Mostrando postagens com marcador Sociologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sociologia. Mostrar todas as postagens

sábado, 1 de agosto de 2015

Professor de sociologia da aula de política e democracia para apresentador da Globo

Professor de sociologia da aula de política e democracia para apresentador da Globo

O convidado estraga a festa e diz na Globo tudo o que ela não queria ouvir nem dizer!

Um professor de História deu uma aula ao vivo de política e democracia para apresentadores de telejornal da TV Globo do ES e não cedeu aos clichês forçados do Hard News. O constrangimento por parte dos jornalistas é nítido.

Veja o vídeo no final desta postagem. Imperdível!

Vitor Amorim de Angelo que é doutor em ciências políticas e professor de sociologia.

JG - O senador disse ai: “O executivo é a locomotiva da corrupção e agora o legislativo também são os vagões” é... Como é que o senhor viu os protestos? E como é que o senhor viu a resposta ontem da presidente Dilma?

VA - Essa imagem da locomotiva é uma boa imagem, eu só não sei se ela reflete a realidade, dado que a corrupção ela é, não só uma velha senhora, como disse a presidente Dilma Rousseff ela está entre nós ha muito tempo, e como ela não está só no executivo. A operação Lava Jato mostra uma série de parlamentares acusados agora de estarem envolvidos em desvio de corrupção e outros crimes que este problema não ataca somente o congresso nacional, mas também o executivo, e não somente o executivo e o legislativo no plano federal, mas se a gente for olhar possivelmente também nos estados e também nos municípios. Não só na política, mas também na sociedade, não só na iniciativa pública, mas também na privada, ou seja, quando a gente olha esse problema com olhar complexo porque ele é um problema complexo podemos ver que a corrupção está disseminada por todo lugar do nosso país. Do meu ponto de vista dizer isso não significa diminuir a culpa de ninguém ou dizer que o problema é insolúvel, mas apenas tratar um problema complexo da maneira que ele merece ser tratado, porque, quando a gente coloca a ênfase somente no poder executivo nós acabamos mascarando o problema em outras esferas e em outros espaços.

JG - O ministro do governo disse logo no domingo que as pessoas que participaram das manifestações foram pessoas que não votaram na presidente Dilma. Hoje a Miriam Leitão no seu artigo diz que não é bem por aí, que é só pegar um dado estatístico que hoje a popularidade da presidente é muito menor do que a votação que ela teve, ou seja, não foi só quem não votou na Dilma que participou do protesto. E o senhor, concorda com a Miriam ou concorda com o ministro?

VA - Concordo com o ministro, mas não é uma questão de opinião concordar com ele, ontem mesmo eu tive acesso a uma pesquisa feita por um cientista político da universidade de São Paulo onde ele fez uma pesquisa com amostra aleatória em São Paulo, portanto tem seu limite porque foi em São Paulo apenas, mas é significativa dado que a manifestação de São Paulo foi a mais numerosa do país segundo cálculos da PM, e essa pesquisa realizada por esse cientista político mostra que, dos que foram entrevistados apenas 2% de fato votaram em Dilma Rousseff, onde boa parte, 80% votaram, ou em Aécio ou em Marina, então de fato os que estavam ali não eram apenas os eleitores de Aécio, eles eram também eleitores de Marina, pensando aqui no primeiro turno, mas certamente eles não eram eleitores de Dilma. A democracia, é bom lembrar, é um regime de confiança e não de adesão, portanto não é uma opção aderir ou não a um resultado, então se você elege alguém e esse alguém não vence isso não pode dar razão a alguns adesivos que aa gente vê pela cidade que diz a culpa não é minha porque eu não elegi a Dilma. Ok a culpa não é sua porque você não elegeu a Dilma, mas você faz parte desse sistema político da qual ela é a presidente da República, e o inverso também é verdadeiro, você venceu, mas não pode deixar de governar para aqueles que não te elegeram.

JG - Pelo que o senhor está dizendo, pelo seu raciocínio, isso não desqualifica a manifestação e o volume das pessoas que foram às ruas pelo fato da maioria não ter votado na presidente e, essa é uma manifestação legítima.

VA - A presença destas pessoas nas ruas é sim perfeitamente legitima e de alguma maneira até salutar para a democracia, e você não pode como governo ignorar a presença expressiva de uma parcela da população brasileira que foi às ruas.

JG - Ontem na entrevista coletiva a presidente disse que não estava num confessionário para fazer nenhum tipo de confissão e perguntaram sobre algum erro do governo onde ela disse que pode ter errado, mas citou só o FIES. Ela não citou a Petrobras e a gente vê aí o escândalo que envolve a Petrobras. E essa falta de reconhecimento do governo, o fato de os dois maiores escândalos de corrupção do país, o mensalão e agora o petrolão acontecer durante o governo PT, isso de certa forma associa também a imagem do partido à corrupção? Porque o PT tá no governo quando isso tudo estourou e, cabia principalmente ao executivo impedir que isso acontecesse?

VA - Isso é, acho que você toca em alguns pontos interessantes, associa o caso ao partido, muito embora quando a gente vai olhar o que se passou isso não necessariamente começou com o partido nem se reduz exclusivamente ao período em que o partido está no governo.

JG - Esses dois escândalos justamente quando o PT estava no governo, o senhor acha que isso faz com que a população associe? Porque não cabia então ao executivo, principalmente o executivo podia acabar com esse escândalo da Petrobras e impedir que isso acontecesse, da mesma forma o mensalão?

VA - O que eu estou tentando dizer é que num olhar um pouco mais refinado a gente não pode reduzir a corrupção apenas ao PT, reduzir tudo isso ao governo do PT é de fato um reducionismo.

