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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A Bolsa Família e o Pânico - Medo da Igualdade Social

Por Marcos Rebello no grupo Consciência Política Razão Social (Facebook)

O título desta postagem sumariza bem os ânimos no Brasil de hoje:

"Eu tenho sim o desejo de ver o Brasil sem injustiças, mas eu não tenho nenhum pânico diante de programas como o Bolsa-Família."

O que eu tenho visto de maneira generalizada são discursos inflamados, mesmo alguns de pouca intensidade dependendo do nível cultural do individuo, que são visíveis afetações, resultado do que tem sido feito pela grande mídia. A nuvem está muito espessa e está inviabilizando uma objetividade muito necessária neste estágio dos acontecimentos no país. 

Por um lado o governo está visivelmente dinamizando todos os setores da economia, da cultura, da infraestrutura e do social, mas a contrapartida política da oposição está sendo, também visivelmente, contrária disseminando um alarmismo sobre a possibilidade de uma virada comunista. 

Eu sinceramente não vejo a necessidade deste alarme desde que a dinamização econômica está indicando positivamente para um avanço da iniciativa privada. O que eu vejo é uma dificuldade em setores sociais, culturalmente cativos, em aceitar mudanças.

O problema no discurso de algumas classes está na desconexão entre as responsabilidades do governo federal com o todo da nação. Elas estão constatando que o governo está reconfigurando as forças sociais alterando os privilégios de alguns setores privados que sempre aparelharam os governos. É precisamente este fator psicológico que está sendo afetado por esta mudança de paradigma. Esta classe está sendo forçada a se descolar de um sistema que ceifou a maioria da sociedade em prol de uma minoria. É este ajuste cultural e psicológico que está ocorrendo de maneira catártica, mas necessária.

A corrupção e o aparelhamento da máquina administrativa é uma consequência direta do obsoletismo do estado moderno. De um lado temos a facilidade com que se faz dinheiro na política e do outro o enorme hiato entre representante e representado por onde se metem os grandes interesses que negociam diretamente com os representantes à revelia e contra os eleitores que são a maioria da sociedade. Por isso fala-se em Reforma Política, em Constituinte Exclusiva, limites em contribuições para Financiamento de Campanha, etc. 

Por outro lado, um país como o Brasil, dotado de um tamanho, uma diversidade e desníveis brutais, é impossível que qualquer governo cuide ao mesmo tempo de tudo de forma parelha para que desapareçam os desníveis.

Algo vai ter que ficar sempre de fora no processo administrativo de qualquer governo e não adianta reclamarmos antes de que haja uma mudança na estrutura política existente ou na maneira como se formam as forças políticas.


Eu particularmente acho que está na hora de repensarmos a forma de governo devido ao estágio em que está a humanidade. Se por um lado existe muito desenvolvimento e pouca distribuição, por outro está havendo uma luta acirrada e muito perigosa pelo poder global. O ponto de inflexão está para um domínio absoluto ou um conflito de grandes proporções.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Reforma Política eficaz seria a mudança na formação das forças políticas nos conceitos sobre valores na sociedade


Por Marcos Rebello no grupo Consciência Política Razão Social no Facebook

Três pontos essenciais que estão interconectados e que, somente juntos, justificam a política brasileira. Os mesmos pontos, porém isolados, não possuem o mesmo poder para justificar uma mudança.  Vamos lá: 

Primeiro ponto: O Brasil das classes mais baixas consiste na esmagadora maioria da sociedade. Esta enorme maioria não era enxergada por todos os governos antes de Lula. Ou seja, este era, e continua sendo, o Brasil de fato por razões óbvias. Porque o que manda é os números, e números grandes, multiplicando-se, mandam em qualquer equação. Neste caso a equação é a social que pressiona e exige da economia. Ou seja, mais cedo ou mais tarde essa multidão estaria arrebentando os portões das metrópoles para entrar nas mansões e casas da classe média. Hoje este comportamento já pode ser visto em menor escala e é por este motivo que os que votaram em Aécio gritam desesperados por uma volta ao país das maravilhas. Gritam em vão! Porque a necessidade maior de criar condições de sobrevivência e desenvolvimento para esta esmagadora maioria é um imperativo moral e econômico.

