A necessidade
de colocar no mercado aproximadamente 60 milhões de barris de petróleo novo por
dia até 2040, para garantir a continuidade do desenvolvimento econômico
sustentável de longa duração, as empresas petrolíferas terão que investir,
segundo projeções do setor, cerca de US$ 1 trilhão ao ano no período.
A avaliação
foi feita hoje (22) pelo diretor-executivo da petrolífera Barra Energia, Renato
Tadeu Bertani, durante a Rio Pipeline Conference & Exposition, evento que
está na 10ª edição e é considerado o segundo maior do mundo na área de dutos.
Este ano, o
tema central da conferência é o papel dos dutos submarinos no desenvolvimento
do pré-sal. O painel de abertura contou com as participações dos presidentes da
PPSA (estatal criada para a exploração do pré-sal), Oswaldo Pedrosa, e da
Transpetro, Antônio Rubens Silva Silvino.
Em palestra,
ele lembrou que poucos países têm o potencial para apresentar óleo novo em
volume impactante como o Brasil. “Não há dúvidas de que a província do pré-sal,
que é extremamente nova e promissora, e o Brasil é um dos países que poderá
atrair uma parte significativa destes recursos”.
Na avaliação
de Bertani, o fato é que a camada do pré-sal é “incrivelmente promissora”.
“Para se ter ideia, a maior descoberta fora o pré-sal foi no Golfo do México,
com 1,5 bilhão de barris de reserva, peixe pequeno que não dá nem para comparar
com as reservas do pré-sal, inclusive com alguns campos já em produção”, disse.
O executivo,
em sua palestra, lembrou que apenas 23% da área do pré-sal já se encontra sob
contrato de concessão ou de partilha da produção. “Isto significa que nós temos
77% dessa província extremamente rica aguardando que os investimentos venham
para o país para que possamos transformar está riqueza, que está no subsolo, em
riqueza para a nossa sociedade”.
Para Bertani,
há um enorme interesse e capital abundante no mundo, esperando uma oportunidade
para ser alocada no Brasil. “São investimentos maciços, mas o setor é uma
indústria de incertezas, de muitos riscos, e vive de ciclos, e nós estamos, no
momento, em um ciclo de baixa. Mas este ciclo de baixa pode ser transformado em
um ciclo de oportunidade. Mas para que as condições que estão postas se
concretizem é necessário algumas mudanças no marco regulatório, no ambiente de
negócios no Brasil”, avaliou.