JG - É e acho que a gente entendeu e o senador Ricardo Ferraço disse aqui em entrevista, o congresso inteiro têm que fazer uma mea culpa e analisar bem, porque se algum partido aceita um cargo para depois repartir recursos é porque também está sendo conivente, está sendo complacente com tudo aquilo.

Veja o vídeo abaixo. Imperdível!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Consciência Coletiva




A consciência coletiva, segundo Émile Durkheim  (sociólogo francês, 1858-1917), é a força coletiva exercida sobre um indivíduo, que faz com que este aja e viva de acordo com as normas da sociedade na qual está inserido.

Assim como na vida mental, a consciência coletiva é feita de representações que transcendem a esfera individual, por sua superioridade e atua com força sobre as consciências individuais. A consciência coletiva é  fruto de pequenas contribuições individuais, que juntas, formam o todo, não sendo fruto de teorias metafísicas, mas de fatos sociais reais.

Segundo Durkheim, existem duas consciências distintas em cada indivíduo: uma é aquela que se confunde com o todo da sociedade e ajuda a formá-la, a outra é a que cada pessoa tem de particular e que a faz um indivíduo diferente dos demais, apesar de fazer parte do todo. Nessa concepção, fica claro que em uma sociedade o todo não é apenas o resultado da soma de cada uma de suas partes, mas algo distinto delas.

Para Durkheim, a consciência coletiva é o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média da população de uma determinada sociedade, formando um sistema com vida própria, que exerce uma força coercitiva sobre seus membros, como o devoto que, ao nascer, já encontra as crenças e práticas religiosas estruturadas e em plena atividade. Se estas práticas já existem, é porque estão fora dele, mas mesmo assim, exercem influência sobre seu comportamento e crenças. É um sistema que existe fora do indivíduo, mas que o controla pela pressão moral e psicológica, ditando as maneiras como a sociedade espera que se comporte.

A própria educação dada às crianças consiste, ainda segundo Durkheim, em um sistema de consciência coletiva, uma vez que as forçamos a comer, beber, vestir-se e falar de acordo com as normas e padrões vigentes na sociedade em que estamos inseridos. Qualquer desvio dos padrões dessa sociedade, pode provocar o isolamento do indivíduo, comparável a uma pena imposta por lei. Essa pressão sofrida pela criança, é a pressão da sociedade tentando moldá-la à sua imagem e semelhança.

O indivíduo se submete à sociedade e é nessa submissão que ele encontra abrigo. A sociedade que o força a seguir determinados padrões, é a mesma que o protege e o faz sentir-se como parte de um todo estruturado e coeso. Essa dependência da sociedade traz consigo o conforto de pertencer a um grupo, um povo, um país. Nesse sentido, não há contradição alguma na relação submissão-libertação.

REFERÊNCIA:
http://www.iupe.org.br/ass/sociologia/soc-durkheim-escola_sociologica.htm

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Inveja, um sentimento que sucumbe à infelicidade

Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão

A inveja dos homens mostra o quanto se sentem infelizes, e sua atenção constante às ações e omissões dos outros mostra o quanto se entediam.

Inveja, palavra proveniente do latim invidĭa, significa o desejo de obter algo que outra pessoa possui e que você não tem. Representa a tristeza ou o pesar pelo bem alheio.

De acordo com o psicoterapeuta e escritor José Luis Cano, a inveja nada mais é do que “um fenômeno psicológico muito comum que causa um grande sofrimento para muitas pessoas, tanto para os invejosos como para suas vítimas. Ela pode ser explícita e transparente, ou formar parte da psicodinâmica de alguns sintomas neuróticos. Em todos os casos, a inveja é um sentimento de frustração insuportável perante algum bem de outra pessoa, causando o desejo inconsciente de danificá-lo”.

Cano também afirma que um indivíduo invejoso é um ser insatisfeito, seja por imaturidade, repressão, frustração, etc. No geral, essas pessoas sentem, consciente ou inconscientemente, muito rancor contra outros que possuem algo que elas também desejam, mas que não podem obter ou não querem desenvolver (beleza, dinheiro, sexo, sucesso, poder, liberdade, amor, personalidade, experiência, felicidade).

É por isso que o invejoso, ao invés de aceitar suas carências ou perceber seus desejos e capacidades e assim desenvolvê-los, odeia e deseja destruir todas as pessoas que, como um espelho, lembrem-no da sua privação. Em outras palavras, a inveja é a raiva vingadora do impotente que, em vez de lutar por seus anseios, prefere eliminar a concorrência.

A inveja tem inúmeras formas de expressão: críticas, ofensas, dominação, rejeição, difamação, agressões, rivalidade, vinganças.  O psicoterapeuta espanhol José Luis Cano assinala que “na escala individual, a inveja costuma ser parte de muitos transtornos psicológicos e de personalidade; nas relações profissionais e de casal, ela está envolvida em muitos conflitos e rupturas; e na escala social e política, sua influência é imensa”.

Já o catolicismo considera a inveja como um dos sete pecados capitais, uma vez que ela constitui a fonte de outros pecados. O invejoso deseja ter algo que o outro possui, sem se importar em prejudicar a outra pessoa, para obter esse bem. Para o cristianismo, esse sentimento baixo e ignóbil é inaceitável, já que cria uma situação que causa infelicidade e dor para o outro indivíduo.

O poeta italiano Dante Alighieri, na sua obra o Purgatório, o segundo dos três cantos da Divina Comédia, define a inveja como “amor pelos próprios bens pervertido ao desejo de privar a outros dos seus”. O castigo para os invejosos era ter seus olhos fechados e costurados com arame, para que eles não vissem a luz (porque haviam tido prazer em ver os outros sofrerem).

Fontes consultadas:

domingo, 25 de março de 2012

A Teoria dos quatro temperamentos


Segundo Dicionário Aurélio [Do lat. temperamentu.]

