Mostrando postagens com marcador Manifestos Populares. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Manifestos Populares. Mostrar todas as postagens

domingo, 4 de junho de 2017

Ato-show em São Paulo pede eleições diretas


Artistas, produtores culturais e ativistas promovem neste domingo (4) ato político com show no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, para pedir a saída do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas.

O evento “SP pelas Diretas Já” teve início por volta das 11h com show do cantor Chico César. Por volta das 16h30, o número de participantes ainda não havia sido estimado pelos organizadores. Já se apresentaram o rapper Emicida, o sambista Péricles, os cantores Maria Gadú, Tulipa Ruiz, Otto, Edgard Scandurra, Pitty, entre outros.

Blocos de carnaval de São Paulo também participaram do ato. “Entendemos que esse Congresso Nacional que está aí, com centenas de parlamentares envolvidos em denúncias e escândalos, não tem condições morais de determinar como será o futuro do país”, diz o texto da convocatória do evento assinado pelos organizadores.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, discursou durante o evento e destacou a importância de eleições diretas para presidência como forma de impedir que sejam aprovadas as reformas da Previdência e trabalhista. “Se tiver eleições indiretas, há alguma dúvida de que eles vão continuar com esse programa de reformas? Eles vão continuar”, declarou.

Além de cantores e outros artistas, também discursaram integrantes de movimentos populares, como União Nacional dos Estudantes (UNE), Levante Popular da Juventude, Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros.


Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que não iria se posicionar.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Oposição venezuelana contabiliza 257 feridos após protesto em Caracas


O líder opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou que 257 pessoas sofreram ferimentos durante a manifestação de segunda-feira (29) contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas, que foi dispersada com bombas de gás lacrimogêneo lançadas por agentes das forças de segurança. As informações são da Agência EFE.

Leia também:

"Temos no dia de hoje 257 feridos", disse Capriles durante uma coletiva de imprensa na qual fez um balanço da manifestação e convocou uma marcha amanhã (31) até o Ministério de Interior e Justiça para pedir ao titular da pasta que detenha a "repressão" aos protestos.

O líder opositor detalhou que só no município de Baruta foram contabilizados 147 feridos, dos quais 46 apresentaram "traumatismos pelo impacto de bombas de gás lacrimogêneo", 25 sofreram asfixia pelos gases, enquanto outros 64 foram feridos com "balas de borracha, bolas de gude, esferas e barras de metal".

Além disso, declarou que o deputado Carlos Paparoni, que ficou ferido na cabeça ao ser derrubado pelo jato de água lançado por um veículo antidistúrbios, apresentou "traumatismo cranioencefálico".


Capriles, duas vezes candidato à presidência da Venezuela, calcula que 62 pessoas já morreram nos protestos contra o governo que começaram no último dia 1º de abril. A procuradoria venezuelana estima que 59 pessoas morreram e mais de mil se feriram em manifestações.

domingo, 28 de maio de 2017

Manifestação em Copacabana pede Diretas Já


Uma manifestação na Praia de Copacabana reúne desde o início da tarde de hoje (28) milhares de pessoas pedindo a realização de eleições diretas, caso o presidente Michel Temer seja afastado da Presidência da República.

Saiba mais:

Organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ligadas a partidos de esquerda, o ato tem a participação de diversos artistas e músicos, entre eles Caetano Veloso e Milton Nascimento, entre outros nomes conhecidos da MPB, que devem se apresentar ao longo da tarde.

Os participantes se revezam em cima de um trio elétrico, fazendo discursos e cantando. Já se apresentaram Mano Brown, Teresa Cristina, Rappin Hood, Criolo e o bloco de carnaval Cordão da Bola Preta.

Os manifestantes carregam cartazes pedindo Diretas Já e a saída do presidente Temer do poder.

O policiamento foi reforçado no entorno da manifestação, com integrantes do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos.


O trânsito da Avenida Atlântica precisou ser desviado para a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, causando leve retenção no tráfego, mas sem maiores problemas.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Ao menos quatro manifestantes feridos em marcha continuam internados em Brasília


Ao menos quatro pessoas feridas durante os protestos desta quarta-feira (24), em Brasília, continuam internadas em hospitais da rede pública da capital federal. Todas em estado considerado estável, segundo a Secretaria de Saúde.

