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quinta-feira, 10 de março de 2016

Investigadores testam urna eletrônica em busca de vulnerabilidades




Em 1996, cinquenta e sete cidades do país deixavam de lado a cédula de papel e passavam a usar a urna eletrônica para registrar os votos dos brasileiros. Vinte anos depois, todas as regiões do país contam com o voto informatizado. Nesta semana, hackers tentam encontrar vulnerabilidades antes que possíveis falhas ou fraudes manchem o histórico da urna criada por cinco “ninjas”, apelido dado pela origem oriental de três integrantes que criaram o sistema de segurança do equipamento.

Será que o teclado da urna digita mesmo os números que o eleitor aperta? 

A urna é preparada para emitir áudio do voto? E se ele vaza?  

E se um aplicativo mal intencionado modificasse a destinação da escolha popular? 

Perguntas como as listadas acima motivam cinco planos de investigação selecionados para o Teste Público de Segurança (TPS), organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em sua terceira edição, o evento reúne dez especialistas até esta quinta-feira (10), ávidos por testar suas teses e, quem sabe, achar falhas no sistema antes de oportunistas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Publicada lei que prevê impressão do voto em eleições

A edição de hoje (26) do Diário Oficial da União traz publicada a lei que determina a impressão do voto da urna eletrônica para eventual conferência. A exigência do voto impresso nas eleições foi aprovada pelo Congresso Nacional na minirreforma eleitoral e vetada por Dilma Rousseff.

No entanto, na semana passada, o veto presidencial foi derrubado, e a impressão do voto foi reinserida na Lei 13.165/15, da reforma política.

A urna eletrônica imprimirá o voto do eleitor, que será depositado automaticamente em uma caixa lacrada, sem contato manual. “O processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna eletrônica”, informa a lei.

A nova regra vai valer a partir da eleição de 2018.


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Deputados e senadores derrubam veto ao voto impresso

O veto da presidenta Dilma Rousseff ao voto impresso para o caso de conferência, previsto no projeto de lei da minirreforma eleitoral (PL 5.735/13), foi derrubado pelos deputados em sessão do Congresso Nacional. Foram 368 deputados contra e 50 a favor do veto.

Ao ser votado pelos senadores, eles mantiveram a decisão dos deputados. Com a derrubada do veto, o texto vetado pelo governo será reinserido na Lei 13.165/15, da reforma política.

A matéria prevê o uso do voto impresso nas urnas eleitorais para conferência pelo eleitor, sem contato manual, assim como para posterior auditoria. A regra entrará em vigor nas próximas eleições gerais, em 2018.

O Congresso Nacional aprovou ainda quatro projetos de lei com créditos orçamentários. Entre eles o que libera R$ 368,2 milhões para garantir o pagamento de benefícios aos aposentados e pensionistas do Instituto Aerus de Seguridade Social, fundo de pensão dos ex-empregados das empresas Varig e Transbrasil, e o projeto que permite o uso, para emendas individuais dos deputados, dos restos a pagar de anos anteriores a 2014.

Antes do encerramento da sessão desta noite, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), programou para a próxima terça-feira (24), às 19 horas, nova sessão do Congresso Nacional para votar outros três vetos do governo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 e o projeto de lei 5/15, que autoriza o governo a fechar o ano de 2015 com déficit primário de até R$ 119,9 bilhões.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Urnas eletrônicas são fraudáveis mesmo ou depende do resultado?


Por Dagmar Vulpi

No filme “Uma questão de tempo” o autor nos mostra como seria maravilhoso se pudéssemos entrar num armário escuro, fechar os olhos e poder regredir no tempo para corrigir os erros cometidos naquela época e que nos afetam no presente. Muito bem, como esse retorno ao passado é impossível, ao menos até esse momento, sugiro que no presente tenhamos os cuidados para tomar nossas decisões de forma que, no futuro, caso a possibilidade de retornar ao passado continue sendo impossível, não sintamos a falta que ela nos faz agora.     