S. m.
1.                     Estado fisiológico ou constituição particular do corpo; compleição.
2.                     O conjunto dos traços psicofisiológicos de uma pessoa, e que lhe determinam as reações   emocionais, os estados de humor, o caráter: 2  
3.                     Índole, feitio, caráter, têmpera.
4.                     Sensualidade, lubricidade.
5.                     Têmpera (1).
6.                     Mistura proporcional de coisas; mescla, combinação.
7.                     Temperança (2).

No livro, Temperamentos Transformados, onde o autor (Tim LaHaye, autor também do livro Temperamento Controlado pelo Espírito) usando a Teoria dos Quatro Temperamentos, faz uma grande contribuição nas aplicações práticas dessas classificações seculares para que cada indivíduo possa examinar-se a si mesmo, analisando seus Pontos Fortes e suas Fraquezas, buscando então a cura do Espírito Santo para aquelas tendências que o impedem de ser usado por Deus.

Foi inspi­rado pela descoberta de uma transformação de temperamento nas vidas de diversos personagens bíblicos; transformação que hoje encontramos em cristãos cheios do Espírito Santo. Deve-se lembrar que esta transformação não depende do conhecimento dos quatro temperamentos, mas da plenitude do Espírito. As personalidades bíblicas que conheceremos foram transformadas antes da formulação da teoria dos temperamentos. A nossa esperança está na promessa de Deus: "E assim, se alguém está em Cristo é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (Co 5:17).

A Teoria dos Quatro Temperamentos

Hipócrates (460 a 370 a.C) é freqüentemente chamado de "Pai da Medicina". Sem dúvida, ele foi o gigante do mundo médico da antiga Grécia. Ele nos interessa por duas razões:

1) geralmente atribui-se a ele o fato de a medicina passar a preocupar-se com os problemas psiquiátricos;
2) ele reconheceu as diferenças de temperamento das pessoas e apresentou uma teoria que explica tais diferenças. E. Baughman e George Welsh avaliaram da seguinte forma a sua contribuição:

"O mundo antigo estava cônscio das grandes anomalias de comportamento, mas geralmente as atribuía à intervenção dos deuses, e assim, não podia estudá-las com objetividade. Hipócrates, porém, se opunha ao sobrenaturalismo, defendendo a ideia de uma orientação biológica, e assim, desenvolveu uma abordagem empírica à psicopatologia. Sua maior força estava talvez na exatidão de suas observações e em sua capacidade de registrar cientificamente as conclusões a que chegava.

Na verdade, muitas de suas descrições de fenômenos psicopatológicos permanecem válidas. Portanto, Hipócrates marcou o início de uma abordagem cuidadosamente observadora da personalidade anormal, abordagem que um dia seria aplicada ao estudo da personalidade normal.

"O interesse de Hipócrates pelas características do temperamento é notável, especialmente quando se considera a relativa negligência deste importante problema no mundo hodierno da psicologia. Como resultado de suas observações, Hipócrates distinguiu os quatro temperamentos: o sanguíneo, o melancólico, o colérico e o fleumático. De acordo com Hipócrates, o temperamento da pessoa dependia dos 'humores' do seu corpo: sangue, bílis preta, bílis amarela e fleuma. Hipócrates começou por observar as diferenças de comportamento, formulando finalmente uma teoria que explica essas diferenças. A teoria era bioquímica em sua essência, e embora a substância da mesma tenha desaparecido, permanece ainda conosco a sua forma. Hoje, porém, falamos de hormônios e outras substâncias bioquímicas em vez de 'humores', substâncias que podem induzir ou afetar o comportamento observado."

Os romanos pouco fizeram na área do intelectualismo criativo, contentando-se em perpetuar os conceitos dos gregos. Um século e meio depois que o imperador romano Constantino fez do cristianismo religião oficial em 312 d.C, esse império desmoronou, dando início à Idade das Trevas. Conseqüentemente, poucas alternativas ao conceito de Hipócrates foram oferecidas até o século dezenove. Tão poucos foram os estudos feitos na área da personalidade, que H.J.Eysenck, um escritor hodierno, atribuiu a ideia do conceito de quatro temperamentos a Galen, que o reativou no século dezessete, e não a Hipócrates.

Emmanuel Kant, filósofo alemão, foi provavelmente o que mais influência teve na divulgação da idéia dos quatro temperamentos na Europa. Embora incompleta, a sua descrição dos quatro temperamentos em 1798 foi bem interessante: "A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa; atribui grande importância àquilo que está fazendo no momento, mas logo em seguida pode esquecê-lo. Ela tem intenção de cumprir suas promessas, mas não as cumpre por nunca tê-las levado suficientemente a sério a ponto de pretender vir a ser um auxílio para os outros. O sanguíneo é um mau devedor e pede constantemente mais prazo para pagar. É muito sociável, brincalhão, contenta-se facilmente, não leva as coisas muito a sério, e vive rodeado de amigos. O sanguíneo, embora não sendo propriamente mau, tem dificuldade em deixar de cometer seus pecados; ele pode se arrepender, mas sua contrição (que jamais chega a ser um sentimento de culpa) é logo esquecida. Ele se cansa e se entedia facilmente com o trabalho, mas constantemente se entretém com coisas de somenos — o sanguíneo carrega consigo a instabilidade, e o seu forte não é a persistência.

"As pessoas com tendência para a melancolia atribuem grande importância a tudo o que lhes concerne. Descobrem em tudo uma razão para a ansiedade e em qualquer situação notam primeiro as dificuldades. Nisso são inteiramente o contrário da pessoa sanguínea.