Saiba mais:

Vitor Rodrigues Fregulia, o estudante de 21 anos que teve parte da mão dilacerada por uma explosão de rojão, passou por procedimento cirúrgico e já respira sem ajuda de aparelhos, mas não tem previsão alta hospitalar.

Os nomes das outras três pessoas ainda não foram confirmados. Um paciente, que sofreu ferimentos no maxilar, respira com ajuda de aparelhos e está internado no Centro de Trauma do Hospital de Base, sob cuidados intensivos e sedado.

Dois pacientes respiram espontaneamente, mas continuam internados no Centro de Trauma, onde a evolução dos quadros clínicos continua sendo avaliada.

Ao todo, 45 pessoas que estavam na Esplanada dos Ministérios durante o confronto entre policiais e grupos de manifestantes mascarados recorreram à rede pública de saúde do Distrito Federal por conta de ferimentos ou por estarem passando mal.


Do total de pessoas atendidas, 35 tiveram que ser encaminhadas ao Hospital de Base e ao Hospital Regional da Asa Norte – sendo que 31 delas receberam atendimento e foram liberadas em seguida.

Policiais que usaram armas de fogo em manifestação já foram identificados


O secretário de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF), Edval de Oliveira Novaes Júnior, informou hoje (25) que os policiais que usaram armas de fogo durante a manifestação de ontem (24) na Esplanada dos Ministérios já foram identificados e que o inquérito policial já foi aberto. “A regra é a utilização de armamento não letal e de uso progressivo da força. Isso foi uma exceção, não estava previsto [o uso de arma letal], e estamos apurando rigorosamente”, disse o secretário. Ele acrescentou que esses policiais serão responsabilizados.

Saiba mais:

Segundo Novaes, quase 3 mil policiais militares trabalharam ontem exclusivamente nas manifestações, aproximadamente 25% do efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). “Se as manifestações acontecessem de forma pacífica, seria mais que suficiente. Agora, sem dúvida, a quantidade de pessoas que vieram para causar problemas, para chegar aos pontos onde não poderiam e causar danos ao patrimônio, foi superior ao que vinha se observando”, disse o secretário.

De acordo com Novaes, a manifestação de ontem começou de forma pacífica, mas alguns grupos tentaram furar a barreira de policiais para chegar até o Congresso

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Ato em Brasília reúne 45 mil pessoas

Polícia e manifestantes entram em confronto na Esplanada dos Ministérios durante protesto contra o governo do presidente Temer e reformas trabalhista e da Previdência Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A manifestação Ocupa Brasília, que levou à Esplanada dos Ministérios, no centro da capital do país, pelo menos 45 mil de pessoas de vários estados, teve início de forma pacífica, mas terminou em tumulto e quebra-quebra, com depredação de órgãos públicos, após a ação de vândalos e da atuação da Polícia Militar do Distrito Federal. O ato, promovido por centrais sindicais e movimentos sociais, pediu saída do presidente Michel Temer e a rejeição das reformas previdenciária e trabalhista.

Saiba mais:

No início da tarde, os manifestantes chegaram à capital federal e se concentravam em frente ao Estádio Mané Garrincha, onde a marcha em direção ao Congresso Nacional teve início. Com cartazes com dizeres como “Diretas Já” e “Mais Direitos”, os manifestantes gritavam palavras de ordem. Líderes sindicais revezaram-se em cima de carros de som que acompanharam a marcha. Os dois sentidos da Esplanada ficaram fechados.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), 45 mil pessoas participaram do ato. Já a Central Única dos Trabalhadores estimou que 200 mil manifestantes passaram pelo local ao longo do protesto.

Depredação e confronto
Uma grande bandeira verde e amarela foi carregada por várias pessoas. Pouco mais de uma hora depois, com alguns grupos já próximos ao Congresso Nacional, as primeiras

Manifestantes depredam ministérios e colocam fogo no prédio da Agricultura

Polícia reprime manifestante em Brasília - Adriano Machado / Reuters
Protesto que pede a saída do presidente Michel Temer foi reprimido pela polícia

BRASÍLIA - Todos os ministérios do governo federal liberaram os servidores e funcionários na tarde desta quarta-feira após vários prédios serem depredados por manifestantes que pedem a saída do presidente Michel Temer e protestam contra as reformas da Previdência e trabalhista. Os manifestantes quebraram vidros e invadiram as portarias dos prédios na Esplanada. O Ministério da Agricultura tem um foco de incêndio que teria sido provocado pelos manifestantes, que colocaram fogo também em placas e pneus no meio das ruas.