Eu havia me comprometido a não escrever sobre o tema urna eletrônica por entendê-lo extremamente adaptável aos interesses ou zona de conforto de cada um de nós. Dias atrás, tentando justificar exatamente essa minha percepção sobre esse tema eu escrevi uma metáfora intitulada: “As Urnas eletrônicas são bem menos fraudáveis do que a consciência de muitos” que pode ser conferida clicando (aqui). Mas acabei cedendo aos meus instintos que, após serem mais uma vez desafiados não me deixou alternativa a não ser tratar desse tema.

A metáfora é importantíssima na comunicação humana. Seria praticamente impossível falar e pensar sem recorrer à metáfora. Uma pesquisa recente demonstra que durante uma conversa o ser humano usa em média 4 metáforas por minuto.

Diferentemente de muitos, não possuo uma vasta experiência em informática. Porém, já li bastante sobre o tema das fraudes em urnas eletrônicas, tanto aqueles que julgam o sistema falho quanto os que o consideram seguro. Mas a minha opinião é fundamentada especificamente não nas teorias que li nos livros, mas sim minha experiência na prática, por ter trabalhado em mais de 20 eleições, tanto como presidente de mesa, quanto, em algumas ocasiões, como escrutinador, ou seja, membro da junta apuradora.

Trabalhei em várias eleições quando o sistema ainda era o de cédulas de papel, onde o eleitor escolhia o seu candidato fazendo um ‘x’ no quadradinho correspondente e depositava a cédula na urna, normalmente de lona.

Durante aquele período havia muitas reclamações, na maioria das vezes os candidato reclamavam, por exemplo, quando o "x" era marcado fora do quadrado e não era computado como válido, assim como diversas outras reclamações, que não por acaso, partiam sempre daqueles que perdiam as eleições. Muito bem, com a substituição das urnas de lona para as eletrônicas, as reclamações continuaram, assim como acredito que elas continuarão acontecendo, independendo de qual seja o sistema.

Estou certo de que, mesmo com a impressão do voto digital, ainda assim aparecerão aqueles que encontrarão uma forma para reclamar, mas isso não vem ao caso, vamos à minha experiência com as urnas eletrônicas.

Vamos partir do ponto onde muitos dominam amplamente, mas que eu tenho apenas o conhecimento necessário, ou seja, sei que é impossível a urna eletrônica ser invadida via internet ou por qualquer outro tipo de tecnologia de comunicação sem fio que permite transmissão de dados e arquivos através de aparelhos de telefone celular, notebooks, câmeras digitais, consoles de videogame digitais, impressoras, teclados, mouses ou até fones de ouvido, entre outros equipamentos. Afinal, as urnas eletrônicas possuem um sistema desprovido de qualquer dispositivo que permita a recepção desse tipo de ação.

Pois bem, em estando de acordo até esse ponto, vamos adiantar para outros detalhes, como por exemplo, os cuidados que são tomados antes, durante e após o término das votações. Muito bem, é do conhecimento, eu mesmo fiz isso várias vezes, que antes de iniciar o processo de votação o presidente da mesa, acompanhado de pelo menos um fiscal de partidos políticos abrirá a caixa onde a urna está guardada, fará um checklist para certificar-se de que todos os componentes necessários para a votação estejam ali e, após constatar que tudo esteja de acordo e ligar a tomada do equipamento, terá como primeira ação imprimir a zerésima, que nada mais é do que o comprovante de que naquela urna não existe nenhum voto dado a nenhum dos candidatos daquele pleito. Normalmente são impressas 3 vias da zerésima, sendo que, após receberem o visto do presidente e do fiscal do partido, uma será guardada para que após o término da votação ela seja juntada aos demais documentos daquela sessão, uma é entregue ao fiscal do partido que estiver presente e a outra é fixada na entrada da sessão. Com esses cuidados iniciais pode-se confirmar que naquela urna nenhum candidato foi beneficiado por qualquer tipo de fraude.