"Não fazem promessas com facilidade, porque insistem em cumprir a palavra, e pesa-lhes considerar se será ou não possível cumpri-la. Agem assim, não devido a considerações de ordem moral, mas ao fato de que o inter-relacionamento com os outros preocupa sobremaneira o melancólico, tornando-o cauteloso e desconfiado. Ê por esta razão que a felicidade lhe foge.

"Dizem do colérico que ele tem a cabeça quente, fica agitado com facilidade, mas se acalma logo que o adversário se dá por vencido. Ele se aborrece, mas seu ódio não é eterno. Sua reação é rápida mas não persistente. Mantém-se sempre ocupado, embora o faça a contragosto, justamente porque não é perseverante; prefere dar ordens, mas aborrece-o o ter de cumpri-las. Gosta de ver reconhecido o seu trabalho e adora ser louvado publicamente. Dá muito valor às aparências, à pompa e à formalidade; é orgulhoso e cheio de amor-próprio. É avarento, polido e cerimonioso; o maior golpe que pode sofrer é uma recusa a obedecerem suas determinações. Enfim, o temperamento colérico é o mais infeliz por ser o que mais provavelmente atrairá oposição.

"Fleuma significa falta de emoção e não preguiça; implica uma tendência a não se emocionar com facilidade nem se mover com rapidez, e sim com moderação e persistência. A pessoa fleumática se aquece vagarosamente, mas retém por mais tempo o calor humano. Age por princípio, não por instinto; seu temperamento feliz pode suprir o que lhe falta em sagacidade e sabedoria. Ela é criteriosa no trato com outras pessoas e geralmente consegue o que quer, persistindo em seus objetivos, enquanto, aparentemente, está cedendo aos outros."

No fim do século dezenove, o estudo do comportamento humano recebeu novo impulso com o nascimento da ciência denominada Psicologia. "Os meios universitários vêem na fundação do Laboratório de Psicologia Experimental de Wundt na Universidade de Leipzig em 1879, o início efetivo dessa disciplina." O Dr. W. Wundt muito provavelmente foi influenciado por Kant, pois ele também aceitava a Teoria dos Quatro Temperamentos do comportamento humano. Ele fez exaustivas experiências, tentando relacionar esses temperamentos com a estrutura do corpo, o que o levou ao estabelecimento da Psicologia Biotipológica, ou seja, a atribuição das características do comportamento do indivíduo ao seu tipo físico. Este conceito, que encontra muitos seguidores, reduziu afinal a três, os tipos de personalidade.   Alguns estudiosos mais recentes dessa escola diminuíram para apenas dois os tipos, numa classificação mais popularmente conhecida como: introvertido e extrovertido.

Sigmund Freud, no início deste século, desferiu um golpe devastador à Teoria dos Quatro Temperamentos. Sua pesquisa e suas teorias da Psicanálise tiveram efeito eletrizante sobre o estudo da personalidade. "Através da implementação de um ponto de vista totalmente determinista..." Freud e seus discípulos refletiram sua obsessão pela ideia de que é o meio-ambiente que determina o comportamento do indivíduo.

Esta ideia, que é diametralmente (Diretamente; absolutamente, inteiramente) oposta à teologia cristã, minou seriamente a sociedade ocidental. Em vez de fazer o homem sentir-se responsável pela sua conduta, fornece-lhe uma válvula de escape que o isente de seu mau comportamento. Se ele rouba, os comportamentistas tendem a culpar a sociedade, porque lhe faltam as coisas de que necessita. Se ele é pobre, culpam a sociedade por não lhe dar uma ocupação. Este conceito dos comportamentistas não só enfraqueceu o senso nato de responsabilidade do homem, como também desacreditou a salutar teoria dos quatro temperamentos. Entretanto, se pudermos provar que o homem herda, ao nascerem, certas tendências de temperamento, a teoria do meio-ambiente se desmoronará.

Durante a primeira metade do século vinte, a maioria dos cristãos parecia sofrer de um complexo de inferioridade intelectual. A comunidade intelectual declarava alto e bom som, a teoria da evolução como um "fato". A Psiquiatria e a Psicologia subiram ao trono acadêmico diante do qual todos os intelectuais se curvaram. Alguns, dizendo falar em nome da Ciência, ridicularizavam a Bíblia, a divindade de Cristo, o pecado, a culpa e a existência de Deus pessoal. Muitos cristãos procuraram adaptar os conceitos bíblicos aos conceitos evolucionistas da "Ciência Moderna". Esta atitude acomodatícia ajudou a produzir o liberalismo teológico, o modernismo, a neo-ortodoxia, e uma igreja claudicante (Incerto, vacilante, duvidoso). Muitos cristãos permaneceram fiéis a Deus e à Bíblia durante aqueles anos difíceis, mas se mantiveram estranhamente silenciosos. Uns poucos valentes estavam preparados e dispostos a enfrentar os intelectuais em debates abertos.

A maré hoje está mudando. A Teoria da Evolução — pedra fundamental da Psiquiatria e da Psicologia — se desmorona ao impacto das minuciosas e constantes pesquisas científicas. Muitos psiquiatras e psicólogos se desencantaram da psicologia freudiana e do comportamentismo. Meio século de observações confirmam a perícia dos freudianos em diagnosticar os problemas da personalidade, mas levantam sérias dúvidas quanto à habilidade deles em curar os enfermos. Uma nova geração de psiquiatras está voltando sua atenção para algumas das antigas idéias e pesquisando outras teorias. Alguns estão até mesmo enfatizando a responsabilidade do homem pelos seus atos, como a Bíblia nos ensina.

Durante a primeira metade deste século, apenas dois escritores cristãos parecem ter escrito a respeito dos quatro temperamentos. Ambos eram europeus, mas suas obras foram amplamente divulgadas nos Estados Unidos.

