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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Cantor gospel é preso por tráfico de drogas no meio de culto


“Coruja” se apresentaria Igreja Pentecostal Missionária Livre, mas acabou sendo levado pelos agentes. Ele deve cumprir pena de cinco anos em regime fechado.

O cantor gospel Alex Eduardo Félix foi preso na noite do último sábado (25), enquanto participava de um evento religioso em uma igreja do bairro Vila Pompéia, em Campinas. Contra o suspeito havia um mandado de prisão por tráfico de drogas, segundo relatou o 47º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI) ao G1.

O homem, de apelido “Coruja” se apresentaria na Igreja Pentecostal Missionária Livre, mas acabou sendo levado pelos agentes. Ele deve cumprir pena de cinco anos em regime fechado.

A polícia recebeu uma denúncia que o suspeito, que também teria antecedentes por tráfico e roubo, estaria no local para uma apresentação, marcada para as 18h10. “Coruja” foi levado à 2ª Delegacia Seccional da cidade, onde ficou à disposição da Justiça.

Do Noticia ao Minuto

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Ponte cai durante evento da Igreja Mundial e deixa cerca de 40 feridos


Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.

Cerca de 40 pessoas ficaram feridas após a queda de uma ponte provisória em Laranjal, na região da Zona da Mata (MG), nesta quinta-feira (2).

O Corpo de Bombeiros informou que o acidente aconteceu durante um evento religioso com a presença do pastor Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus.

De acordo com o jornal O Tempo, os feridos estavam sobre a ponte no momento em que ela cedeu. A corporação também afirmou que no local do evento foram montadas barracas que podem ter gerado um acúmulo de pessoas em cima da estrutura.

Ainda segundo os bombeiros, o local foi vistoriado pela última vez na tarde dessa quarta-feira (1º) e recebeu a liberação da corporação por ter atendido todas as exigências e medidas preventivas.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Onda de violência no Congo deixa mais de 3.300 mortos, diz Igreja Católica

Pelo menos 3,3 mil pessoas morreram na província de Kasai, na República Democrática do Congo, devido a uma onda recente de violência causada pela milícia Kamuina Nsapu, que semeia o terror na região desde agosto do ano passado, informou nesta terça-feira (20) a Igreja Católica no país. A informação é da agência EFE.

"Pelo menos 3,7 mil casas e 20 povoados foram destruídos, dez deles pelo Exército e quatro pela milícia", apontou a Igreja, que tem atuado como mediadora em conflitos locais. Mais de 1,3 milhão de pessoas já fugiram de Kasai desde o início da onda de violência. Mais da metade delas jovens que, em algumas ocasiões, foram separados dos seus pais ou recrutados por milícias, informou hoje o Conselho de Refugiados Norueguês (NRC, na sigla em inglês).

Em maio, durante uma escalada da violência na região, 8 mil pessoas por dia se viram obrigadas a fugir, disse o NRC. Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 475 mil congoleses já fugiram para países vizinhos, sendo que cerca de 30 mil para Angola. Os civis são as principais vítimas das atrocidades, em particular os dos grupos étnicos luba e lulua.

As Nações Unidas denunciaram hoje (20) em Genebra a existência de uma nova milícia, a Bana Mura, criada e organizada pelas autoridades para apoiar as ações do Exército congolês nas três províncias da região de Kasai.

O alto comissionado da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, pediu que seja promovida uma investigação internacional independente, algo que foi rejeitado pelo ministro da Justiça da República Democrática do Congo, Alexis Thambwe Mwamba, que argumentou que "aceitar uma investigação independente é aceitar que o país não é independente".


O conflito adquiriu notoriedade internacional quando a milícia matou dois funcionários estrangeiros da ONU, a sueca Zaida Catalán e o americano Michael Sharp, encontrados mortos em 28 de março em Kasai Central quando avaliavam abusos aos direitos humanos na província.

sábado, 13 de maio de 2017

Papa diz que escutará Trump e buscará que "portas que não se fechem"

A bordo do avião papal,  o papa Francisco afirmou neste sábado que na reunião com o presidente de Estados Unidos, Donald Trump, prevista para 24 de maio no Vaticano, o "escutará", dirá o que pensa e buscará que "portas que não sejam fechadas".

