quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Irmã de Aécio chefiará campanha. Reinaldo ataca


Senador Aécio Neves (PSDB-MG) definiu que a irmã, Andrea Neves, irá coordenar o comitê de comunicação de sua campanha à presidência da República; "A entrada dela na campanha é natural pelo currículo na área e pela afinidade que tem com o Aécio", diz o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), um dos aliados mais próximos do presidenciável; já o porta-voz do serrismo, Reinaldo Azevedo protesta: "Tenho pra mim que é um papel importante demais para quem nem mesmo chega a ser uma militante do PSDB"

Uma decisão tomada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano à presidência da República, já demonstra o grau de dificuldades e de fogo amigo que ele enfrentará em sua tentativa de conquista do Palácio do Planalto.

A informação foi negada no final da manhã pelo PSDB mineiro (leia aqui).

Aécio escolheu sua irmã, a jornalista Andréa Neves, para coordenar uma das áreas mais sensíveis da campanha: a comunicação. Nesse papel, ela estará à frente de um conselho que terá missões como a contratação de um novo marqueteiro, após a saída de Renato Pereira, a definição das estratégias da propaganda política e a condução das relações com a imprensa.

Aliados próximos ao senador, como o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), viram a escolha de Andrea com naturalidade. "A entrada dela na campanha é natural pelo currículo na área e pela afinidade que tem com o Aécio", diz ele.

No entanto, outras forças do PSDB, mais alinhadas com o serrismo, já efetuaram os primeiros disparos. Segundo o blogueiro Reinaldo Azevedo, este foi "o primeiro erro importante" de Aécio em sua campanha (leia mais aqui). "Tenho pra mim que é um papel importante demais para quem nem mesmo chega a ser uma militante do PSDB. Parece ser um emblema e tanto destes dias o fato de o maior partido de oposição ter a campanha eleitoral à Presidência sob uma espécie de tutela doméstico-familiar", diz ele.

Reinaldo integra uma ala do PSDB, mais raivosa, que prega a campanha negativa contra o PT, com a exploração de temas como o chamado "mensalão" na disputa eleitoral – o que causa desconforto ao tucano, que se vê como uma espécie de "pós-Lula" e não de "anti-Lula".

Caberá, agora, a Andrea a difícil missão de pacificar o PSDB, contendo as labaredas do fogo amigo.


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