Um grande pregador e teólogo inglês, Alexander Whyte (1836-1921), produziu um breve trabalho sobre os quatro temperamentos. Está incluído em seu Tesouro de Alexander Whyte, publicado por Baker. Depois de ler o seu excelente livro Personagens Bíblicos ninguém poderá duvidar de que ele fosse um estudioso dessa teoria dos temperamentos.

Entretanto, com respeito à Teoria dos Quatro Temperamentos, a obra mais significativa de que tenho conhecimento é o Temperamento e a Fé Cristã, de O.Hallesby. Publicado primeiramente em norue­guês, foi, depois, traduzido para o inglês e publicado pela Augsburg Publishing House em 1962. O Dr. Hallesbyapresentou os quatro temperamentos em todos os seus detalhes. Seu propósito foi ajudar os conselheiros a reconhecerem os quatro temperamentos-tipo e a fazerem com eles o devido relacionamento. Sugeriu também possibilidades de remediar os problemas que caracterizam cada temperamento. O meu livro Temperamento Controlado pelo Espírito foi inspirado na leitura dessa obra. Como pastor-conselheiro, recebi muita orientação dos proveitosos estudos do Dr.Hallesby, mas fiquei de certa forma angustiado pela condição desesperadora em que ele "deixava" a pessoa de temperamento melancólico. Pensei então: "Se eu fosse do tipo melancólico, depois desta leitura, me suicidaria". Mas, eu sabia que há muita esperança para o temperamento melancólico — como para qualquer dos outros temperamentos — no poder de Cristo Jesus. Foi então que Deus abriu meus olhos para o ministério do Espírito Santo na vida emotiva do crente. 

Comecei a desenvolver o conceito de que há uma força divina para cada fraqueza humana através da plenitude do Espírito. Depois de conversar a respeito dessa ideia com centenas de pessoas, e de aconselhar muitas outras, estou mais do que convencido de que as nove características da vida plena do Espírito Santo, mencionadas em Galatas 5:22-23, contêm uma força para cada uma das fraquezas dos quatro temperamentos: "O fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio; contra estas coisas não há lei".

A Contaminação pelo Freudianismo

Tem sido fascinante ver a reação dos leitores ao livro Temperamento Controlado pelo Espírito. Todo ser humano está interessadíssimo em saber "o que realmente o faz funcionar", razão pela qual a Psicologia é matéria preferida por grande parte dos estudantes de faculdades. A explicação da Teoria dos Quatro Temperamentos quanto aos "porquês" do comportamento humano faz sentido para muitas pessoas. Donas-de-casa, estudantes, universitários, pastores, profissionais liberais, e pessoas de todo tipo de vida facilmente se enquadram num dos temperamentos.

Começamos a ter notícias de pessoas que trabalham em aconselhamento, pastores e psicólogos que recomendaram o livro a seus clientes. Um psicólogo cristão, conhecido em todo o país, recomendou-o em todos os lugares dos Estados Unidos por onde passou. Diversos professores de Psicologia em faculdades evangélicas têm usado esse livro como texto para seus cursos, e tenho sido convidado para dar muitas aulas sobre o assunto.

A reação dos psicólogos e psiquiatras não cristãos tem sido menos entusiasta, mas essa atitude era de se esperar. Em primeiro lugar, porque a Teoria dos Quatro Temperamentos não é compatível com as ideias humanistas em voga; em segundo lugar, porque os psiquiatras, não crendo em Deus, rejeitam, em princípio, o poder do Espírito Santo como eficiente na cura das fraquezas humanas. Tal linha de pensamento influencia fortemente a reação à ideia dos quatro temperamentos. Fiz uma série de palestras para cerca de mil estudantes de Universidade de todo o país que estavam reunidos num seminário de duas semanas. A primeira sessão foi uma explanação ampla da Teoria dos Quatro Temperamentos. Logo que acabei de falar, diversos jovens esperavam por mim, armados de muitas perguntas. Quase todos eram estudantes de Psicologia. Suas principais objeções resumiam-se em: "O senhor simplifica demais as coisas" ou "Suas respostas são muito simplistas".

A reação deles era compreensível. Estavam por demais envolvidos no processo de aprendizagem das complexas soluções aos problemas hodiernos da forma como os nossos educadores os veem — não porque as respostas aos problemas do homem sejam tão complexas, mas porque os formuladores dos currículos universitários de hoje têm rejeitado a Bíblia e a simples cura de Deus para os problemas do homem. Consequentemente, restam-lhes soluções muito envolventes. A coisa triste é que, como o tempo não parece tornar válidas as suas soluções, a frustração os leva à busca de outra resposta qualquer contanto que seja mais complicada.

Chegou a hora de alguém mostrar que a Psicologia e a Psiquiatria estão fundamentadas principalmente sobre o humanismo ateísta. Darwin e Freud moldaram o pensamento do mundo secular a ponto de ele ter a maior parte da sua estrutura mental construída sobre duas premissas: 

1) não há Deus — o homem é um mero acidente biológico; 
2) o homem é o ser supremo, com capacidade para resolver por si mesmo todos os seus problemas. 

Em estudos de filosofia aprendi que "a validez de uma conclusão depende da exatidão de suas premissas". Como existe realmente um Deus, a premissa principal dos humanistas está errada; portanto, não se pode esperar que suas conclusões sejam válidas.

Uma grande parte do mundo atual se curva perante o santuário da Psicologia e da Psiquiatria. Considerando que o homem precisa ter alguma fonte de autoridade que empreste crédito àquilo que ele diz, os secularistas de hoje citam em geral algum eminente psicólogo. O fato de que essas autoridades muitas vezes se contradizem geralmente não é mencionado.