Segundo ponto: O modelo do Estado Republicano atual sustentado pela democracia representativa está completamente falido! Ele foi desenhado há mais de dois séculos e não corresponde às demandas da sociedade moderna que desenvolveu culturalmente, possui novos modos de comunicação e é dotada de tecnologia ultrassofisticada. Alem disto, os grupos de interesse econômico através dos séculos conseguiram aparelhar a máquina do estado e tem assim controle quase total sobre as instituições que dirigem sucessivos governos. Ou seja, o sistema político, que pelo processo eleitoral coloca nos governos supostos representantes da sociedade, não consegue que estes representem porque há um enorme espaço entre o representante e o representado. É neste espaço, que sempre cresce, onde se inserem os poderes econômicos com interesses particulares, razão porque a máquina do governo não consegue governar para a sociedade, mas apenas para os grandes interesses.

Terceiro ponto: A corrupção do estado através dos sucessivos governos ocorre pela compra de favores e de indivíduos nas diversas instituições do estado. Os partidos políticos são comprados e feitos reféns por ideologias que corrompem o interesse da maior parte da sociedade. Este interesse é a vida em comum, pacífica e ordeira para que haja desenvolvimento e manutenção da cultura. Sem equilíbrio econômico e identidade cultural não há sociedade e não há vida em comum. O resultado é o individualismo doentio que corrompe todos os valores reais do ser humano. Resulta que a sede pelo poder corrompe toda a sociedade desde que o aparelhamento e o controle das instituições do estado sejam o alvo maior que representa o sucesso. 

Este modelo de Estado, que obriga governos a serem corrompidos por grandes interesses, não serve para manter uma sociedade sadia. Isto tem que mudar.

Agora, fazer uma Reforma para simplesmente redistribuir o mesmo processo de formação de forças políticas para manter o mesmo modelo de Estado é improdutivo porque resultaria nas mesmas forças agindo da mesma maneira para aparelhar as mesmas instituições do Estado. Isso desde que os mesmos interesses estarão agrupados agindo da mesma maneira.


O que é preciso fazer é uma reforma na formação das forças políticas e isso só será possível com uma mudança nos conceitos sobre valor na sociedade.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

As Democracias e o Brasil

Por Marcos Rebello 

O "tom personalista", herdado da França, ou seja, de onde for, podemos traduzir no seguinte: a necessidade de encerrar no indivíduo a responsabilidade por aquilo que o partido encobre. Você por acaso já viu algum partido político responder um inquérito sobre corrupção ou qualquer outra coisa? Isso não existe e NUNCA existirá. Portanto as Listas Fechadas de Candidatos de Partidos está fora de cogitação. Além disso, as Listas representam o que? Elas representam o controle total de um grupo dentro dos partidos que irão negociar TUDO com os grandes interesses.

Como se isso não fosse o suficiente, em futuro muito breve haveria um totalitarismo partidário por aquele partido que viesse a fazer os maiores e melhores negócios com esses interesses e assim consolidariam o poder indefinidamente. Não importa que partido seja, porque todo o poder corrompe, mesmo, e especialmente, um PT pós-Lula. Porque, aos poucos, esse sonho idealista se transforma, nos futuros dirigentes, em gosto pelo poder. Afinal a máquina burocrática, garantida fortemente pelas Listas Fechadas que eles controlam, eliminará com qualquer ideal altruísta. Disso qualquer um pode ter certeza.

Logo, a democracia só é desenvolvida e garantida quando se constroem mecanismos de controle direto pela sociedade.

Mas a China também não está com essa bola toda!

Simplesmente porque um sistema unipartidário não é exemplo de democracia. No entanto, a China está desenvolvendo um sistema econômico estável, equilibrado, e sustentável. Mas no peca no social pelos processos de controle que, olhando pela nossa perspectiva, é muito controlador e autoritário - mas isso devido á superpopulação de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas. Convém mencionarmos que, fora esse bilhãozinho, ainda supera o Brasil em 100 milhões - uma bagatela. Então, é fácil julgar sem observarmos esse pequeno grande detalhe.

Ainda sobre esse processo chinês dito democrático, mesmo com as ultimas declarações que incluem "postos de reclamação" da sociedade (ver trecho em inglês abaixo) para que o governo fique ciente dos problemas e insatisfações, não faz com que isso seja chamado de democrático.