Assim respondeu na coletiva de imprensa no avião durante a volta da viagem que fez ao Santuário de Fátima a uma das perguntas sobre qual era sua consideração sobre a política de Trump e as evidentes diferenças com algumas de suas mensagens em matéria de imigração e defesa do meio ambiente.

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"Eu jamais faço julgamentos sobre uma pessoa sem escutá-la. Eu o escutarei e direi o que penso", acrescentou o papa perante os 70 jornalistas que voaram com ele, entre eles da Agência EFE.

Para Francisco, o importante em qualquer situação é "buscar que as portas não sejam fechadas. Continuar adiante e passo a passo".

Francisco lembrou que "a paz é artesanal e se faz a cada dia".

O papa assegurou que sempre pensa no respeito, em "caminhar juntos" e em "ser muito sincero com o que cada um pensa".


Francisco receberá o presidente norte-americano no dia 24 de maio em Roma, que depois viajará a Bruxelas e no dia 26 participará da Cúpula do G7 que será realizada na cidade siciliana de Taormina.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Papa Francisco diz que Igreja deve pedir desculpas aos homossexuais




Da Agência Ansa 

O papa Francisco disse no último domingo (26) que a Igreja deve pedir desculpas aos homossexuais pela forma com que foram tratados todos estes anos.

Em conversa com jornalistas a bordo do avião papal, quando voltava de uma visita de três dias à Armênia, Francisco voltou a dizer que se a pessoa "tem boa vontade e que busca Deus, quem somos nós para julgá-la?".

"Os cristãos devem pedir perdão por ter acompanhado tantas decisões equivocadas", disse, quando foi questionado se está de acordo com o cardeal Reinhard Marx, que declarou que a Igreja Católica deve pedir desculpas à comunidade gay por tê-la marginalizado.

"Eu creio que a Igreja não só deve pedir desculpa a essa pessoa que é gay e que ofendeu, mas também deve pedir desculpas aos pobres, às mulheres e às crianças exploradas no trabalho. Deve pedir desculpas por ter abençoado tantas armas", acrescentou.

Em 2013, na viagem de regresso a Roma após visitar o Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o papa Francisco chamou a atenção da imprensa mundial ao se referir pela primeira vez como Pontífice sobre o tema. "Se uma pessoa é gay e procura Jesus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas. Elas devem ser integradas à sociedade", declarou na ocasião.

quinta-feira, 10 de março de 2016

CNBB: polarização política da sociedade pode comprometer a paz




Após três dias de encontro, representantes do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convocaram coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10), em Brasília, para divulgar nota em que pedem manifestações pacíficas no país, falam do risco de polarização da sociedade brasileira e da importância do respeito a diferentes pontos de vista para a democracia.

A CNBB avaliou que é inadmissível que partidos “alimentem” a crise econômica do país com a atual crise política e defendeu que o Congresso Nacional e os partidos políticos têm o “dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade”. O texto também alerta para o risco de a polarização da sociedade levar a um choque.

“O que nós queremos é que se garanta a ordem constitucional no país. Que os encaminhamentos sejam feitos dentro da legalidade e com respeito à Constituição”, disse o presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, destacando que a instituição não tem uma posição partidária. “Ao contrário, queremos estar abertos ao diálogo com todas as partes. Insistimos que a busca por soluções seja por meio do diálogo e do respeito, sem recorrer à agressividade e violência, que não condizem com a vida democrática”, disse.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Democracia retrocede e influência da religião na política aumenta, indica estudo


Um estudo da Fundação Bertelsmann, com sede em Gütersloh, Alemanha, constatou um retrocesso da democracia e da economia social de mercado em todo o mundo e um aumento da influência da religião sobre as instituições políticas e jurídicas.

“A democracia e a economia social de mercado encontram-se em retrocesso em todo o planeta”, diz um comunicado de imprensa da fundação, no qual se resumem as conclusões do estudo.

O projeto, que contou com a participação de 250 cientistas, analisa a situação de 129 países em vias de desenvolvimento e transformação, para avaliar a qualidade dos respectivos governos, a partir da consideração de um total de 17 critérios.

Desses 129 países, a apenas seis é atribuída boa qualidade de governança, o que representa o nível mais baixo desde 2006, quando se começou a realizar o estudo periodicamente.

