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sexta-feira, 12 de maio de 2017

GSI diz que ataque cibernético não comprometeu dados da administração federal

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República confirmou que o ataque cibernético ocorrido hoje (12) em 74 países provocou “incidentes pontuais” em computadores de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas nega comprometimento de dados da administração pública brasileira. Conforme explicou o GSI, o ataque foi feito com um programa de computador que sequestra dados para que os hackers exijam resgate.

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“Em relação às notícias veiculadas pela mídia sobre o ciberataque ocorrido em alguns países e os reflexos no Brasil […] Trata-se de um programa que sequestra dados de computadores para, em seguida, exigir resgate; o ataque também ocorreu no Brasil em grande quantidade por meio de e-mails com arquivos infectados; até o momento, não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da administração pública federal (APF) tenha sido afetada”, disse o GSI, em nota.

Ransomware
O GSI, que é responsável por monitorar assuntos militares, de segurança nacional e potencial risco à estabilidade institucional, divulgou orientações aos órgãos da administração pública federal sobre o ataque, identificado como um ransomware. “O atacante explora vulnerabilidades dos sistemas Windows, [...] bloqueando acesso aos arquivos e cobrando o 'resgate'”, informou o órgão de segurança.

O ransomware pode ser entendido como um código malicioso que infecta dispositivos computacionais com o objetivo de sequestrar, capturar ou limitar o acesso aos dados ou informações de um sistema, "geralmente através da utilização de algoritimos de encriptação (crypto-ransoware), para fins de extorsão. Para obtenção da chave de decriptação, geralmente é exigido o pagamento (ransom) através de métodos online, tipo 'Bitcoins' [moedas virtuais]”, completa o GSI.


Dentre as medidas para reduzir o dano do ataque, o GSI recomendou aos usuários manter os sistemas atualizados para a versão mais recente e isolar da rede máquina infectada, além de realizar campanhas internas, alertando usuários a não clicar em links ou baixar arquivos de e-mail suspeitos ou não reconhecidos como de origem esperada.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Satélite vai democratizar acesso à banda larga no país, diz Temer


O presidente Michel Temer disse hoje (4) que o satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas, lançado na noite desta quinta-feira, “revelará um grande avanço tecnológico” para o Brasil.

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“Vamos democratizar o fenômeno digital do nosso país, já que a banda larga vai atingir todos os recantos do Brasil. Ou seja, quem tiver no Amazonas, ou em outro canto, poderá ter acesso à banda larga. É um grande momento para o nosso governo e para o povo brasileiro”, disse o presidente, após acompanhar o lançamento do satélite.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que o satélite vai permitir o acesso à banda larga em escolas públicas e em unidades básicas de Saúde. “Apenas no Ministério da Educação, em um convênio já celebrado com a Telebrás, são 7 mil pontos mapeados de equipamentos públicos municipais, estaduais ou da União que serão em alguns meses dotados de equipamentos que permitirão o acesso à banda larga, fazendo com que a educação seja de melhor qualidade”.

Segundo Kassab, graças à transferência de tecnologia adotada na construção do satélite geoestacionário, em algumas décadas, o país terá soberania para produzir seus próprios satélites.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que esse será o primeiro satélite operado estritamente por brasileiros, permitindo a soberania e a independência do país na área militar. “As comunicações estratégicas do governo estarão blindadas de qualquer tentativa de obter essas informações que são essenciais para os brasileiros e brasileiras”.

O lançamento do satélite foi feito do Centro Espacial de Kourou na Guiana Francesa.

Lançado ao espaço satélite brasileiro que será usado para comunicações e defesa


Foi lançado há pouco ao espaço o primeiro satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas. O lançamento, feito do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, foi acompanhado no Brasil pelo presidente Michel Temer e pelos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na sede do VI Comando Aéreo Regional, em Brasília.

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A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Depois do lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de 10 dias para chegar à sua posição final.

Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro.

Além do satélite brasileiro, foi lançado para o espaço hoje um satélite da Coréia do Sul, também pela empresa lançadora de satélites Arianespace.

Satélite
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite brasileiro ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. A capacidade de operação do satélite é de 18 anos.

O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. O equipamento foi adquirido pela Telebras e será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas.

O satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka será usada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga, especialmente em áreas remotas.