Mas, como eu mesmo já disse, cada país tem a sua interpretação de democracia. Inclusive os EUA que tem toda a classe política muito bem azeitada por financiamentos em campanhas que se ocupa em fazer as vezes do sistema financeiro e das grandes corporações na dobradinha do Wall Street e que, quando comentem qualquer erro crasso, como aviltar todo o sistema interno que transborda no internacional, exigem que o Tesouro, que é público, cubra os rombos dessa classe. Então a isso eles chamam de democracia, uma lindeza. Vejam o que está ocorrendo em Wisconsin e as verdades ditas por Michael Moore, um norte americano que estuda e sabe bem como funciona esse sistema democrático. Simplesmente não dá para contestar. Mas, essa é a lógica deles, que ditam moda de inverno no verão tropical.

Sabendo disso, por acaso não é hora do Brasil desenvolver a sua versão de democracia? Porque o que temos é um circo! 

Na melhor das hipóteses é uma cópia diluída, enxertada e requentada do que existe mundo afora. Não é a toa que quando vemos um estudo melhorzinho sobre Reforma Política o autor se esmera em analisar os processos políticos e eleitorais de outros países para ver como ele encaixaria a sua proposta que seria uma adaptação - quer dizer: um outro requentado de sobra de algum outro país la fora. Porque ninguém ousa ser autentico nesse país, e está ficando cada vez pior!

Como eu tenho visto, pelos problemas crônicos que tem o Brasil, que são históricos, vindo desde a era colonial sem muita alteração, está na hora de ser implantado um programa político diferente. Esse deve ser único para permitir que haja um equilíbrio de poderes entre a base social e a classe governante.

A tônica desse sistema seria a troca de informações - coisa que ja existe mas que, por força do sistema, essas informações são usadas para calibrar as propostas dos grandes interesses que comandam a política e forçam os governos a tocarem o programa deles. Porque se por um lado a base social é carente em todos os aspectos e o governo conta com uma classe bem instruída mas corrupta (tanto psicológica, intelectual e moralmente), essa realidade tem que ser transformada em um sistema pela uniformização dessa realidade pelo menos para "descorrupta-la" e dar-lhe uma chance de ser autentica. Isso já seria um começo.

O grande problema é a cinética política unidirecional por força de influencias externas que exigem a manutenção do sistema atual que não representa e não funciona no atendimento da sociedade exceto em raríssimas circunstâncias como nesse governo Lula que mostrou uma ponta de autodeterminação, mas que pudemos ver suscitou enormes desafetos em todas as esferas da vida política e diplomática, basta vermos os despachos recém abertos pelo WikiLeaks. 

É hora de dar-nos conta de que o governo brasileiro apenas sabe oferecer paliativos para problemas crônicos, porque essa classe tem conhecimento desses problemas mas não os trata diretamente porque tem outras prioridades tais como correr atrás das pautas lançadas pelos da Europa ou pelos dos EUA, e agora da China. O Brasil é um país de tecnocratas que apenas sabe se ajustar ao que é proposto no exterior. Ou seja, é um país arregimentado por uma classe que prima por se manter sempre atrás da curva da historia e de si mesmo. Sempre correndo atrás. Sempre!

O pior é que não temos nem perspectiva de uma mudança nesse quadro político interno, mesmo com TODAS as iniciativas sendo tomadas hoje. Essas iniciativas provavelmente farão algum efeito em algumas décadas quando não forem mais necessárias.

Por exemplo: qual é o impacto REAL da Lei das Diretrizes Orçamentárias quando as legislaturas são controladas pelos grandes interesses e quando a Lei Orçamentária Anual dispõe sobre as alterações das "legislações tributárias" e essas dependem de interesses econômicos controladores? Como, se as legislaturas deixam de representar uma sociedade que é tributada acima do seu limite? Além disso com um Banco Central que cobra os juros mais altos do mundo?!

Então, quem é que controla esse processo político afinal de contas? Isso é democracia representativa? Sim, porque, para existir, é um mexido de sobra requentada do que ocorre mais ao norte, como eu acabei de dizer que nos EUA acontece o mesmo, mas com a diferença de que os juros ali são quase negativos.

Então eu proponho que se as iniciativas estratégicas de Samuel Pinheiro Guimarães possam dar continuidade pela sua nomeação ao Mercosul, essa tentativa de democratização do sistema deve ser implementada para aprofundar essas mudanças agora no sistema político como um todo. Nisso, as bases sociais devem ser consolidadas em comunidades autônomas mas sendo atendidas diretamente por um sistema eleitoral verdadeiramente representativo.

