Levantamento do
economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, mostra que muitas divisas
perderam valor frente ao dólar por conta da aversão dos investidores a
aplicações de risco, que aumenta em épocas de crise.
Mas o real teve a
maior desvalorização, segundo ele, por causa de medidas adotadas
deliberadamente pela equipe econômica.
A queda alcança 8,08%,
enquanto o peso mexicano, por exemplo, andou na direção oposta e subiu 5,9%.
Segundo o economista,
o governo foi longe demais ao enfraquecer o real para atender a demanda dos
exportadores.
“Manipular o câmbio é sempre perigoso, pois não sabemos nunca como será a repercussão na economia. O resultado da Petrobras no segundo trimestre foi decepcionante por conta, justamente, da apreciação do dólar”, observou.
“Manipular o câmbio é sempre perigoso, pois não sabemos nunca como será a repercussão na economia. O resultado da Petrobras no segundo trimestre foi decepcionante por conta, justamente, da apreciação do dólar”, observou.
De acordo com
Perfeito, a desvalorização emite um sinal sutil, mas poderoso, de que é melhor
ficar “vendido” em Brasil e comprado em outras divisas.
“Quem fez dívida em
dólar porque acreditava que o real continuaria forte devido ao crescimento
econômico perdeu dinheiro”, constatou.
Na avaliação dele, a
moeda brasileira vai alcançar níveis adequados quando a taxa básica de juros, a
Selic, atingir patamar próximo ao de outros países.
“Aumentar o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital estrangeiro e outras
invencionices só colocam o carro na frente dos bois”, criticou.
Bolsas
E não é só o real que está derretendo. O desempenho da bolsa brasileira este ano está entre os piores do mundo.
Segundo ranking da revista britânica The Economist, tomando o dólar como referência, a BMF& Bovespa teve desvalorização de 15,3% de janeiro a julho.
A perda só não foi
maior que a das bolsas de Espanha (-34%), Itália (-22,6%) e Grécia (-19,3%),
países que enfrentam grave crise econômica.
Além da crise, que fez
estrangeiros retirarem dinheiro do país (só em junho saíram US$ 740,5 milhões
da BM&FBovespa), alterações na tributação de investimentos aumentaram a
percepção de risco.
Neste ano, houve duas
mudanças no IOF cobrado sobre aplicações estrangeiras em renda fixa.
Com informações do Correio Braziliense
Com informações do Correio Braziliense
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