Exército dos EUA participará de exercício militar na Amazônia a convite do Brasil

Exército brasileiro convidam EUA para participarem de um exercício militar na tríplice fronteira amazônica, entre Brasil, Peru e Colômbia Foto: Exército Brasileiro / BBCBrasil.com
Do portal Terra

Tropas americanas foram convidadas pelo Exército brasileiro a participar de um exercício militar na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia em novembro deste ano.

Segundo o Exército, a Operação América Unida terá dez dias de simulações militares comandadas a partir de base multinacional formada por tropas dos três países da fronteira e dos Estados Unidos.

Descrita pelas Forças Armadas como uma experiência inédita no Brasil, a base internacional temporária abrigará itens de logística como munição, aparato de disparos e transporte e equipamentos de comunicação, além das tropas. O Exército afirma que também convidou "observadores militares de outras nações amigas e diversas agências e órgãos governamentais".

A operação é parte do AmazonLog, exercício militar criado pelo Exército brasileiro a partir de um atividade feita em 2015 pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Hungria, da qual o Brasil participou como observador.

À BBC Brasil o Exército brasileiro negou que a atividade sirva como embrião para uma possível base multinacional na Amazônia, como aconteceu após o exercício da Otan citado como base para a atividade.

Será a primeira vez que Brasil vai montar uma base logística internacional, diz Exército
Foto: Exército Brasileiro / BBCBrasil.com
"Não. Ao contrário da Otan, a qual é uma aliança militar, o trabalho brasileiro com as Forças Armadas dos países amigos se dá na base da cooperação", responderam porta-vozes do Exército.

"Com uma atividade como essa, busca-se desenvolver conhecimentos, compartilhar experiências e desenvolver confiança mútua", afirmou a corporação.

Apesar do ineditismo do comando multinacional na região amazônica, esse não é o primeiro exercício mútuo entre as Forças Armadas de Brasil e EUA no país. No ano passado, por exemplo, as Marinhas das duas nações fizeram uma atividade preparatória para a Olimpíada no Rio de Janeiro, envolvendo treinamentos com foco antiterrorismo.

Em 2015, um porta-aviões americano passou pela costa do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro para treinamento da Força Aérea Brasileira (FAB).

Entre as metas da operação prevista para novembro, segundo o Exército brasileiro, estão o aumento da "capacidade de pronta resposta multinacional, sobretudo nos campos da logística humanitária e apoio ao enfrentamento de ilícitos transnacionais".

'Reaproximação'
A operação vem no esteio de uma série de novos acordos militares pelas Forças Armadas de Brasil e Estados Unidos e visitas de autoridades americanas a instalações brasileiras com o objetivo de "reaproximar" e "estreitar" as relações militares entre os dois países.

Em março, o comandante do Exército Sul dos Estados Unidos, major-general Clarence K. K. Chinn, foi condecorado em Brasília com a medalha da Ordem do Mérito Militar. O comandante americano visitou as instalações do Comando Militar da Amazônia, onde a atividade conjunta será realizada em novembro.

De acordo com a Defesa dos Estados Unidos, o Exército Sul é responsável por realizar operações multinacionais com 31 países nas Américas do Sul e Central.

Um dia antes de o Exército americano inaugurar um centro de tecnologia em São Paulo para "desenvolver parcerias com o Brasil em projetos de pesquisa com foco em inovação", em 24 de março, o Ministério da Defesa do Brasil e o Departamento de Defesa dos EUA assinaram o Convênio para Intercâmbio de Informações em Pesquisa e Desenvolvimento, ou MIEA (Master Information Exchange Agreement), na sigla em inglês.

A aproximação das forças armadas do Brasil e dos EUA já rendeu uma medalha da Ordem do Mérito Militar ao major-general americano Clarence K. K. Chinn em março - Foto: Exército Brasileiro / BBCBrasil.com
Na ocasião, o secretário Flávio Basilio, da Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa (Seprod) afirmou que o documento funciona como "base para se estabelecer qualquer tipo de cooperação bilateral com os Estados Unidos".

Acordos de intercâmbio como esse não precisam de aprovação do Congresso Nacional. "É mais um passo no sentido de nos reaproximar dos americanos, possibilitando parcerias importantes na área tecnológica que representarão um incentivo importante para a nossa Base Industrial de Defesa e para o País como um todo", disse o secretário.