Para isso as Câmaras de Vereadores devem ser transformadas, assim como a organização interna dos partidos políticos, para que baixem o seu centro de gravidade a fim de atende-las. Quem sabe disso saia uma democraciazinha. Isso apenas para consumo interno e do Mercosul. Não pra inglês ver, porque quando eles derem com os olhos, vão ter um ataque e, provavelmente, bater com as dez.

Marcos Rebello

China Highlights: Premier Wen's gov't work report (Trecho referente ao social)

March 5th, 2011

SOCIAL ADMINISTRATION

-- China will expand channels for people to report on social conditions and popular sentiment; and effectively solve problems that cause great resentment among the masses, such as unauthorized expropriations of arable land and illegal demolitions of houses.

(Debate sobre diplomacia , fórum do grupo Consciência Política Razão Social - facebook)

Ronald Zomignan Carvalho - Excelente contribuição de Marcos Rebello! A China possui um modelo econômico e político milenar, altamente discutível do ponto de vista ético ocidental, mas eficiente no sentido de promover hoje a evolução social de um país gigantesco... A pista, que ele aponta, é que talvez tenhamos mesmo que pensar num modelo alternativo, nosso... Valeu Marcos!
Parte superior do formulário.

Marcos Rebello - Obrigado, Ronald. É sempre bom termos quem aprecia essas autocríticas propositivas do nosso sistema. Eu tenho uma enorme fé na criatividade do ser humano, especialmente no brasileiro. Mas essa criatividade tem a obrigação de ser autentica - como se a criatividade pudesse ser outra coisa! Aí portanto está o desafio. Ser ou não ser. Forte Abraço. 

Marcelo Saldanha - Marcos, estava eu num post, com um nobre falando sobre estas partes obscuras do governo, onde vimos tb em outro post a fala do Tarso Genro sobre demonização da política e dos partidos... eu sou verde ainda no campo dos debates políticos e fico numa encruzilhada... eu tenho convicção de que do jeito que está, não está bom e não vejo mudança a ser proferida nem pelos políticos e muito menos pelos partidos ou até governo... vejo vários posts com matérias dizendo que o congresso diz que pra mudar isso vai ter que ter mobilização popular, pra mudar aquilo vai ter que ter pressão popular... sendo assim, parece que estas matérias é uma provocação para que haja estas manifestação, mesmo sabendo que o povo é alienado, sem estrutura unificada em prol das causas democráticas...Pergunta quase que retórica : Como acabar com esta farsa e botar pressão popular no congresso e governo ? Exigir que o governo crie nos meios e comunicação uma campanha de unicidade popular em prol das causas.. fazer o papel real das comunicações vir a tona.. tem que haver um modo de aglutinar e mostrar as pessoas sobre a importância destas causas : reforma política, código florestal, democratização das comunicações, cultura em chamas... Enfim... o que precisamos fazer, nós, pequenos em grupo ainda, para que tenhamos uma forma de aglutinar as pessoas de forma mais  eficaz. Abs 

Dagmar Vulpi  - Marcelo, se me permite anteciparei à resposta do Marcos, darei meu pitaco. Entendo que só existe uma forma de aglutinar as pessoas eficazmente. "Informação e conscientização", este é o grande obstáculo que deverá ser enfrentado. Em pleno sec. XXI a grande maioria não tem acesso à uma informação digna, e por falta desta infelizmente existe uma grande massa de brasileiros ignorantes em vários campos, mas principalmente no que diz respeito à Política.

Marcos Rebello  - Marcelo e Dag. 
Primeiro de tudo precisamos tomar ciência de uma coisa:

Quando descartamos uma proposta como a das Listas Fechadas financiadas pelo público, estamos tomando uma decisão que afeta não apenas o processo político interno, mas estão os retirando do país uma arma de ação no cenário mundial que tem se caracterizado por decisões de governos altamente centralizados. Esse seria o propósito das Listas Fechadas. Ou seja, são países que, por terem um peso específico proporcionalmente maior, tem um impacto determinante nas relações internacionais. O Brasil ja ocupa uma posição de destaque e, em 20 anos, pode ocupar a quinta posição no ranking mundial. Isso demanda do governo do país uma posição inequívoca sobre duas coisas: uma é a política interna sólida que deve atender à sociedade da melhor forma possível, e outra que essa política interna não interfira enfraquecendo a política de estado no meio internacional. Em suma, a proposta das Listas Fechadas estaria fornecendo um forte indicativo de poder no quesito da política externa que é uma necessidade atual no cenário internacional. Mas, seria uma farsa. Porque, ao manter a sociedade arregimentada por uma classe política, em qualquer tempo, sob determinadas pressões, ruiria por terra. Aonde estaria o processo de desenvolvimento social nacional sustentável? Quer dizer, seria uma pseudo-democracia porque de legitimidade duvidosa, e de curta duração. Conclusão: perderíamos todos. Portanto, não podemos permitir que a política externa seja enfraquecida em qualquer tempo, mas devemos dar-lhe o melhor suporte possível para que seja sólida e duradoura. Isso apenas será possível quando tivermos um sistema verdadeiramente democrático. Uma democracia vigorosa retira das preocupações do MRE em ficar em linha de fogo das críticas nas suas atuações em um mundo cada vez mais dinâmico.

