terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Metal mais raro que ouro usado em carros está cada vez mais incomum com queda do petróleo





O renovado caso dos EUA com o automóvel está diminuindo as reservas mundiais de paládio, um metal mais raro do que o ouro.

Embora cada carro precise de apenas algumas gramas de paládio, a demanda em 2015 provavelmente supere a oferta pelo quarto ano consecutivo, segundo a Johnson Matthey Plc, fabricante de conversores catalíticos para automóveis que utilizam o metal para reduzir as emissões daninhas dos escapamentos. As vendas globais de carros cresceram 3,4 por cento no ano passado, para o recorde de 81,6 milhões de veículos, disse a Macquarie Group Ltd. em um relatório na semana passada.

Os menores preços do petróleo em cinco anos e créditos bancários baratos estão ajudando a prolongar uma recuperação das vendas de automóveis que começou em 2009, impulsionando a demanda por todo tipo de produto, de conversores catalíticos e lâminas de alumínio da Alcoa Inc. até pneus da Goodyear Tire  Rubber Co. Mesmo depois que os preços do paládio subiram para seu valor máximo em 13 anos em setembro, o e o Deutsche Bank AG continuam altistas em relação ao metal porque o setor de autopeças responde por 70 por cento da utilização do metal.

“O paládio é um lugar interessante para estar por causa da sua exposição à gasolina”, disse Scott Winship, gerente de fundos da Investec Asset Management, que supervisiona cerca de US$ 112 bilhões, em entrevista por telefone de Londres. “A demanda por carros nos EUA é incrivelmente forte e poderia até mesmo ultrapassar picos prévios observados por nós antes da crise financeira”

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Policial fala em depoimento que o ex-diretor teria aterrado dinheiro numa piscina

Por Andreia Sadi
Em seu depoimento à Polícia Federal, o policial afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, disse ter ''ouvido'' que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria aterrado uma piscina em sua casa, no Rio de Janeiro, para guardar dinheiro.

Ainda não é possível saber o que os investigadores fizeram com a vaga informação fornecida por Careca. Mas uma comparação entre imagens aéreas antigas e recentes do local mostra que, de fato, uma piscina desapareceu do imóvel de Costa, que fica num condomínio na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

No local onde havia um nítido quadrado azul rodeado de um piso claro, bem na entrada de sua residência, há agora só um gramado plano.


Conforme o histórico de imagens de satélite do Google Earth, recurso disponível para quem faz download da ferramenta, a casa de Costa ainda era equipada com a piscina em 17 de setembro de 2009. A imagem mais nítida da piscina, feita três meses antes, é a que ilustra esta reportagem (confira abaixo)

Em 18 de janeiro de 2010, porém, a piscina já não estava mais lá. Nesta quinta-feira (15), a Folha sobrevoou o local. Na foto mais recente, feita pela reportagem, também só é possível identificar um gramado.
Preso na sétima etapa da Operação Lava Jato, em novembro, mas já em liberdade, Careca trabalhava como carregador de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef, detido até agora.

Acidente que matou Campos foi sucessão de falhas humanas, conclui Aeronáutica



Eliane Cantanhêde  

As investigações da Aeronáutica, que começam a ser divulgadas no início de fevereiro, concluíram que o acidente que matou o presidenciável do PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no meio da campanha eleitoral do ano passado, foi causado por uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins - desde a falta de treinamento para aquela aeronave até o uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida.

Como resultado decisivo, Martins foi obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, operando os aparelhos em desacordo com as recomendações do fabricante do avião e acabando por sofrer o que é tecnicamente descrito como "desorientação espacial". É quando o piloto perde a referência do avião em relação ao solo, não sabe se está voando para cima, para baixo, em posição normal, de lado ou de ponta cabeça.

Essa conclusão sobre a "desorientação espacial" baseou-se em informações sobre os últimos segundos do voo, no momento em que o avião embicou num ângulo de 70 graus e em potência máxima, como se o piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida, quando na verdade estava voando para baixo, rumo ao solo.

O acidente ocorreu na manhã de 13 de agosto de 2014, quando o Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Por volta de 10 horas, a aeronave caiu em Santos, no bairro Boqueirão. Além de Eduardo Campos, que estava em terceiro lugar na corrida presidencial, morreram quatro assessores dele, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Recado para a vereança, em especial para a Canela Verde




Por Dag Vulpi


Na ideologia da política representativa esta cada vez mais difícil encontrarmos parâmetros de referencia, e essa situação se agrava quando trazemos o foco para as câmaras municipais espalhadas por esse Brasil afora. 