Não me levem a mal. Não estou procurando ridicularizar os eruditos. Apenas chamo a atenção para o perigo de os cristãos serem enganados pela"sabedoria deste mundo". Temos de reconhecer que "a sabedoria do mundo é loucura para Deus" (1 Co 1:18). O fato de as pessoas possuírem diplomas não significa que estejam certas. Uma passada em revista pelos grandes filósofos do mundo mostraria que cada um desses brilhantes eruditos sempre discordou dos outros famosos filósofos que os antecederam. O estudo da filosofia é geralmente muito confuso, justamente por ser muito contraditório. As experiências e novas descobertas sempre desacreditaram os grandes pensadores do passado.   Por outro lado, os cristãos têm um meio seguro de aferir a exatidão das premissas e das conclusões dos homens: a Palavra de Deus! O homem está certo ou está errado, conforme concorde ou discorde da Bíblia!

Uma estudante do último ano de Psicologia procurou-me logo depois de ouvir uma das palestras que proferi num seminário e disse-me:

"Tenho de confessar que senti uma resistência tremenda às suas opiniões depois da primeira palestra. O senhor contradisse muitas coisas que eu aprendera, mas, ao escutá-lo depois, reconheci que a Bíblia realmente tem as respostas para os problemas do homem. Muito obrigada. O senhor foi uma bênção para minha vida". Espero que esta jovem e muitos outros tenham aprendido que não há nada de errado em estudar e usar os princípios válidos da Psicologia, da Psiquiatria ou de qualquer outra ciência, desde que os tornemos vá­lidos pela Palavra de Deus.

Quando falei numa conferência de casais no lindo "Forest Home", nas montanhas de San Bernardino, na Califórnia, havia um psicólogo assistindo àquela série de sete palestras. Eu estava morren­do de curiosidade de saber da sua reação, já que ele nada demons­trava pela sua expressão fisionômica.

Durante a última refeição, tivemos oportunidade de conversar. Ele me disse que trabalhava em aconselhamento já há vinte e cinco anos. Alguns meses antes, aceita­ra a Cristo como seu Salvador e Senhor. Aos poucos, ele estava se desencantando quanto às suas técnicas e aos conselhos que dera durante tantos anos. Viera à conferência para ver se alguém pode­ria oferecer-lhe novas e melhores idéias. Concluiu então: "Estou voltando para casa com duas impressões bem claras: primeiro, é que a Bíblia tem as respostas para todos os problemas do homem; se­gundo, é que elas são, na verdade, bem simples".

Os quatro temperamentos parecem ser aceitos pelos cristãos porque são compatíveis com muitos conceitos das Escrituras. Da mesma forma que a Bíblia nos ensina que todos os homens têm uma natureza pecaminosa, os temperamentos nos ensinam que todos os homens têm as suas fraquezas. A Bíblia nos ensina que o homem é constantemente assediado pelo pecado e os temperamentos desta­cam tal fato. A Bíblia diz que o homem possui uma "velha natureza" que é a carne, melhor dizendo, "carne-corruptível". O tempera­mento é composto de tendências natas, parte das quais são fraquezas. A classificação dos quatro temperamentos não é ensinada categorica­mente na Bíblia, mas os estudos biográficos de quatro personagens bíblicos demonstrarão os pontos fortes e as fraquezas de cada um dos temperamentos. A Bíblia nos ensina que só é possível alcançar o poder para vencer as fraquezas, quando se recebe a Jesus Cristo pessoalmente como Senhor e Salvador, entregando-se completamente ao Seu Espírito.

Um psicólogo, meu amigo, informou-me que há cerca de doze ou treze diferentes teorias da personalidade. A Teoria dos Quatro Temperamentos é, provavelmente, a mais antiga, e muitos cristãos consideram-na a melhor. Não é perfeita — nenhum conceito humano o é. Porém, ajuda a pessoa comum a examinar-se através de um processo sistematizado e melhorado através dos séculos. Ela não responderá a todas as dúvidas que você tenha sobre si mesmo, mas propiciará mais respostas do que as outras teorias. Ao estudá-la, ore agradecendo a Deus pelo acesso a uma fonte de poder que pode mudar sua vida, fazendo de você o tipo de pessoa que você e Deus querem que você seja.

Depois que você examinar minuciosamente o gráfico dos tem­peramentos, poderá descobrir o(s) seu(s) temperamento (s), predo­minante (s) fazendo uma lista das características que se destacam em sua personalidade. Veja primeiro os seus pontos fortes, — suas qualidades — porque é mais fácil ser objetivo quanto às suas quali­dades do que quanto às suas fraquezas. Uma vez determinadas as qualidades, procure encontrar os defeitos correspondentes. Muitas pessoas têm a tendência' de mudar de idéia quando examinam seus defeitos, mas é melhor você resistir a essa tentação e enfrentar com realismo as suas fraquezas. 
                                     
Ainda está em alguma dúvida quanto ao seu temperamento?

sábado, 21 de janeiro de 2012

Moral e ética


Por Antonio Paiva Rodrigues* 

Nada mais belo e cativante quando buscamos inspiração para executarmos uma tarefa, por mais singela que seja. São nessas obrigações acadêmicas que temos a oportunidade de mostrar, aquilo que foi assimilado em sala de aula, a dedicação de quem repassa e a assimilação de quem aprende. Falar em moral nos dias atuais é meio complicado ou complicado e meio, seria talvez uma deletéria função que destrói ou danifica; prejudicial, danoso: nocivo à saúde: que corrompe ou desmoraliza, para os que não são acostumados a ela, e bastante altruístas para quem prima pela mesma. É como espírito de responsabilidade e funcionalidade que estou tentando “apor” os questionamentos, em número de nove, a disposição de minha memória  incontida, mas muitas vezes falha. A realidade é o preço da dignidade humana. É estimulo para os doentes de presunção. É a bússola imantada à busca do azimute magnético (direcionamento). É tudo.