Apesar de nos países analisados, as democracias terem aumentado ligeiramente (de 72 para 74) e as autocracias terem diminuído de 57 para 55, a situação geral piorou relativamente a cada uma das respectivas formas de governo.

Desde o mais recente estudo – há dois anos –, as autocracias consideradas “duras” aumentaram de 58% para 73% e apenas 15 das 55 consideradas protegem em parte os direitos civis e se outorgam direitos políticos limitados.

Nas demais 40 autocracias, as detenções arbitrárias de jornalistas e ativistas dos direitos humanos são frequentes, segundo o estudo.

Sobre as democracias, o estudo indica que uma em casa duas é qualificada como 'falha' e na grande maioria dos países da Europa Oriental existe atualmente mais restrições à liberdade de imprensa e de expressão do que dez anos atrás.

O presidente da Fundação Bertelsmann, Aart De Geus, manifestou especial preocupação com a situação nos países vizinhos da União Europeia.

“Os países vizinhos da Europa tornaram-se mais conflituosos, menos estáveis e mais autoritários. O que preocupa é, principalmente, a crescente incapacidade para o debate social e político”, observou.

Essa situação, segundo o estudo, ajuda ao crescimento do populismo que, em muito países, já encontra terreno fértil na pobreza, desigualdade e na falta de perspectivas econômicas para boa parte da população.

O documento lamenta que os anos de prosperidade econômica mundial não tenham sido aproveitados para investir em educação e saúde e na luta contra a desigualdade social.

O estudo destaca ainda que a influência da religião na política aumentou em 53 países nos últimos dez anos e recuou em apenas 12.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Procurador Douglas Kirchner: Entenda o porque das acusações que pesam contra ele




Antes de se tornar personagem nacional, atuando em parceria com a revista Época em casos envolvendo o ex-presidente Lula, o procurador Douglas Kirchner foi aprovado em um concurso em 2012 e alocado no Ministério Público Federal de Rondônia.

Lá envolveu-se em problemas religiosos-amorosos. 

O procurador é fiel de uma seita em Porto Velho, a Igreja Evangélica Hadar, acusada de explorar crianças e adolescentes, obrigando os menores a vender sanduíches em vias públicas, de madrugada, a realizar serviços de faxina no templo.  Em agosto de 2014 a seita foi denunciada à DEPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente) (http://migre.me/t3ORW).

Na última semana de julho de 2014, Douglas foi denunciado ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, acusado de agressões físicas contra sua esposa, Tamires Souza Alexandre.

Segundo o site de notícias, da gospel.com.br, após o casamento, ambos foram residir no alojamento da igreja. Quando tentou se separar de Douglas, ele e uma pastora da igreja espancaram a moça com cipó e cinto. Depois, Tamires ficou em cárcere privado, só podendo se alimentar depois que os outros comessem. Foi obrigada a dormir no chão, com ventilador e sem cobertor, tendo adoecido por conta disso (http://migre.me/t3P5U).

Segundo o portal Rondônia ao Vivo, em uma das ocasiões a esposa teria ficado dois dias sem comer e, depois, foi trancafiada no alojamento da igreja. Mais tarde, conseguiu fugir e foi dormir na rua, sendo acolhida na casa de pessoas que a encontraram (http://migre.me/t3Paq). Era um crime previsto na Lei Maria da Penha.

No dia 8 de setembro de 2014, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot dispensou Douglas do cargo de substituto eventual do Procurador-Chefe da Procuradoria do Estado de Rondônia (http://migre.me/t3Peg). Em seguida, Douglas foi promovido para o Distrito Federal.

Apenas um ano depois, em 5 de outubro de 2015, a corregedoria nacional do Ministério Público instaura um processo administrativo contra ele. O crime cometido por Douglas foi transformado em “infração disciplinar” e submetido a julgamento pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O processo ainda não chegou ao fim. Não o impediu de ocupar cargos relevantes no Ministério Público do Distrito Federal.

Segundo relatório do CNMP, paira contra Douglas a acusação de ter mantido a esposa em cárcere privado, sem produtos essenciais para higiene pessoal, incluindo papel higiênico, pasta de dente. Tamires precisou rasgar a própria roupa para usar como absorvente. E era humilhada na frente de todas, tratada como "prostituta" pela pastora.  Teria ficado anêmica e o marido, influenciado pela pastora, recusou-se a comprar medicamentos.