A proposta das Listas Fechadas precisam de um substituto de igual ou maior poder de coesão política interna para dar suporte à atuação do governo nas relações internacionais. 

O que precisa ser feito então depende de três coisas: 

1- Juntar os fatos que não correspondem com o as necessidades sociedade. Ou seja, vícios em processos sistêmicos que beneficiam apenas uma parte dela ou interesses externos em detrimento da sociedade como um todo. 

2- Codificar as propostas que devem ser apresentadas. Sem propostas sérias e viáveis não se pode fazer nada. Serão ações inócuas e vira baderna. Não aturamos baderna ou demonstrações vazias para que sejam apresentadas propostas contrarias ao que o movimento propõe. 

3- Entrar em contato com agentes da sociedade com influencia para aumentar a conscientização sobre os problemas e as soluções. A UNE, a CUT, os principais sindicatos de professores, seriam algumas das instituições.


4- Engajar o sistema político em um processo de mudança de forma ordeira. Se for necessária uma Assembleia Constituinte, que assim seja. Mas as mudanças devem ocorrer sem demoras e sem interferir na condução dos affairs do Governo. 

Marcos Rebello - Recoloco aqui o que postei em outro tópico sobre a recente visita de Kassab com os dirigentes do PSB ao ES em visita a Casagrande para tratarem da sua transferência para o PSB. Imaginem um integrante do DEM de extrema direita indo para um P...SB. Cadê a ideologia? O PSB se posicionou ja desde tempos para acomodar esses interesses porque a exigência dos tempos demanda que o socialismo seja capitalizado. E se isso ocorre, fica um suposto jogo intrapartidario para ver quem vai indoutrinar a quem, como se isso importasse quando se fazem as trocas de interesses econômicos e políticos. A sociedade fica sabendo disso? Ou é jogo de bastidores? Os senhores decidam. ... Então, essas mudanças de partido são a prova do que eu já disse. O que vale na política atual, especialmente no Brasil, são os interesses econômicos representados nos políticos. Disse também que ideologia é coisa para consumo da sociedade e da militância, não vale de nada. Disse também que estamos entrando em uma faze na política em que as ideologias devem desaparecer, porque inócuas, e um centrão   político está se formando porque não ha mais diferença entre esquerda e direita. Tudo depende dos grandes interesses econômicos que dependem dos financeiros. Então para que partido político? Daí a proposta das Listas Fechadas que estaria se antecipando a tudo isso para colocar no poder estatal uma classe política super pequena afunilando todo o processo para um sistema parecido com o da China: controle central. Isso é democracia ou é totalitarismo? Os leitores estão vendo que essa Reforma Política representa MUITO MAIS do que estavam pensando. Portanto, é hora de uma proposta da sociedade para essa Reforma para que seja AMPLA e PROFUNDA para atender à sociedade e não a interesses políticos e econômicos em parceria em detrimento dela. 

Fernanda Tardin - Marcos e destaco na sua fala (toda de importância): Disse também que estamos entrando em uma faze na política em que as ideologias devem desaparecer, porque inócuas, e um centrão político está se formando porque não ha mais diferença entre esquerda e direita. Tudo depende dos grandes interesses econômicos que dependem dos financeiros. Então  para que partido político??? 

Fernanda Tardin - E os políticos dirigentes partidários vão tentar de tudo para minimizar a conscientização do POVO. Hora de IDEOLOGIA ZERO, JUNTOS SOMOS FORTES minha gente.