Que é o Senso Moral? Dê exemplos?

É uma situação que o ser humano passa nascendo ou evoluindo de uma opção para que não classificar de uma dicotomia, método de classificação em que cada uma das divisões e subdivisões não contém mais de dois termos.
Uma repartição dos honorários médicos, à revelia do doente, entre o médico assistente e outro chamado por este. Aspecto de um planeta ou de um satélite quando apresenta exatamente a metade do disco iluminada. Divisão lógica de um conceito em dois outros conceitos, em geral contrários, que lhe esgotam a extensão. Ex.: animal = vertebrado e invertebrado. Tipo de ramificação vegetal em que a ponta do órgão (caule, raiz, etc.) se divide repetidamente em duas porções idênticas, e que é próprio dos talófitos e briófitos, sendo muito raramente observado nas plantas floríferas; dicopodia. Princípio que afirma a existência única, no ser humano, de corpo e alma.

É bom frisar que algumas dessas significações não se enquadram bem, principalmente no assunto que estamos diluindo. No nosso caso seria o bem e o mal. O exemplo que mais se afine com o questionamento (opinião minha), seria o livre-arbítrio. Podemos nos prolongar ainda acrescentando que também são ações que dependem de nós mesmos, de nossa capacidade de avaliar e desenvolver e discutir, nesta aposição poderá ser citado como exemplo a educação familiar, a colegial, o meio social, os amigos, vícios e os procedimentos de cada ser. No Senso Moral não somos levados a agir por outros ou obrigados por eles. É visível esta colocação, se somos levados a agir por outros ou obrigados por eles, à conseqüência natural será a exterminação cruel de nosso Senso Moral, transformando-o em imoral com certeza. Nos assassinatos por encomenda o mandante consegue dominar o Senso Moral do que vai efetuar o crime, domina seu senso moral através do convencimento e do dinheiro, mesmo que isto venha a lhe custar caro. Pode ser a avaliação do certo e errado, esta avaliação será feito por mim ou por outrem. A conduta do ser humano é constantemente avaliada, juizes todos são, mérito não se compra, adquire e com muito sacrifício e grandeza da alma depende de muitos fatores, sociais e religiosos.

*Que é a Consciência Moral? Dê exemplos?

Quando o Senso Moral falha a Consciência moral se ressente e de pronto. Quando faço algo de errado vem o sentimento de culpa e a minha consciência fica atribulada, minhas atitudes acabrunhadas e o resultado quando para combater o resultado, que é o arrependimento, é dar a volta por cima e praticar uma boa ação. A educação familiar, O convívio, as amizades, uma boa escolarização e uma relação saudável, a ausência de estresse, angústias, preocupações, depressões e outras mazelas contribuem para convivermos bem ou mal com a consciência moral. As nossas decisões extemporâneas, os conflitos, devem assumir a consciência pelos atos que praticamos. Não poderemos deixar que a avaliação, certa ou errada transforme nossa vida e passarmos a outro fator chamado dilema moral. Pelo que expomos chegamos à conclusão que normalmente um fato, uma conseqüência tem ligação direta ou são compactuadas.

A que se refere o Senso Moral e a Consciência Moral?

Como citei antes nas entrelinhas deste trabalho estas duas palavras estão interligadas e vai desembocar de maneira violenta ou não no Senso Moral. A importância é por demais real que Põe em prova nossa consciência moral, a idéia de liberdade do agente causador e paralelamente às relações que mantemos com os outros, ou seja: O sujeito moral. É muito comum pessoas confundirem moral com costumes, com a tradição cultural de um determinado povo, com código de leis, regras, com as obrigações e deveres impostos pela sociedade, pela igreja e pelo governo. Boa pergunta: quem seria o sujeito moral na minha ótica, posso até estar equivocado, mas é a pessoa que convive diariamente com estas nuances e sofrendo as conseqüências delas. Quais nossas relações com a Moral? É uma situação estritamente, vinculante. Muitas das vezes não conseguimos fazer distinção e desvencilharmos, é um ponto sem nó, apesar de a nossa consciência trabalhar com responsabilidade e avaliar e julgar nossas ações, o nosso agir passa sempre pelo crivo da análise e avaliação dela. Parar para pensar é bom, não, é ótimo. Só que as pessoas de um modo geral possuem a velha preguiça mental.

Qual o principal pressuposto da Consciência Moral?

A consciência moral é resultado operativo de nosso Senso Moral. É a subjetividade valorativa que adquirimos no processo de formação familiar, escolar e nas relações cotidianas. O ser humano está nesta batalha dia-a-dia, poderá torná-lo forte, experiente ou então totalmente desvalorizado. Quantas vezes julgamos a conduta das pessoas? Inúmeras vezes. Podemos também afirmar que as ações podem ser legais ou não, lícitas ou ilícitas dependendo de quem as praticam. Se nos damos conta de que isso está presente em nossa vida, esta intuição nos leva a questão central da moral. Os principais pressupostos da Consciência moral são as próprias morais, pois se a moral não existisse não existiriam também as ações. Consciência é natural de nosso ego, da introspecção, ele vem de dentro para fora e de fora para dentro. Esta na qualidade do ser, nos sentimentos morais, nas avaliações de conduta, nas decisões que tomamos por nossa livre e espontânea vontade e agir de acordo com normas e decisões e responder perante elas e perante os outros. É o assumir o que fez, é a responsabilidade.

O que é Juízo de Fato e de Valor? Dê Exemplos?

