segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Economia: Selic sobe 0,5 %, Crescimento para nos 2,2%, Confiança da Industria cai, Dólar fechará em R$2,32 e IPC avança.

Taxa Selic deve subir 0,5 ponto percentual, segundo pesquisa do BC a instituições financeiras
As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente, está em 8,5% ao ano. Amanhã e na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC vai se reunir para definir a taxa básica.

De acordo com a pesquisa do BC, a Selic vai finalizar 2013 em 9,5% ao ano. A previsão anterior era 9,25% ao ano. Além da reunião deste mês, o Copom também vai definir a Selic em outubro e em novembro deste ano. Para o fim de 2014, a previsão segue em 9,5% ao ano.


A taxa Selic é usada pelo BC como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação. Com a alta dos preços no país em 2013, o Copom decidiu iniciar processo de aumento da taxa básica em abril, quando a Selic subiu de 7,25% para 7,5%. Em maio e julho, houve aumentos de 0,5 ponto percentual.

A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,74% para 5,80%, em 2013, e de 5,80% para 5,84%, no próximo ano. Essas projeções estão acima do centro da meta de inflação (4,5%) a ser seguida pelo BC, mas está abaixo do limite superior da meta (6,5%).

A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 4,32% para 4,37%, este ano, e segue em 5,27%, em 2014.

A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 4,51% para 4,55%, este ano, e de 5,50% para 5,57%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção foi ajustada de 4,49% para 4,50%, em 2013, e segue a estimativa de 5,5% no próximo ano.

Projeção de crescimento da economia este ano é ajustada para 2,2%

A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, foi levemente ajustada para baixo. De acordo com a pesquisa semanal do Banco Central (BC) em relação ao mercado financeiro, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 2,21% par 2,20%, este ano. Para 2014, também houve redução da estimativa de 2,50% para 2,40%.

A estimativa para a expansão da produção industrial subiu de 2,08% para 2,11%, este ano, e caiu de 3% para 2,90%, em 2014.

A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 34,9% para 35%, este ano, e mantida em 34,7%, no próximo ano.no próximo ano.

Confiança da Indústria volta a cair e atinge menor nível desde 2009

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, recuou 0,6% em agosto sobre julho, ao atingir 99 pontos ante 99,6. Foi o menor nível desde julho de 2009 (95,7 pontos). Sobre o levantamento anterior, o recuo foi menos intenso. Entre junho e julho, o índice havia caído 4%.

Essa queda entre julho e agosto foi influenciada, principalmente, pelo Índice da Situação Atual (ISA) que ficou 1,1% abaixo da última medição com 99,5 pontos, o mais baixo desde julho de 2009 (96,7). O Índice de Expectativas (IE) teve pequena variação negativa de 0,1% e 98,5 pontos, resultado avaliado pelos economistas da FGV como estável, após cinco quedas consecutivas.

Na avaliação deles, o resultado da pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação mostra que o ritmo de atividade no setor está lento e com expectativas entre neutras e de moderado pessimismo. Uma das sinalizações é o nível de estoques, que diminuiu 3,8%, alcançando 93,1 pontos, marca abaixo da média de 95,9.

Para 9,4% dos empresários consultados, o nível de estoques está excessivo, taxa maior do que a apurada em julho, quando 7,7% fizeram  a mesma avaliação. A parcela dos que consideraram o nível de estoques insuficiente passou de 4,5 para 2,5%.

No período, também houve queda de 0,5% no indicador de emprego, com 104,6 pontos, o menor desde junho de 2009 (98). Ao serem consultados sobre o que esperam para os próximos três meses, 17% dos empresários acenaram com a possibilidade de ampliar as contratações, proporção melhor em comparação a junho, quando 16% fizeram tal indicação.

No entanto, cresceu também a parcela dos que preveem corte de pessoal, passando de 10,9% para 12,4%. Quanto ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) houve queda de 0,2 ponto percentual, ao atingir 84,2%.

Dólar deve chegar a R$ 2,32 ao final deste ano, de acordo com expectativa de instituições financeiras


A projeção de instituições financeiras para a cotação do dólar ao final deste ano subiu pela terceira semana seguida. É o que mostra pesquisa semanal divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central (BC).

Desta vez, a expectativa para o dólar ao final de 2013 passou de R$ 2,30 para R$ 2,32. Para o final de 2014, a estimativa também subiu, pela segunda semana consecutiva, de R$ 2,35 para R$ 2,38.

Hoje (26), o BC dará continuidade ao programa de leilões de venda de dólares, anunciado no último dia 22. O objetivo da autarquia é promover hedge (proteção a risco) cambial aos agentes econômicos e liquidez (dólares disponíveis).

A alta da moeda no país é reflexo da intenção do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de reduzir os estímulos monetários. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Ainda de acordo com a pesquisa do BC a instituições financeiras, a previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações), resultado que poderá ser influenciado pela cotação do dólar, passou de US$ 4,35 bilhões para US$ 3,4 bilhões, este ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 9 bilhões, em 2014. A alta do dólar poderá ser um fator de estímulo às exportações e de desestímulo às importações, principalmente de bens de consumo.

As mudanças na cotação do dólar também podem gerar efeitos na balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, entre outros) e de rendas (salários, juros, lucros e dividendos). Na última sexta-feira (23), o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que se a alta do dólar persistir, além dos efeitos na balança comercial, os gastos de brasileiros no exterior tendem a se reduzir, nos próximos meses. Outro efeito será a redução das remessas de lucros e dividendos de empresas no Brasil para o exterior. Com a alta do dólar, fica mais caro enviar esses recursos para fora do país.

A previsão das instituições financeiras para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi mantida em US$ 77 bilhões este ano e passou de US$ 79,46 bilhões para US$ 78,55 bilhões, em 2014.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.

IPC-S avança em seis capitais na terceira semana de agosto

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje (26) os números referentes a cada local estudado na terceira semana de agosto. A única cidade em que não houve alta foi Belo Horizonte, com queda de 0,01 ponto percentual.

O IPC-S divulgado em 22 de agosto, de 0,16%, representou aumento de 0,11 ponto percentual em relação à semana anterior. A capital em que o índice mais subiu foi o Rio de Janeiro, com alta de 0,23 ponto percentual, puxada principalmente pela classe de despesa habitação. Além de ser o que mais acelerou, o índice do Rio também é o mais alto, com 0,46%.

Porto Alegre foi a outra capital em que o IPC-S subiu mais que a média nacional, com avanço de 0,14 ponto percentual, que levou o indicador a 0,32%. As classes vestuário e educação, leitura e recreação foram as que mais se destacaram na aceleração do índice.

Salvador (0,09 ponto percentual), São Paulo (0,06) e Brasília (0,05) também tiveram alta no IPC-S, mas abaixo do índice nacional. As três capitais registram taxas de -0,21%, 0,07% e 0,20%, respectivamente.

Agência Brasil

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