Nesse ínterim, Douglas mantém sua militância religiosa.

Compartilhou em sua rede social, considerando-o "sensacional".  Nele, os expositores explicam que o erro não está nas instituições, mas no pecado. Investem vigorosamente contra os princípios da igualdade, o "abominável princípio" que tenta igualar pessoas nos aspectos econômicos, sociais e biológicos. Sustentam que o feminismo é uma invenção do ideal agnóstico das esquerdas. E comparam o casamento homossexual à pedofilia e aos homens que fazem sexo com os animais. 



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Papa "está determinado" em avançar com reformas na Igreja


O papa Francisco "está determinado" em avançar com as reformas na Igreja, depois do extravio de documentos sobre escândalos financeiros no Vaticano. A informação é do "número três" da Igreja Católica, Angelo Becciu.

"Avancemos com serenidade e determinação", afirmou Jorge Bergoglio, de acordo com informação publicada na conta de Angelo Becciu na rede social Twitter, após o novo escândalo de extravio de documentos confidenciais sobre desvio de fundos destinados aos pobres e doentes, para financiar o estilo de vida luxuoso de alguns cardeais. O escândalo ficou conhecido como Vatileaks 2.

"Estive com o papa. As suas palavras foram: avancemos com serenidade e determinação", escreveu Becciu, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano para Assuntos Gerais.

O secretário-geral da Conferência dos Bispos Italianos, Nunzio Galantino, disse à cadeia TV2000 que o papa deve estar se sentindo traído no episódio que levou à detenção, neste fim de semana, de dois suspeitos de extraviar informações e documentos: o religioso espanhol Lucio Angel Vallejo Balda, de 54 anos, e uma perita italiana, Francesca Chaouqui, de 33.

"Coloco-me no lugar do papa. Nenhum filho da Igreja pode ficar indiferente perante estes ataques", disse Galantino, sublinhando que "algumas pessoas têm claramente medo do processo de reformas que o papa está realizando".

Vallejo Balda continua detido, enquanto Francesca voltou a ser interrogada hoje, depois de ter sido liberada ao garantir que vai cooperar com as autoridades. De acordo com a imprensa italiana, foram roubados dados do computador do controlador-geral de finanças do Vaticano, o italiano Libero Milone.

Libero Milone, nomeado pelo papa Francisco em 5 de junho passado para a reforma das finanças, está encarregado de uma auditoria das contas do conjunto das administrações do Estado do Vaticano.

Duas obras que vão ser publicadas em breve e prometem revelações sobre os casos financeiros do Vaticano são assinadas pelos jornalistas Emiliano Fittipaldi, do jornal L'Espresso, e Gianluigi Nuzzi, da Mediaset.

As publicações das obras remetem ao escândalo do sumiço de documentos, denominado Vatileaks, que marcou o fim do pontificado de Bento XVI, em 2012. As informações foram reunidas e publicadas pelo jornalista Gianluigi Nuzzi.

No comunicado, o Vaticano faz referência ao Vatileaks e sublinha a "grave traição de confiança" do papa, não excluindo a possibilidade de um processo pelo tribunal do Vaticano.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Jornal diz que papa Francisco está com câncer; Vaticano desmente


O papa Francisco, de 78 anos, estaria com um tumor benigno no cérebro, de acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira (21) pelo jornal italiano Quotidiano Nazionale.

Segundo o jornal, o papa foi diagnosticado com uma mancha escura no cérebro e está sendo assistido pelo médico japonês especialista em tumores e aneurismas Takanori Fukushima, da Duke University Medical Center, nos Estados Unidos. De acordo com a notícia, o médico descartou a necessidade de uma intervenção cirúrgica, dizendo que o câncer pode ser curado com tratamentos.