Outra colocação para exemplificar, até uma postagem que fizemos ontem e está causando a maior revolução em grupos virtuais de Yahoo e GOOGLE e em BLOGS e comunidades de sites como Face e Orkut é: 14º e 15º salários. Então pergunto? Tem esquerda e direita no Brasil na Hora de aumento salarial? Que eu saiba Marina e outro senador do PSOL votaram contra este aumento, mas eles não vale como exemplo, iam sair do cenário parlamentar. Algum Político assinou devolvendo ( exceto o mostrado aqui do PDT-DF) os 14 e 15 salários e diminuindo as assessorias parlamentares e verbas auxiliares?

 Tivemos esquerda ou direita na hora em que parlamentares foram votar o Código Florestal ( trocado na Camara com os UDENISTAS/grileiros pela presidência da casa (anunciado com provas pelo Congresso em Foco? 

Minha gente, JUNTOS SOMOS FORTES e é isto que pega agora, repito"Disse também que estamos entrando em uma fase na política em que as ideologias devem desaparecer, porque inócuas, e um centrão político está se formando porque não há mais diferença entre esquerda e direita. Tudo depende dos grandes interesses econômicos que dependem dos financeiros. Então para que partido político???" 

Atentem.
 
(M. Rebello)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CANDIDATURA DE PESSOAS SEM VÍNCULO PARTIDÁRIO

Publicação e Postagem
Dag Vulpi 08/04/2011 13:05
"Comissão aprova candidatura de pessoas sem vínculo partidário"

Brasília - A Comissão da Reforma Política aprovou que pessoas sem vínculos partidários possam registrar candidatura a prefeito e vereador. De acordo com a proposta, a pessoa que desejar se candidatar de forma avulsa terá que comprovar junto à Justiça Eleitoral ter apoio de pelo menos 10% dos eleitores do município.

Além disso, a Comissão decidiu manter a regra em vigor sobre fidelidade partidária. Com esta regra, o mandato permanece sendo do partido, e não, do candidato. Desta forma, o partido pode requerer o mandato caso o político troque de sigla ao longo dele.

A Comissão fará um relatório que será levado em votação no Plenário do Senado. Em seguida, o texto deve ser aprovado pela Câmara para a Reforma Política entrar em vigor.

Fernanda Tardin virou foi bagunça mesmo..... putz grila. Lista Fechada, Partido cada vez mais sem compromisso com seus filiados..... Viramos boi. muuuuuuuuuuuuuuuuuuuu Eita vida de gado, povo marcado, povo feliz. Dominaram.....tá vendo, o GOLPE pintou de novo, desta vez nem precisou da 'contra revolução sanguinária'.

Dagmar Vulpi Nanda, voce observou o detalhe de que o candidato avulso tem que comprovar que tem o apoio de 10% dos moradores do município? Como seria esta comprovação? hahahaha é uma piada atrás da outra, todas de mau gosto.

Fernanda Tardin e a fidelidade partidaria? e o financiamento publico de campanha? como seria financiado este candidato? E o tempo de propaganda eleitoral gratuita? aiaiaia demag
...e a formação partidária?

Marcos Rebello Primeira proposta decente que fizeram! Mas e a cláusula de barreira??? Como esse candidato poderá ser aprovado? Quais serão as regras? 

Lelo Coimbra O candidato avulso - por fora dos partidos - foi tentado na Constituinte de 1988, pelos segmentos que representavam a militância dentro do espaço da Igreja Católica, e foi rejeitado. Suas possibilidades de aprovação são muito remotas. A comissão do Senado, pela desenvoltura, será a que evoluirá no tema Reforma Política. Na Camara as convergências estão muito escassas. Temos financiamento publico, que precisa de lista partidária,como um ponto de interesse mais comum. Mas a lista ganha resistências, inclusive a minha, na forma como pode vir a ser proposta. Mas, o interessante e que cresce na Camara a proposta de plebiscito, o que tenho achado ótimo. Independente do resultado, democratizar e popularizar esse tema se torna muito importante. Vamos ver o que resultara! Na contraposicao ao Distritao, estamos construindo possibilidade de Distrital Misto.

Marcos Rebello Salve, Lelo. Estás vivo! Nesses últimos dias tenho pensado muito sobre essa Reforma, e não me dá nenhum alento pelo que tenho visto em termos de propostas. A cultura social, ou melhor, o consciente coletivo, aquele que tínhamos nos anos 60 e 70 simplesmente fizeram com que evaporasse. Sim, isso não foi por acaso, como nada na política é por acaso. Então temos hoje o tramite dessa Reforma que teria o propósito de democratizar esse sistema político - que deveria ser o produto de como a sociedade no seu intercurso trataria de modificar como ela se governa. Mas não é isso que estamos presenciando - uns pouquíssimos que se interessam e que vem a saber que isto está ocorrendo. 