Em 3 de abril, o Ministério da Defesa anunciou em evento na embaixada americana que o Brasil e os Estados Unidos desenvolverão "um projeto de defesa" em conjunto.

O ministério não respondeu aos pedidos de entrevista da BBC Brasil para comentar os acordos fechados com os Estados Unidos e os detalhes sobre o projeto bilateral.

Já a embaixada dos Estados Unidos em Brasília disse que o país "está satisfeito de ter sido convidado junto a outras nações parceiras regionais para participar" do exercício na Amazônia e que "busca expandir e aprofundar parcerias de defesa com o Brasil".

"Durante o último ano, nós finalizamos uma série de compromissos-chave relacionados a Defesa (entre EUA e Brasil)", afirmaram porta-vozes da embaixada americana. "Olhando para o futuro, outros acordos estão em discussão, incluindo suporte logístico, testagem e avaliação em ciência e tecnologia e trocas científicas."

Em outubro, haverá um novo encontro sobre a indústria de Defesa dos dois países, em Washington. O Exército brasileiro também trabalha para organizar a ida de um batalhão de infantaria do Brasil para treinamento uma brigada do Exército americano em Fort Polk, na Lousiana, no segundo semestre de 2020.

Tríplice fronteira
A base da atividade será a cidade de Tabatinga (AM), que faz fronteira com Letícia (Colômbia) e Santa Rosa (Peru).

A BBC Brasil visitou a região no início desse ano - na ocasião, militares e policiais federais disseram que não são capazes de evitar a realização de atividades ilícitas como tráfico de armas e drogas pelos imensos rios da região.

Mas apesar de citar crimes transfronteiriços nos documentos do Amazonlog, o Exército afirmou que o foco da atividade é de preparação para situações humanitárias.

Questionada pela reportagem sobre como as Forças Armadas dos EUA poderiam apoiar o Brasil em áreas como violência e tráfico de drogas, armas e pessoas, a embaixada americana afirmou que "o Brasil é um parceiro confiável e respeitável", que as forças armadas dos dois países "têm áreas de conhecimento e experiência que compartilham rotineiramente umas com as outras" e que "a maioria das atividades bilaterais de cooperação em defesa entre nossas forças armadas são trocas entre especialistas".

"É um exercício inédito no âmbito da América do Sul. É a primeira vez que vamos montar uma base logística internacional", diz o general Theofilo Gaspar de Oliveira, responsável pelo Comando Logístico da Força, em Brasília, e um dos organizadores do AmazonLog.

"Um dos objetivos é fazer uma fiscalização maior na região e criar uma doutrina de emprego para combater os crimes transfronteiriços, que afetam aquela região na famosa guerra de fronteira que hoje alimenta a nossa guerra urbana existente nos grandes centros", afirma o general, em vídeo promocional do evento.

Análise
Para o cientista político João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, "a aproximação do Exército brasileiro ao dos Estados Unidos sinalizaria uma mudança de postura entre os dois países, que agora têm novos presidentes".

"Esta maior aproximação seria uma ruptura do que vem acontecendo desde 1989, que é um afastamento dos EUA pelo Exército do Brasil", diz Martins Filho.

"No fim da Guerra Fria, o Brasil se deparou com um país (EUA) que era aliado estratégico e que de repente começou a agir de forma totalmente independente, como superpotência única. Isso provocou uma reação de hiperdefesa da Amazônia e de afastamento."

Ele cita o acordo para a construção de submarinos com a França em 2011 e a compra de caças suecos em 2013 como exemplos desse afastamento e diz que, por ora, os anúncios entre as Forças Armadas brasileiras e americanas não devem ser "superestimados".

"Do discurso para a prática há sempre um intervalo", diz.

Para especialistas, a aproximação dos EUA pode ser motivada por interesses econômicos
Foto: Exército Brasileiro / BBCBrasil.com
Fundador e líder do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional da Unesp e coordenador de Segurança Internacional, Defesa e Estratégia da Associação Brasileira de Relações Internacionais, o filósofo Héctor Luis Saint Pierre "diverge gentilmente" do colega.

Saint Pierre cita a atenção dos Estados Unidos sobre a situação política na Venezuela - Donald Trump citou o país em conversas com Michel Temer e com os presidentes da Argentina, Peru e Colômbia.