O Vaticano desmentiu a notícia e a considerou "gravemente irresponsável". "O papa está desenvolvendo, como sempre, sua atividade intensiva. A difusão da notícia é infundada e gravemente irresponsável. Não merece atenção", disse o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

Mais tarde, o porta-voz desmentiu, pela segunda vez, a notícia de que Francisco estaria com um tumor cerebral benigno. "Confirmo completamente a declaração que já dei. Faço isso depois de verificar a informação com fontes confiáveis, inclusive o papa", afirmou Lombardi. "Nenhum médico japonês veio visitar o papa no Vaticano e não foram feitos exames", concluiu.
De acordo com apuração da Ansa, Fukushima esteve na Itália no fim de janeiro, provavelmente para atender o pontífice. Na ocasião, um helicóptero oficial da Santa Sé com especialistas em câncer teria partido da clínica San Rossore, perto de Pisa, com destino ao Vaticano.

Lombardi negou que um helicóptero tenha pousado no Vaticano com médicos e especialistas. "Posso confirmar que o papa goza de boa saúde", declarou o porta-voz. "Reafirmo que a publicação da notícia é um grave ato de irresponsabilidade, absolutamente injustificado."

Em um editorial publicado ao lado da notícia principal sobre o suposto tumor de Francisco, o diretor do jornal, Andrea Cangini, confirmou a informação e explicou que o diário demorou para divulgar o fato para, justamente, garantir sua veracidade.

"Desmentir a notícia é uma atitude compreensível e já era esperada. Demoramos para publicar a notícia para podermos verificar todo o caso. Não temos a menor dúvida. Nós nos questionamos seriamente se deveríamos publicá-la e concluímos que aquilo que vale para um chefe de Estado ou de Governo, vale também para o papa. A enorme responsabilidade pública que essas personalidades carregam nos leva a acreditar que o direito à privacidade é menos importante que o direito da opinião pública de ser informada", argumentou Cangini.

Nesta quarta-feira, Francisco celebrou a tradicional audiência geral na Praça São Pedro, no Vaticano, para cerca de 30 mil pessoas.

Coincidentemente, o pontífice citou um de seus antecessores, João Paulo II, e destacou que é necessário "carregar com alegria a cruz da doença". "Caros jovens, que o testemunho de vida [de João Paulo II] seja um exemplo para os seus caminhos. Caros enfermos, carreguem com alegria a cruz do sofrimento, como ele nos ensinou", afirmou o líder da Igreja Católica, referindo-se a João Paulo II, que sofreu durante anos com problemas de saúde, quedas e uma tentativa de assassinato.

Francisco não se referia, entretanto, a seu próprio estado de saúde. O papa leu um texto que havia sido preparado anteriormente para a audiência, por ocasião do dia da memória litúrgica de João Paulo II, primeiro papa polonês, canonizado em abril de 2014 e que é celebrada amanhã (22).

O argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito líder da Igreja Católica em março de 2013, após a histórica renúncia do antecessor, Bento XVI. Em diversas ocasiões, Francisco disse acreditar que seu pontificado seria curto e que não descartava a hipótese de abandonar o posto.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

No Congresso americano, papa defende fim da hostilidade contra imigrantes


No primeiro discurso de um papa no Congresso dos Estados Unidos hoje (24), o papa Francisco pediu aos parlamentares que trabalhem para combater a hostilidade contra os imigrantes; que tenham comprometimento com políticas para conter os efeitos das mudanças climáticas; sugeriu uma ação de combate a todo tipo de fundamentalismo e o fim da pena de morte no país.

Discursando em inglês, o papa foi bastante aplaudido em diversos momentos. No discurso, chamou a atenção para temas que dependem do Congresso, e que por falta de consenso entre democratas e republicanos, não tem tido avanços. No campo da imigração, por exemplo, está nas mãos dos parlamentares revisar a política migratória, e votar o plano que a gestão de Barack Obama enviou ao Congresso.

A situação dos imigrantes indocumentados - aproximadamente 11 milhões de pessoas - tem se arrastado ao longo dos últimos governos. Obama foi reeleito com a promessa de rever as regras de imigração, mas encontra resistência no Congresso e, pela falta de uma resposta, o tema já está novamente no debate da pré-campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Neste contexto, o Papa lembrou que todos os povos das Américas não devem ter "temer os imigrantes" porque a maioria da população foi formada por imigrantes. "Digo isso, como filho de imigrantes, sabendo que muitos de vocês também são descendentes de imigrantes", afirmou.

Ele falou que a crise de refugiados que atinge a Europa é algo sem precedentes, desde a Segunda Guerra Mundial, e que o continente americano tem o desafio de adotar uma resposta para o tema.

