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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Cientistas documentam entrada de plástico na cadeia alimentar terrestre


Uma equipe de cientistas mexicanos e holandeses documentou pela primeira vez a entrada de microplásticos na cadeia alimentar terrestre, graças a um estudo de campo desenvolvido na reserva da biosfera de Los Petenes (México). As informações são da agência EFE.

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Apesar de existirem, há anos, estudos sobre a entrada do plástico na cadeia alimentar marinha, este seria o primeiro trabalho documentando o fenômeno no entorno terrestre, disse nesta terça-feira (25) a cientista mexicana Esperanza Huerta.
Ela apresentou hoje, em Viena, durante reunião da União Europeia de Geociências, o resultado de um estudo desenvolvido junto à Universidade de Wageningen, na Holanda. A pesquisadora mostrou que, devido à falta de recolhimento e gestão dos plásticos, os habitantes da zona de Los Petenes os queimam e enterram no chão de suas hortas, o que aumenta o risco de microfragmentação.

Para avaliar a situação, os pesquisadores analisaram em setembro o solo e as minhocas, as fezes e a moela de galinhas domésticas de 10 hortas dessa reserva mexicana. Assim, foi possível documentar a presença de plásticos de diminuto tamanho na terra, dentro das minhocas e nas fezes e na moela das galinhas analisadas, o que pode representar risco para a saúde humana.

Trabalho pioneiro
"Este é o primeiro trabalho feito em sistemas terrestres que mostra como o plástico entra na cadeia alimentar", explicou Esperanza. "Não sei por que não foi feito [esse tipo de estudo] antes. Talvez não tenha havido consciência para fazê-lo", acrescentou a pesquisadora, que considerou que as pessoas não sabiam do potencial perigo do descarte descuidado do plástico.

Esperanza disse que as minhocas, ao digerir o plástico, ajudam a fracioná-lo, e essa substância, depois, passa às galinhas que se alimentam dela. As galinhas também se contaminam diretamente, porque beliscam plásticos que aderem a restos de comida, acrescentou a pesquisadora.

Ela ressalatou que, como Los Petenes é uma reserva da biosfera e seus habitantes recebem educação ambiental, é possível que, em outras regiões, a situação seja pior. Para Esperanza, o grande problema é o costume de queimar o plástico, o que agrava a contaminação. "[As pessoas] pensam que, ao queimá-lo resolvem o problema, mas o plástico, então, fica acessível aos invertebrados do chão e, se for acessível para eles, é também para o resto da cadeia alimentar. Para as galinhas, por exemplo. E as pessoas comem galinhas", resumiu.

A pesquisadora disse que, nas moelas analisadas, foram  encontradas concentrações de microplásticos e lembrou que essa parte da galinha é usada em diferentes pratos mexicanos. Além disso, pessoas ouvidas por Esperanza confessaram que não limpavam as moelas por dentro, que somente as lavavam por fora e depois as coziam, uma prática que a pesquisadora considera preocupante.

Sobre o possível efeito do consumo de plástico na saúde humana, ela disse que são necessários mais estudos, mas considera um "grande risco".

Mais mortalidade, menos fertilidade.
Esperanza Huerta, que é especialista em minhocas, disse que, dependendo da concentração e do tempo de exposição ao plástico, a mortalidade desses invertebrados aumenta de forma clara e sua fertilidade se reduz.


Para a pesquisadora, embora o acesso ao plástico tenha melhorado a vida das pessoas, sua escassa degradação é um grande problema e deveria haver algum tipo de regulamento internacional desse material para evitar doenças e a poluição crescente com o produto.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Nível de poluição no Norte da China supera em 50 vezes o recomendado pela OMS


Parte do Norte da China encontra-se hoje (9) coberta por uma nuvem cinzenta, após o nível de poluição superar em quase 50 vezes os índices considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A densidade das pequenas partículas (2.5), as mais suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões e de atacarem o sistema respiratório, atingiu 860 microgramas por metro cúbico em Changchun, capital da província de Jilin, no Nordeste do país. O nível supera amplamente os 25 microgramas considerados aceitáveis pela OMS.

O governo municipal anunciou, entretanto, o nível 3 de alerta, que inclui a proibição de atividades ao ar livre nas escolas, a recomendação aos moradores para optar por transportes públicos e espaços fechados e a tomada de precauções.

A poluição tornou-se, nos últimos anos, uma das principais fontes de descontentamento popular na China e está relacionada a milhares de mortes prematuras.

As partículas PM 2.5 podem causar doenças cardíacas, enfarte e patologias do aparelho respiratório, como o enfisema e o câncer de pulmão.

A densidade das pequenas partículas atingiu 1.157 micrograma por metro cúbico em Shenyang, capital da província de Liaoning, segundo dados do Gabinete de Proteção Ambiental local.

"Ao sair de casa, o ar queima os olhos, a garganta fica irritada", disse um morador, citado pela agência oficial chinesa Xinhua.

Em 2014, o ar em quase 90% das principais cidades chinesas ficou aquém dos padrões de qualidade, segundo avaliação divulgada pelo Ministério chinês da Proteção Ambiental.

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Dag Vulpi

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