Senador Aécio
Neves (PSDB-MG) definiu que a irmã, Andrea Neves, irá coordenar o comitê de
comunicação de sua campanha à presidência da República; "A entrada dela na
campanha é natural pelo currículo na área e pela afinidade que tem com o
Aécio", diz o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), um dos aliados mais
próximos do presidenciável; já o porta-voz do serrismo, Reinaldo Azevedo
protesta: "Tenho pra mim que é um papel importante demais para quem nem
mesmo chega a ser uma militante do PSDB"
Uma decisão
tomada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano à presidência
da República, já demonstra o grau de dificuldades e de fogo amigo que ele
enfrentará em sua tentativa de conquista do Palácio do Planalto.
Aécio escolheu
sua irmã, a jornalista Andréa Neves, para coordenar uma das áreas mais
sensíveis da campanha: a comunicação. Nesse papel, ela estará à frente de um
conselho que terá missões como a contratação de um novo marqueteiro, após a
saída de Renato Pereira, a definição das estratégias da propaganda política e a
condução das relações com a imprensa.
Aliados
próximos ao senador, como o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), viram a escolha
de Andrea com naturalidade. "A entrada dela na campanha é natural pelo
currículo na área e pela afinidade que tem com o Aécio", diz ele.
No entanto,
outras forças do PSDB, mais alinhadas com o serrismo, já efetuaram os primeiros
disparos. Segundo o blogueiro Reinaldo Azevedo, este foi "o primeiro erro
importante" de Aécio em sua campanha (leia mais aqui). "Tenho pra mim que é um papel importante demais
para quem nem mesmo chega a ser uma militante do PSDB. Parece ser um emblema e
tanto destes dias o fato de o maior partido de oposição ter a campanha
eleitoral à Presidência sob uma espécie de tutela doméstico-familiar", diz
ele.
Reinaldo
integra uma ala do PSDB, mais raivosa, que prega a campanha negativa contra o
PT, com a exploração de temas como o chamado "mensalão" na disputa
eleitoral – o que causa desconforto ao tucano, que se vê como uma espécie de
"pós-Lula" e não de "anti-Lula".
Caberá, agora,
a Andrea a difícil missão de pacificar o PSDB, contendo as labaredas do fogo
amigo.
Do Brasil 247
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