Contra fundamentalismo

Perante a plateia, composta não só de parlamentares, mas de autoridades da Suprema Corte dos Estados Unidos, o papa Francisco defendeu a necessidade de que o fundamentalismo religioso seja combatido.

"Nenhuma religião é imune às diversas formas de aberração individual ou extremismo religioso”, destacou. E frisou: "Combater a violência praticada em nome de uma religião, uma ideologia, ou um sistema econômico, significa proteger a liberdade das religiões, das ideias e das pessoas".

Ao tocar no ponto da igualdade racial, o papa citou Martin Luther King e seu sonho igualitário de direitos iguais. Ainda lembrou a luta pelos direitos civis, pela "liberdade na pluralidade, no lugar da exclusão".

Ele destacou os 50 anos da marcha de Martin Luther King, saindo de Selma, feita no âmbito da luta para que afro-americanos tivessem direitos na América. “Esse sonho continua a nos inspirar, e estou feliz em saber que a América continua a ser para muitos a terra dos sonhos”, disse o papa Francisco.

Com estilo sutil, ele pediu "coragem e audácia" para que os Estados Unidos lidem com os países com os quais têm diferenças históricas. "Quando nações que estavam em desacordo retomam a via do diálogo, novas oportunidades se abrem para todos", afirmou.
Ele se referiu a Cuba, país com o qual os Estados Unidos retomaram as relações diplomáticas, mas que, para a normalidade, depende da suspensão do embargo econômico - decisão que só pode ser revogada mediante uma lei aprovada pelo Congresso.

Mudanças climáticas e pena de Morte

Como já esperado o papa Francisco chamou atenção dos congressistas e demais autoridades para o tema das mudanças climáticas. Um tema que divide os republicanos e democratas. Os mais conservadores não estão favoráveis à aprovação de planos que afetem a economia do país, e têm dificultado a aprovação de programas que a gestão de Barack Obama tenta implementar.

"Estou convencido de que podemos fazer a diferença, e não tenho nenhuma dúvida de que os Estados Unidos e o Congresso devem ter um papel importante”.
O papa também foi incisivo com relação à pena de morte nos Estados Unidos, e pediu a abolição da pena. Toda vida é sagrada", disse. “Em todos os estágios de seu desenvolvimento", completou, em nova referência contra o aborto.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Papa Francisco defende o fim do embargo a Cuba no voo para os Estados Unidos


O papa Francisco afirmou esperar que os Estados Unidos retirem o embargo comercial imposto a Cuba há mais de cinco décadas. A bordo do avião do Vaticano, rumo à capital Washington, o pontífice disse ter esperança de que os dois países fechem um acordo para acabar com o bloqueio. O papa desembarcou à tarde nos Estados Unidos.

"Meu desejo é que eles [Estados Unidos e Cuba] terminem com um bom resultado, que eles alcancem um acordo que satisfaça ambas as partes", disse o papa Francisco durante entrevista.

O papa afirmou ainda que não pretende falar sobre o assunto no Congresso dos Estados Unidos, que ele visita nesta quinta-feira (24). Será a primeira vez que um papa discursará para os parlamentares norte-americanos. Para o líder da Igreja Católica, a questão "é algo público, que está trilhando o caminho das boas relações".

Na sexta-feira passada (18), os Estados Unidos anunciaram uma série de medidas que amenizam o embargo imposto a Cuba. As novas regras permitiram que empresas norte-americanas abram escritórios e lojas em Cuba. As companhias passam também a ter autorização para oferecer serviços de internet e de telecomunicações. Viagens de transferências bancárias também foram facilitadas. A remoção total do embargo financeiro, econômico e comercial depende, no entanto, da aprovação do Congresso norte-americano.

Ainda no avião, o papa foi questionado sobre a prisão de dissidentes do regime cubano durante a viagem à ilha. Ele disse não ter conhecimento direto sobre as detenções. O papa falou do trabalho que a Igreja Católica faz na ilha. Segundo ele, a igreja lista os prisioneiros à espera de indulto e mais de duas mil pessoas receberam o perdão do governo de Cuba até agora.

Segundo a imprensa internacional, entre 100 e 150 dissidentes foram presos durante a visita do papa a Cuba.

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Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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