"Há um respeito na América do Sul pela escola militar brasileira. Então, o Brasil é um parceiro estratégico para a formação doutrinária dos militares do continente. Se os EUA têm a simpatia do Exército do Brasil, é mais fácil espalhar sua mensagem entre os militares sul-americanos", diz.

"Uma alternativa a ser pensada seria uma intenção dos EUA de quebrar a expectativa de uma parceria sul-americana neste momento político", diz. "A Venezuela é uma problema quase de honra para os Estados Unidos."

O especialista também cita o crescimento da China como produtor de equipamentos militares e armamento.

"Há uma grave preocupação nos EUA com o incremento do comércio da China com a América Latina também em termos de armamento. Os EUA gastaram US$ 650 bilhões com Defesa - a China gastou menos de 10% disso, mas ainda assim já esta produzindo porta-aviões com bom nível tecnológico. Se os Estados Unidos conseguem se aproximar o Brasil para sua zona de influência, eles estancam este prejuízo", afirma.

Para o professor, a aproximação americana também poderia ser motivada por interesses econômicos.

"Tenho notado oficiais defendendo a tese de que não precisamos de autonomia tecnológica nas Forças Armadas se podemos contar com parcerias com países como os Estados Unidos. Normalmente se imagina que um oficial militar, do país que for, seja um nacionalista. Mas essa é uma perspectiva liberal nas Forças Armadas que vem ganhando força."


O professor explica: "Hoje a questão estratégica está subordinada ao negócio. A indústria do armamento é a que mais floresce no mundo. Não é preciso uma guerra: a ameaça de guerra já é suficiente para mover este tipo de negócio. Muitas atividades militares, inclusive, são muito mais guiadas pelos negócios militares do que por uma lógica política", afirma.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Ministério da Justiça prorroga permanência de Força Nacional no Espírito Santo


Agência Brasil
Agentes da Força Nacional de Segurança permanecerão por mais 30 dias no Espírito Santo. A medida anunciada ontem (10) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública atende ao pedido do governo do estado e foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

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Pela portaria, a Força Nacional é autorizada a seguir atuando em ações de segurança pública, em apoio ao governo capixaba. O objetivo é auxiliar na recuperação da ordem pública, por meio do policiamento ostensivo, abrangendo todo o estado. O prazo do apoio prestado pela Força pode ser prorrogado, se necessário.

O número de profissionais a serem disponibilizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para a operação obedece ao planejamento definido pelo governo do estado.

A Força Nacional reforça a segurança nas ruas de Vitória e de outras cidades desde 6 de fevereiro. Segundo o Ministério da Justiça, as equipes, compostas por policiais militares de diversos estados, atuaram inicialmente em conjunto com soldados das Forças Armadas. Depois, os trabalhos seguiram em parceria com a Polícia Militar do estado.

Crise
A crise na segurança pública no Espírito Santo começou no dia 3 de fevereiro, quando familiares de policiais militares, principalmente mulheres, reuniram-se em frente à 6ª Companhia, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Os protestos se estenderam para outros batalhões e terminaram atingindo todos os quartéis do estado. Eles reivindicavam reajuste salarial e pagamento de benefícios.

Com a paralisação, o policiamento no estado ficou a cargo das Forças Armadas e da Força Nacional. Pelo menos 1,1 mil policiais militares responderão a inquérito policial militar por crimes de revolta ou motim.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Defesa terá R$100 milhões para ajudar estados a combater organizações criminosas

Agência Brasil
O Congresso Nacional abriu crédito extraordinário de R$ 100 milhões para que o Ministério da Defesa dê apoio logístico ao emprego das Forças Armadas no sistema penitenciário e no reforço da segurança pública dos estados.

Assinado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o ato cumpre o que estava previsto na Medida Provisória 769, publicada em fevereiro deste ano no Diário Oficial da União – uma das ações do governo visando ao combate ao crime cometido nos estados e em presídios.


A autorização de uso das Forças Armadas para enfrentar organizações criminosas, por meio de buscas e apreensões de armas, celulares, drogas e outros materiais ilícitos nos presídios, foi dada pelo presidente Michel Temer em janeiro.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ministro da Justiça diz que Brasil está pronto para enfrentar possíveis ataques



Maiana Diniz – da Agência Brasil
O Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), criado sob a coordenação da Polícia Federal para agilizar a troca de informações e o levantamento de dados de inteligência entre polícias de diversos países durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, foi inaugurado hoje (1º) à tarde na sede da Interpol (Polícia Internacional), em Brasília.