Durante o processo de votação, obrigatoriamente todos os eleitores daquela sessão terão que apresentar um documento de identificação, de preferencia com foto. Após um dos mesários conferir o documento o eleitor segue até o presidente da mesa, será ali que se valendo de um terminal ligado diretamente à urna através de um cabo, que o presidente da mesa digitará o nº do título eleitor e, em estando tudo de acordo, o eleitor seguirá até a urna para efetivar seu voto. Caso o nº do título não confira, ou, aquele título já tenha sido usado para votação naquela mesma eleição, o sistema não liberará a urna para receber a votação. Após votar na urna eletrônica o eleitor terá que assinar o livro de votação, onde será destacado e entregue para ele o comprovante de votação.

No horário pré-estabelecido, caso não haja mais nenhum eleitor na fila, a votação será encerrada, o presidente da mesa deverá proceder de acordo com as regras estabelecidas pelo TSE, ou seja, a exemplo da abertura do processo de votação ele deverá mais uma vez acompanhado de fiscais de partidos ir até a urna eletrônica e conferir suas condições de inviolabilidade, e imprimir no mínimo 3 vias do relatório de votação assina-los e pedir para que os fiscais assim também o façam. Entregar um relatório para cada fiscal, colar um na entrada da sessão e, de posse de duas vias, fazer os cálculos que serão colocados no relatório final. No relatório deverá constar o horário de inicio e do término de votação, qualquer irregularidade que possa ter ocorrido durante o processo, o nº total de eleitores daquela sessão, que constará no livro de votação e deverá ter sido conferido antes do inicio da votação, o nº de eleitores daquela sessão que compareceram para votar e o nº de abstenções.

Após conferir se tudo está nos conformes, ou seja, se o número de eleitores que aparecem no relatório de votação coincide exatamente com o número de eleitores que assinaram o livro de presença e o número de abstenção registrado na urna confere com os do livro, o presidente deverá juntar todo o material e levar pessoalmente e entregar-lhe à junta apuradora que estará num local previamente definido.

O fato de eu ter trabalhado tanto como presidente de mesa, quanto como escrutinador nas juntas apuradoras me credenciam a afirmar que, contrariando a falácia de muitos, a fraude eleitoral nas urnas eletrônicas somente poderiam acontecer caso houvesse um grande conluio que envolvesse centenas de pessoas, coisa que convenhamos não é tão fácil assim de acontecer, afinal, juntar 40 é uma coisa, agora mais de 300 é bem difícil.

Espero ter colaborado no esclarecimento do tema, mas continuo com a certeza de que para alguns estes foram os vinte minutos debruçados sobre um teclado, mais perdidos da minha vida. (risos).  

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Saiba como funciona a transmissão dos votos nas eleições