Carecemos de políticos que defendam os bons princípios e a ética como um todo. Atualmente dispomos de representantes que sofrem de miopia para a elaboração de novos projetos legislativos, e quando esses ocorrem são propostas simplórias, individualistas e cheias de segundas intenções, com objetivos outros, não o de beneficiar seus representados.

Pior ainda é a constatação que esses maus exemplos partem dos políticos “da velha guarda”, aqueles que teimam em perpetuarem-se no poder, aqueles que já não dispõe mais de artifícios para promoverem inovações, transformaram-se em políticos de carreira, melhor dizendo, em fim de carreira.

Para comprovar vou além, e desafio-os a puxarem pela memória qual o legado que os nossos atuais representantes deixarão quando finalmente não existirem possibilidades (eu particularmente já não as vejo) para esses senhores se sustentarem como nossos representantes? O que esses senhores quando finalmente se aposentarem poderão dizer que fizeram de útil em prol da sociedade canela verde que justificou as suas intermináveis reeleições? Qual foi o mérito que houve? Com muita boa vontade ainda assim daria para contar nos dedos o que esses senhores fizeram de bom ao longo de seus mandatos, lembro ainda que, cada mandato são quatro anos, e a maioria dos atuais, já estiveram a vereança por mais de um mandato, há aqueles que acumulam mais de três, totalizando doze anos de desserviço à comunidade.

Essas rajadas de absurdos deixa-nos cada vez mais incrédulos, estamos sendo estrategicamente nocauteados por este sentimento de impotência.

Nada poderemos fazer para corrigir aqueles votos que confiamos aos candidatos nas eleições anteriores, aqueles foram votos perdidos, porém, podemos fazer muito com o voto que ainda vamos depositar nas próximas eleições.

Precisamos acertar nas nossas próximas escolhas, o nosso, e o futuro de muitos que queremos bem dependerá dessa nossa escolha.

Não é tão difícil quanto aparenta ser, basta exercermos a nossa cidadania com responsabilidade, e para isso precisaremos rever nossos antigos critérios de avaliação, vamos observar com carinho os nomes que teremos à nossa disposição, vamos escolher aqueles que possam realmente provocar as mudanças que precisamos, sem compromissos partidários mesquinhos, sem apadrinhamentos, e principalmente, nunca, jamais, vender voto.

Deixemos os ruins de lado, e vamos acreditar num futuro melhor para todos, e seguirmos confiantes de que: AINDA HÁ ESPERANÇA.

Crumb, definitivamente, é Charlie.



Por Marco Lisboa


Ele criou uma personagem, Big Baby, que era uma afrodescendente com déficit cognitivo. Big Baby era estuprada (segundo a definição atual) pelo senhor da melhor idade que aparece na capa da revista. Nem queiram saber o que rola na historinha.

Vamos enquadrar Crumb como racista, sexista, pedófilo e estuprador? Ops, mas o espaço ficcional existe para isso mesmo, para praticarmos as transgressões que não devem ser praticadas na vida real. Estupradores não leem Crumb. Ele exige certo nível de sofisticação.

Mas é bem mais fácil para o politicamente correto colocar tudo no mesmo saco e sacar a tesoura. Pensar não é o forte dessa turma.



Debate entre membros do grupo Consciência Política e Razão Social no Facebook.


Josué Kaiuá Borges Coisa de gente pouco inteligente. Vejo muito disso em um pessoalzinho conservador da esquerda. Sou humanista, adoro GTA e meu filme predileto é scarface.

Marco Lisboa Eu juro que no meu tempo a esquerda era inteligente e a direita é que era conservadora. Agora os liberais (no sentido político do termo) estão mais avançados que essa esquerda carola (e hipócrita). O politicamente correto está acabando com a esquerda.

Josué Kaiuá Borges Tenho que concordar. Muitos liberais têm relativamente bons argumentos. Não sei de antigamente, pois era direita, mas para muitos ser de esquerda é se vestir hindu e fumar maconha.

Marco Lisboa Eu sou de 1950. Fiquei 9 anos clandestino, durante a ditadura. A esquerda mais tradicional era contra as drogas e contra a filosofia hippie. Aliás, ser de esquerda não deveria ser modinha. Nunca vesti uma camiseta do Che (que nunca foi santo de minha devoção). Hoje em dia, esquerda e direita são definidas muito em cima de questões comportamentais, quando deveriam ser definidas em cima de um programa político.

