A
controvérsia entre o Reino Unido e o Equador devido à concessão de asilo
político ao australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks,
levou a reuniões extraordinárias do Conselho Permanente da Organização dos
Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para a América (Alba) e da
União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O
conselho da OEA se reúne hoje (17) em Washington, nos Estados Unidos, para
definir se haverá uma convocação extra dos ministros das Relações Exteriores,
no próximo dia 23, como pediu o governo do presidente equatoriano, Rafael
Correa. A Alba e a Unasul convocaram reuniões para o fim de semana.
O
ministro das Relações Exteriores equatoriano, Ricardo Patiño, pediu à OEA, à
Alba e à Unasul uma resposta oficial sobre as ameaças das autoridades
britânicas de ocupação da Embaixada do Equador no Reino Unido. Os britânicos
insistem que Assange deve ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de
crime sexual.
"Esperamos
que a OEA possa dar uma resposta", disse Patiño, que se queixou das
ameaças das autoridades britânicas de entrar na embaixada. Ontem (16), ele
anunciou a concessão de asilo político a Assange, que há 59 dias está abrigado
na representação diplomática equatoriana em Londres.
Formado
em física e matemática pela Universidade de Melbourne, na Austrália, Assange
passou a ser conhecido internacionalmente pelo site Wikileaks, que
divulgou em detalhes uma série de documentos sigilosos de vários países. O
advogado de Assange, Michael Ratner, disse que ele escolheu o Equador para
pedir asilo por considerar o país livre de manipulações externas.
*Com
informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay.
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