Tenho observado que, após os resultados das urnas nas eleições de outubro último, mais especificamente com os resultados do pleito para a presidência da Republica, tornou-se comum cidadãos que aparentemente não aceitam a derrota do seu candidato, e outros por pura desinformação, usarem as redes sociais para, através de postagens e debates em grupos, demonstrarem suas insatisfações quanto a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Com pouca, ou nenhuma fundamentação, estão sendo disseminadas, muitas falácias fantasiosas sobre o tema, e esses equívocos me incentivaram a pesquisar e fazer uma postagem sobre o tema e colaborar para o entendimento da realidade das tais Urnas Eletrônicas.
Durante minhas pesquisas sobre o assunto li várias matérias bastante exclarecedoras, e essa matéria que colo abaixo, que por autoria o Victor Caputo, e que foi publicada na Exame, pareceu-me bastante elucidativa. e coerente.      
Por Victor Caputo na EXAME.com
O primeiro passo, que acontece antes das 8h do dia da votação é a impressão da zerésima. A zerésima é um documento que constata que nenhum voto foi computado naquela urna. Com isso, tem-se a garantia de que aquela urna pode ser usada para as votações.
As urnas eletrônicas são completamente lacradas. O processo de lacração é realizado pela Justiça Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião estão presentes representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), outros do Ministério Público e representantes dos partidos políticos interessados em participar da cerimônia.
As urnas não têm qualquer tipo de conexão à internet – o que descarta alteração dos votos por um ataque online. O único cabo da urna é para que ela seja ligada a uma fonte de energia (ela ainda tem uma bateria interna que confere 10 horas de funcionamento, se necessário).
A retirada de votos das urnas é feita após o uso de uma senha. A urna expele um documento que contém as informações sobre os votos registrados naquela urna. São impressas cinco cópias. Uma fica na porta da seção eleitoral, três são encaminhadas ao cartório eleitoral e a última vai para os representantes dos partidos políticos.
Por fim, os documentos são salvos em uma mídia física (algo comparável a um HD ou pendrive que vem acoplado à urna). Os votos virtuais são, então, encaminhados a um ponto de transmissão de votos.
Todas as informações são transmitidas usando uma VPN, que é uma rede de comunicação privada. Nos Tribunais Regionais Eleitorais, são feitas as verificações de segurança dos votos.
Localidades sem recursos de infraestrutura para o envio dos votos usam estações de transmissão por satélites. De acordo com o TSE são cerca de 1,5 mil localidades.
Somente então os votos são computados no sistema do Tribunal Superior Eleitoral. É o TSE quem faz a divulgação dos dados parciais (que você pode ver aqui em EXAME.com também) e dos dados finalizados.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Como funcionam as urnas eletrônicas

Micro Terminal
O Brasil não costuma ser o primeiro ou o melhor em alguma área. Por exemplo, na educação o nosso país é apenas o 38º do ranking. Nos esportes, somos um pouco melhor, mas nem tanto. Na última Olimpíada, ficamos apenas em 22º lugar, com 3 medalhas de ouro. Nem no futebol, onde antes éramos os soberanos, nós mandamos mais. Nem me estenderei sobre o assunto, o sonoro 7 x 1 imposto pela seleção alemã nas semifinais da copa disputada aqui em nossa casa resume o drama.Enfim, já somos acostumados a não sermos os melhores nas coisas. Talvez sejamos os primeiros em cobrança de impostos e taxas.

Mas há uma coisa em que somos bons, ainda assim, mesmo desconhecendo minimamente seu funcionamento alguns discordam. Estou falando do nosso sistema eleitoral.

*Acompanhe no final da postagem o vídeo do 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas.  


No dia 05/10/2014, todos os brasileiros entre 18 e 70 anos vão às urnas exercer a sua cidadania através do voto. E, ainda no mesmo dia, ficarão sabendo quais candidatos foram eleitos democraticamente. Toda essa rapidez se deve ao nosso avançado sistema eleitoral, que desde 1996 é informatizado, com os votos sendo computados nas urnas eletrônicas. Muito provavelmente você já esteja familiarizado com ela. Mas será que sabe como ela funciona? É justamente sobre isso que iremos tratar no Artigo de hoje. Falaremos sobre os componentes e funcionamento das urnas eletrônicas, bem como sobre o processo de apuração e contagem dos votos. Vamos lá?

Hardware
Antes de falarmos sobre o hardware em si, vamos falar antes sobre dois termos que talvez você não conheça: terminal do eleitor e microterminal. O terminal do eleitor é a urna propriamente dita, que fica protegida por uma cabine e é onde você vai domingo para apoiar o seu candidato. O microterminal, por sua vez, fica na bancada dos mesários e constitui-se somente de um teclado numérico, com as teclas “Corrige” e “Confirma” e um pequeno visor LCD. Há também uma porta serial para conexão direta com a urna eletrônica.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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