Profeta Maomé com cartaz Je suis Charlie ilustra capa do Charlie Hebdo




Profeta Maomé com cartaz Je suis Charlie ilustra capa do Charlie Hebdo

A próxima capa do semanário satírico francês Charlie Hebdo apresenta a caricatura do profeta Maomé segurando um cartaz com a inscrição Je suis Charlie (Eu sou Charlie) e com o título: Tout est pardonné (Tudo está perdoado).

A capa do jornal foi divulgada nessa segunda-feira (12), dois dias antes da publicação da revista, que sairá na quarta-feira (14), com uma tiragem de 3 milhões de cópias em vez das habituais 60 mil. A edição especial será traduzida em 16 idiomas.

Esta será a primeira edição desde o ataque contra a redação do semanário ocorrido na semana passada em Paris e que provocou 12 mortes, incluindo quatro cartunistas.

No cartum da primeira página da edição especial, que terá um fundo verde, Maomé surge com uma lágrima no olho.

Desde quarta-feira passada registraram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, fizeram 20 mortos.

Os atentados começaram com um ataque ao Charlie Hebdo. Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira (9), por forças de elite francesas, em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris.

Na quinta-feira (8), foi morta uma agente da polícia municipal, no sul de Paris. A polícia estabeleceu uma ligação entre os dois jihadistas suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o assassino da policial.

Na sexta-feira, cinco pessoas foram mortas em um mercado kosher (judaico) do leste de Paris, quando eram mantidas reféns, incluindo o autor do sequestro, Amedy Coulibaly, que foi morto durante a operação policial.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A incompreendida liberdade de expressão

por Octavio CarusoOctavio Caruso

A questão da liberdade de expressão é muito pouco compreendida, ainda mais numa nação onde adultos não se dedicam ao hábito da leitura. Essa fragilidade acaba resultando em revoltas momentâneas nas redes sociais, baseadas em um conhecimento superficial sobre o tema que as incitou, como no caso “Charlie Hebdo” e, para começar num tom mais leve, na tola questão envolvendo o vestido da presidente. A Cora Rónai debochou da roupa dela, mas pediu desculpas quando o Leonardo Boff entrou na brincadeira e deu o troco na mesma moeda. Dois adultos agindo de forma infantil. Ela iniciou a deselegância pública, sem pensar no que a outra mulher pensaria ao ler sua opinião, então ninguém racional pode colocá-la como vítima. Os dois exercitaram a liberdade de expressão, mas, infelizmente, optaram pelo desperdício de tempo com uma tolice. E já acho que perdi tempo demais com assunto tão bobo, então retorno ao caso dos cartunistas franceses.

Começo pelo básico: nada justifica a violência. Em um mundo utópico, formado apenas por seres que verdadeiramente honrassem o “sapiens” que sucede o “homo”, não haveria tema tabu ou assunto intocável, o humor seria reconhecido como elemento essencial, especialmente, nas questões mais sérias. Estamos muito longe dessa realidade, vivemos em um mundo ignorante, que se debate na escuridão, condição que possibilita diversas interpretações, especialmente aquelas equivocadas, conduzindo ao perigoso radicalismo religioso, ao torpor da cegueira intelectual. Um mundo onde os homens criaram através do tempo sistemas de crenças que ditam costumes e fomentam preconceitos, que necessitam segregar, no intuito de distinguir os escolhidos e os ignorados, especiais e aqueles que ainda não foram tocados pelo divino.

O humor é a qualidade mais perceptível no homem inteligente. A ideia de enxergar a brincadeira com a religião como uma ofensa passível de severa punição está mais próxima do instinto bestial que move as torcidas organizadas de futebol. Você tem o direito de odiar a piada, não concordando com a abordagem ácida, mas precisa respeitar a livre expressão do artista que a elaborou. É direito daquele que se considera ofendido, contra-argumentar efusivamente, devolver a piada, no popular, pagar na mesma moeda. Mas aceitar um ato terrorista que tira a vida de doze pessoas como uma resposta compreensível é aplaudir a estupidez humana em seu mais alto grau.

A queda das torres gêmeas, com todos os seus inocentes mortos, foi compreensível? O homem que esfaqueia sua esposa, após encontrá-la com outro na cama, comete um ato compreensível? A mãe que mata um bebê, em um ritual de magia negra, está agindo de forma compreensível? Ela está seguindo algo em que acredita fortemente, assim como aqueles que jogaram os aviões nas torres. Aceitar o assassinato em um ato terrorista é, indubitavelmente, aceitar a violência como forma de revide em qualquer situação. É legitimar a evidência de que não evoluímos nada com o passar dos séculos.


Octavio Caruso – Ator, Escritor e Crítico de Cinema

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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