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, participou da inauguração e disse que 250 policiais de 55 países vão atuar 24 horas por dia no CCPI com dois objetivos principais: a prisão de criminosos internacionais foragidos e que eventualmente venham ao Brasil e a troca de informações para captar qualquer possibilidade de preparação de atos terroristas.

“Não há nada mais inteligente para o combate a criminalidade e para o combate ao terrorismo do que a prevenção. Inteligência, informação e cooperação. Esse centro possibilita que cada um dos policiais que estão aqui presentes possam se comunicar imediatamente com seu país de origem, uma comunicação em tempo real, consultando bancos de dados do seu país de origem e fazendo o cruzamento desses dados”, disse.

Alexandre de Moraes está confiante de que os jogos vão transcorrer com tranquilidade e segurança e avalia que o país está preparado para atuar nos aeroportos e arenas olímpicas em caso de necessidade.

“O Brasil está totalmente preparado, como todos os países do mundo que têm a melhor preparação. Nenhum país nem ninguém pode afirmar 100% que não ocorrerá um crime ou um ato, isso é uma afirmação impossível. O que posso afirmar é que fizemos a lição de casa. Tudo de mais moderno, tudo que há de integração com outros países, tudo que há de informação e inteligência, nós temos no Brasil. Estamos preparados para qualquer eventualidade.”

O CCPI faz parte do sistema integrado de comando e controle da Polícia Federal para grandes eventos. A primeira edição do centro foi montado durante a Copa das Confederações, em 2013, quando 22 policiais de oito países atuaram em parceria na país. Na Copa do Mundo, em 2014, a estrutura foi ampliada e teve a atuação de 205 policiais de 37 países.

Agora, para as Olimpíadas e Paralimpíadas, os policiais de 55 países vão se dividir em dois centros de comando e controle, um em Brasília e outro no Rio de Janeiro, que será inaugurado na terça-feira (2).

Dupla checagem
O ministro da Justiça avaliou que desde a Copa do Mundo houve um processo de aperfeiçoamento da forma de trabalho da Polícia Federal e da Interpol, além da ampliação de cruzamentos de informações em bancos de dados internacionais.

“Nós temos hoje a possibilidade de acesso a todas as pessoas que embarcam para o Brasil e nós temos essa informação antes de essas pessoas chegarem ao Brasil para que possamos checar se há algum problema em qualquer desses bancos de dados internacionais”, disse. “Temos também os dados de documentos furtados ou roubados de todos esses países, caso esses documentos sejam apresentados no check in ou na imigração, isso imediatamente seja apontado à autoridade da imigração”.

Segundo o ministro, o programa de cruzamento de bancos de dados criado para as Olimpíadas permite uma dupla checagem da imigração nos aeroportos a partir da coleta de digitais. “Além da checagem normal, agora temos essa dupla checagem, duas vezes mais segurança”, disse.

A novidade evitou que um criminoso foragido entrasse no país na última quarta-feira (27). “Na semana passada, no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, uma pessoa que vinha da Inglaterra, mas de nacionalidade, salvo engano, do Quatar, quando ele colocou o dedo [no sistema de leitura de digitais] deu que havia um mandado de prisão expedido pela Inglaterra, e a Interpol o estava procurando por estelionato. Isso constou e ele foi imediatamente deportado.”

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Agência dos EUA inseriu software espião em quase 100 mil computadores no mundo

Tecnologia permite à NSA monitorar até computadores não conectados à web. Principal alvo foi o Exército chinês

A Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) implantou software em quase 100 mil computadores ao redor do mundo - mas não em território americano - que permite aos EUA monitorar essas máquinas mesmo se elas não estiverem conectadas à internet, informou o New York Times na terça-feira.

AP
Placa do lado de fora do gabinete da Agência de Segurança Nacional (NSA)


O NYT cita domumentos da NSA, especialistas de computação e autoridades americanas em seu relatório sobre o uso de tecnologia secreta utilizando ondas de rádio para conseguir acesso a computadores que outros países tentaram proteger de espionagem ou ciberataques. A rede de software do programa em vigor desde ao menos 2008, conhecido como Quantum, também poderia criar um caminho digital para lançar ataques cibernéticos, disse o jornal americano.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Para entender a compra dos Gripen


Por luisnassif no GGN 

Blog Dag Vulpi - A compra dos aviões Gripen NG significa um salto na indústria de defesa nacional; ou em um erro histórico? Aqui (http://goo.gl/T6zxVg) a defesa do Gripen; aqui (http://goo.gl/meseZ8) o ataque.