São dois juízos que se confrontam e podem causar polêmicas. Coisa ou ação feita; sucesso, caso, acontecimento, feito. Aquilo que realmente existe que é real. Fato jurídico. Acontecimento de que decorrem efeitos jurídicos, independentemente da vontade humana (por oposição a ato). De fato. Com efeito; realmente, efetivamente; de feito, e estar ao fato de ciência com o que acontece; ser sabedor da distinção do que seria fato e valor? Leitura atenta dá para decifrar e incluir ou nominar a sinonímia correta. Já o valor pode ser considerado como qualidade de quem tem força; audácia, coragem, valentia, vigor; qualidade pela qual determinada pessoa ou coisa é estimável em maior ou menor grau; mérito ou merecimento intrínseco; valia; importância de determinada coisa, estabelecida ou arbitrada de antemão; o equivalente, em dinheiro ou bens, de alguma coisa; preço; poder de compra; papel; validade; estima apreço; importância, consideração; significado rigoroso de um termo; significância. Mas na concepção dos estudiosos: juízo de fato é aquele que diz algo que existe, diz o que as coisas são como são e porque são. Imitando o velho jargão popular: “matando a cobra e mostrando o pau”. Já o Juízo de Valor pode avaliar as coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estado de espírito, intenções e decisões.


Pelo que vemos e notamos o Juízo de Valor e é mais criterioso não desconsiderando o de fato. Tem outras qualidades entre elas às normativas e avaliativas. As diferenças entre um e outro pode estar na natureza e na cultura das pessoas, da população, das classes sociais, na sociedade que tende a neutralizá-los, isto porque a sociedade em si é injusta e egoísta.

Por que os juízos de Valor são Normativos?

Este questionamento praticamente já foi respondido, mas nunca é tarde revisar conceitos. Por que enunciam normas que determinam o dever ser, de nossos sentimentos, atos e comportamentos. É um regulamento, é uma lei que obriga todos andarem na linha, corretos, obediente, conhecedores de seus direitos e deveres e não agir assim será com certeza discriminada pela sociedade e por ela punida. Eles avaliam as nossas intenções e ações do correto e do incorreto para não dizer errado, nos dizem o que é bem e mal ou o que são; o mal e a felicidade. Os normativos também estão entre os éticos: sentimentos, intenções, atos e comportamentos devem ter ou fazer para alcançarmos o bem e a felicidade; olha que não é fácil. O povo brasileiro está carente de afeto e a fraternidade e a caridade cairia muito bem neste momento crucial. A origem destes juízos está nos atos e fatos do cotidiano, e no sentimento e na responsabilidade dos que fazem as leis que nos julgam absolvendo ou punindo, toldando nossa liberdade.

Explique origem da diferença entre Juízo de Fato e Juízo de Valor?

A diferença entre um e outro já pode está inserida nas entrelinhas, porém vamos tentar colocar da maneira mais simples a diferente dos dois, e que, não sejam prolixos, nem rebuscados. O juízo de fato é aquele que exprime sensação de concreto, algo que está a nosso alcance, as coisas são como foram feitas, nem existe variáveis para elas, e de lambuja ainda se dá o direito de uma explicação gratuita de como são (Constituição, formação, qualidade). É um tiro certeiro, não há meio termo. Já o Juízo de Valor é mais intelectualizado, atingem e avaliam as nossas coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões. Tem poder de decisão pelo exposto acima.

O que é Naturalização da Vida Moral?

A naturalização da vida está arraigada nos pressupostos aqui enunciados, é um somatório do que chamamos de moral, sendo que esta moral pode ser qualidade e destrinchada, caso haja necessidade. Somos educados para enfrentar a vida moral, pois está abarrotada por sentimentos de solidariedade, fraternidade e respeito pelo ser humano. A moral se forma na história de vida cotidiana. Podemos até citar uma passagem bíblica quando Jesus afirma: “Amar o próximo como a si mesmo”. Quem pratica com avidez e seriedade as normas acima enunciadas pode ter certeza de que está naturalizando a Vida Moral, quem não procede assim vai esbarrar no Dilema e na Consciência Moral.

Explique o Sentido das Palavras Moral e Ética.

Explicar moral e ética pode gerar um conflito de opiniões: porém existem nuanças que diminuem ou extinguem estas particularidades. Moral pode ser definida a nossa consciência e as qualidades boas que temos entre elas o respeito pela vida, ao ser humano, fraternidade, solidariedade e a moral é formada numa universidade da vida: “O Cotidiano”. Pode variar de pessoa a pessoa, pois todo ser humano não possuem as mesmas qualidades, há uma variação muito grande, talvez exagerada. Ética nada mais é do que o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. Está cimentada no bem e na moral. Para confeccionar este trabalho tive que usar a moral, o senso moral, a ética, a consciência e fazer um trabalhado relativo, senão iria cair no dilema moral.

Comentários:

Não tenho dilema moral, pois não posso julgar o esquecimento momentâneo, como moral, e sim mais de constituição orgânica. Apesar de ser possuidor desta síndrome procuro sempre está abalizado, lendo, relendo para que minha memória e consciência não atinjam um patamar dilacerante. Este trabalho foi um trabalho misto de pesquisa, de sabedoria, de conotação própria e de uma qualidade que não podemos colocar em xeque. Foram nove questionamentos bem preparados, que nos deixou a vontade para “apormos” nossas ideias e também emitir opiniões sobre o assunto. Estamos precisando cada vez mais de tarefas deste naipe. Aqui assimilamos o que é de bom no comportamento do ser humano, bem como saber como ele é possuidor de um livre-arbítrio. Seus sentimentos, suas ações, personalidade, educação, sociedade e o permeamento de homem com a finalidade que Deus o criador, de sempre evoluir e não retrogradar.

Antonio Paiva Rodrigues* - Espírita, calmo, compreensivo, gosto de escrever crônicas, poesias, contos, faço resenha de livros, comento, faço novelas de rádio e agora pretendo compor letras de música, gosto de leituras e escrevo uma média de três matérias diárias e já tenho mais de 1.000 publicadas.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook