Entre
os detidos na manhã desta segunda-feira (24), estava o fundador.
Juiz
responsável pelo caso acatou toda a denúncia do Ministério Público.
Pastor Gedelti é detido em sua residência, na Praia da Costa (Foto: Leandro Nossa / G1 ES) |
Os
dez integrantes da Igreja Cristã Maranata (ICM) presos na manhã desta
segunda-feira (24), entre eles o fundador, pastor Gedelti Gueiros, não têm prazo
definido para sair da cadeia, segundo o Ministério Público do Estado do
Espírito Santo (MP-ES). De acordo com o promotor de Justiça Paulo Panaro, os
membros continuavam participando da administração e praticando crimes como
estelionato de forma indireta.
Em
maio, dezenove membros da Igreja Cristã Maranata, incluindo pastores,
foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MP-ES) pelos
crimes de estelionato, formação de quadrilha e duplicata simulada. Eles teriam
praticado desvio de dízimo da igreja, envolvendo uma movimentação financeira de
R$ 24,8 milhões, segundo o próprio MPES. Antes, em março, Gedelti e outros três
membros da ICM haviam sido presos por coagir testemunhas do inquérito
que investiga a igreja.
De
acordo com Panaro, testemunhas relataram a participação dos acusados na
administração da ICM. "Embora haja uma ordem judicial afastando-os da
administração, os acusados continuavam praticando os mesmos atos ilícitos de
forma indireta. Ficou claro que o ex-presidente da instituição continuava
participando da administração, várias testemunhas prestaram depoimentos que
relatavam essa participação", falou Panaro.
Quanto
à destituição do interventor Júlio Cezar Costa, Panaro informou que foi
constatada íntima ligação com os denunciados. "Uma das demonstrações de
íntima ligação é o fato de que o próprio advogado que peticionou em nome do
interventor também é o advogado de Gedelti Gueiros", disse.