Porque não há absolutamente NADA na mídia para alertar a sociedade disso que ela estaria sabendo se houvesse uma fração de democracia nesse país. Essa mesma mídia que durante as eleições é determinante no resultado. Então, resulta que essa Reforma Política está sento feita por interesses políticos já estabelecidos e muito entrincheirados nas instituições do governo longe do conhecimento e do consentimento popular. E perguntamos, para que isso? Qual o propósito de um faz de contas? Está tudo muito claro.

As listas fechadas! Essa é a única razão pela qual tudo isso está acontecendo porque interesses muito bem arrazoados entre si já decidiram que para conduzir o Brasil e coloca-lo no eixo dos grandes interesses internacionais é constituir uma classe política SEPARADA da sociedade como é o resto dos outros países chave nesse processo de globalização. 

Esse é o desenho daqueles que comandam a Nova Ordem Mundial. Portanto, já vimos essa Comissão do Senado passar a proposta mesmo sabendo que não há a aceitação da maioria dos que se ocupam de pensar essa Reforma com um mínimo de consideração para com a democracia e a sociedade. 

O projeto das Listas Fechadas deverá ser levado a cabo custe o que custar, porque nessa Comissão irão fazer com que fique a impressão que no frigir dos ovos fez-se um acordo político, um misto quente, com as propostas da sociedade - que nem serão estudadas - e será como a proposta mais votada para enfiarem pela garganta do povo. Ficaremos sabendo o que já sabemos desde o princípio: que o Financiamento de Campanha só poderá ser feito se for com as Listas Fechadas. Isso será a fraude maior que esse país jamais sofrerá na sua historia, porque isso será o ultimo prego no caixão dessa democracia! Perguntamos então: por que não fazem um Plebiscito como é o correto? Muito simples, porque é muito perigoso para os grandes interesses - as coisas saem dos trilhos. Então por que apenas cogitam em um Referendo? Porque tudo já estará feito e podem controlar o resultado. Isso, meu caro, não é nem de longe uma democracia, e nunca será. Muito menos depois dessa Reforma vergonhosa.

...Adiciono isso: Essa do candidato avulso foi para não dizerem que nada que vem do povo foi aceito. É aquele grão de milho atirado no galinheiro de quatrocentas galinhas. Rs ... agora, se as galinhas fossem inteligentes elas não comeriam aquele único grão, nem brigariam por ele. Mas deixariam de comê-lo para coloca-lo em um altar como símbolo daquilo que elas realmente querem!

Dagmar Vulpi Salve Lelo, estávamos com saudades e preocupados, mas o importante é que voltou amigo.



A proposta do candidato avulso é apenas uma “Firula” (te copiei), pois é completamente incabível, pelo menos com o atual, e o sistema eleitoral até então proposto pela comissão. 

Quanto ao financiamento publico que a comissão faz questão de condicioná-lo ao sistema de lista fechada, considero como um desafio da comissão à capacidade do povo pensar.

Nada poderá diferenciar e nem pode, no caso de financiamento público a distribuição destes recursos entre os candidatos daquele partido, seja por lista fechada ou aberta.

Subentende-se que, caso o sistema seja por listas fechadas, o partido investirá todos os recursos em si próprio e não nos candidatos, pois os votos serão na legenda. Podemos imaginar uma campanha onde os debates não mais serão entre os candidatos, pois não fará diferença se o candidato a ou b tenha melhores propostas e tenha a preferência do eleitor, afinal por se tratar de lista fechada o eleitor não terá nenhuma garantia de que aquele candidato que tem a sua aprovação será o mesmo escolhido pelo partido. 

Teremos uma campanha eleitoral restrita às legendas, onde ao invés do eleitor ouvir os candidatos, terá que se contentar em ouvir os dirigentes dos partidos vendendo os seus peixes. 

E depois das eleições caso o candidato indicado pelo partido cometa improbidade, quem será responsabilizado? O partido sairá desta impune? Afinal o responsável por aquele político se encontrar no poder já não será mais o povo, mas única e exclusivamente do partido, vejo que haverá a necessidade de uma nova lei, com o intuito de punir os dirigentes responsáveis por colocarem políticos desonestos no poder.

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Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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