não tem um funcionário sequer e é vigiada por um bode.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Alves teria beneficiado, por meio de emendas parlamentares, a empresa de seu ex-assessor na Câmara, Aluizio Dutra (também tesoureiro do PMDB no Rio Grande do Norte, Estado do deputado). Dutra pediu demissão do cargo que ocupava na Câmara desde 1998 imediatamente após a polêmica vir à tona. De acordo com a reportagem, a sede da empresa de Dutra fica sediada num bairro de classe média baixa de Natal, não tem um funcionário sequer e é vigiada por um bode.
Outra reportagem, da revista Veja,
denuncia que Henrique Eduardo Alves teria contratado uma empresa de aluguel de
veículos com registro em nome de um laranja. O Ministério Público Federal abriu
inquérito para investigar o pagamento da empresa com uso de recursos públicos.
Terra
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