As duas posições - contra e a favor - podem ser entendidas a partir da maneira como cada debatedor encara o contrato. Um representa a visão de "cliente"; outro, a visão estratégica de defesa.

O "cliente" quer a melhor máquina, independentemente do preço e das chamadas externalidades positivas. A visão estratégica visa criar as melhores condições para o desenvolvimento tecnológico interno.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Porque o Brasil escolheu o Gripen NG?

Por Deivison Souza Cruz*

Mal saiu o resultado do FX-2, escolhido pela presidenta Dilma Rousseff, que as críticas à escolha do Gripen NG já começaram. Além das já conhecidas – tipo ser apenas um projeto no papel -, a mais repetida é que o caça da Saab seria incompatível com a missão de defesa de um país continental como o Brasil. O argumento central da escolha, ancorado no “bom, bonito e barato” – e vendido apenas a países pequenos como Áustria, África do Sul, República Tcheca, Suíça e Suécia – é que seria sinônimo de má qualidade.

Se isso é verdadeiro, então o Brasil reconhece sua incompetência tanto por manter uma defesa aérea equipada, e abre mão da dissuasão e desenvolvimento tecnológico, e reduz suas metas de projeção como potência internacional, candidato que é a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. As vantagens ditas sobre o Gripen NG provariam das limitações inerentes do Brasil.

A escolha do Gripen NG é um erro histórico

Por Ilya Ehrenburg
A escolha do Gripen NG pelo Ministério da Defesa, para equipar a FAB, foi um erro histórico de proporções gigantescas...

Das aeronaves que constavam na Short List, é a única não operacional. E vou além: sequer possui um protótipo em condições de voo.

Portanto, percebe-se que o Brasil adquiriu um projeto, e não um produto pronto, e se considerarmos a conta de padaria, que aponta para o valor de cem milhões de dólares, Fly Way, então vemos que pagamos caro por um caça leve - pois é isto que o Gripen é: um caça leve.

Todo projeto possui bugs, problemas, que precisam ser solucionados. A vantagem proporcionada pelo Rafale e pelo F-18E era a de oferecer um produto pronto, sem bugs. O Gripen NG, que conta apenas com 40% de cumunalidade com o Gripen C, precisa ter todos os seus pontos solucionados e testados, algo que vai da estrutura, pois o berço do motor possui um desenho novo, aos sistemas, pois o radar previsto para a aeronave, o Raven ES05 AESA, sequer foi finalizado pela Selex...

Os caças Gripen representam um salto na indústria de defesa

Por Luis Nassif no GGN
A decisão da presidente Dilma Rousseff de optar pelo sueco Gripen, da SAAB-Scania, na licitação FX para os novos caças da FAB, pode ter surpreendido a muitos.

Mas trata-se do passo mais relevante dos últimos anos, no sentido de consolidação de uma política industrial de defesa – área que avançou com o Inova Defesa, de financiamento de pesquisas para empresas do setor.

Pelo menos desde 2011, alguns comentaristas do meu Blog (www.luisnassif.com.br) traziam informações relevantes sobre a proposta sueca.

Enquanto os franceses da Dassault e os norte-americanos da Boeing movimentavam-se no campo político e diplomático, os suecos montaram uma operação técnica invejável.

“Caças Gripen irão criar nova indústria de defesa”


Defensor declarado da compra pelo Brasil dos caças Gripen, fabricados pela Saab, da Suécia, Luiz Marinho exulta decisão anunciada nesta quarta-feira 18 pelo ministro Celso Amorim; "A Saab Scania tem experiência e convivência com o Brasil, faz parte da nossa indústria, conhece a cadeia produtiva e a qualidade da mão de obra", afirmou ao 247 o prefeito de São Bernardo; Grande ABC deve se tornar epicentro da renovação da indústria nacional de defesa; Projeto FX, de US$ 4,5 bilhões, se pautou por transferência de tecnologia; fabricação dos 36 jatos encomendados pelo País contará com peças e equipamentos feitos localmente; Marinho se torna um Top Gun do governo Dilma.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

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