Saiba mais:

Um policial foi ferido na perna quando os manifestantes derrubaram os tapumes que protegiam o Ministério da Agricultura.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 35 mil pessoas participam do protesto e quatro pessoas foram detidas. Segundo o serviço de emergências médicas SAMU, uma pessoa foi ferida a bala.


A manifestação começou no início da tarde e quando os manifestantes, alguns com o rosto coberto, chegaram próximos à grade que foi colocada para isolar a área do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia do Distrito Federal reagiu com bombas de efeito moral.

A Secretaria de Segurança não informou o motivo da reação policial. No local, a justificativa foi de que seria uma reação a objetos jogados por manifestantes

Câmara suspende sessão após protesto da oposição contra ação da PM na Esplanada


A sessão deliberativa do plenário da Câmara foi suspensa e encerrada após forte protesto dos partidos de oposição ao governo que criticavam a ação da policial durante manifestação que ocorre na Esplanada dos Ministérios. Alguns líderes partidários ocuparam a mesa do plenário da Câmara gritando “Diretas Já, o povo quer votar”.

Saiba mais:

Enquanto os deputados discutiam a Ordem do Dia, milhares de manifestantes protestavam contra as recentes denúncias de corrupção no governo, além das reformas trabalhista e da Previdência. A oposição tentava obstruir o andamento da sessão para evitar a votação da pauta, quando do lado de fora do Congresso teve início um confronto entre manifestantes e agentes da Polícia Militar do Distrito Federal.

Os policiais lançaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que tentavam descer em direção ao gramado em frente ao Congresso. O tumulto logo repercutiu no plenário. O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a polícia agrediu inclusive parlamentares que participavam do protesto e pediu o fim da sessão do plenário. “A força bruta não pode substituir a democracia (….) Por isso, eu peço o encerramento da sessão”, declarou.

Na tribuna, o líder do DEM, Efraim Filho (PB), rebateu as críticas e disse que a polícia também foi agredida. Ele pediu que os parlamentares voltassem a trabalhar. Ao ocupar a mesa do plenário, os oposicionistas estenderam uma faixa com a frase “Fora Temer”. O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa das mãos dos deputados, o que provocou certo tumulto. Durante a confusão ouviu-se também no plenário gritos de "Lula na cadeia", em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da sessão, deputado André Fufuca (PP-MA), tentou manter o andamento dos trabalhos, mas decidiu suspender e depois encerrar os trabalhos.

Um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra durante a manifestação na Esplanda, após a PM dispersar parte do protesto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O grupo destruiu vidraças de pelo menos cinco ministérios. Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e  banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.

Ordem do Dia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu início à Ordem do Dia no plenário por volta das 13h. Em pauta está o projeto de lei  54/15 e sete medidas provisórias que podem expirar nos próximos dias. A oposição não registrou presença eletrônica no plenário, apresentou obstrução e tentou atrasar as discussões. O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que não acha normal abrir a Ordem do Dia no início da tarde e argumentou que este é um “jogo” da base para evitar o debate sobre a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pede a convocação das eleições diretas, em caso de vacância da Presidência da República. A PEC está em debate na CCJ, mas tem a apreciação tem sido adiada seguidamente.

Manifestação em Brasília tem tumulto na chegada ao Congresso Nacional


Com bombas de efeito moral, a Polícia Militar do Distrito Federal tenta afastar os manifestantes que participam do ato contra o governo do presidente Michel Temer da área próxima ao gramado do Congresso Nacional, que foi isolada. O local é tradicionalmente ocupado durante protestos na cidade.

O tumulto ocorre na Alameda das Bandeiras, via em frente ao Congresso. Logo após chegarem ao local e tentarem furar a barreira, alguns manifestantes hostilizaram policiais que faziam a barricada, o que levou a PM a atirar bombas de efeito moral.

Com a confusão, algumas pessoas passaram a jogar hastes de bandeiras em direção aos policiais.

Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que participa do ato, um pequeno grupo de aproximadamente 20 manifestantes atirou pedras em direção à polícia, que revidou com dezenas de bombas de efeito moral. “O pessoal da organização pediu para que as pessoas se afastassem da grade, aí a polícia começou a atirar bombas. Parece guerra de território. Isso não é polícia de segurança pública no sentido da palavra, policial que deveria primar pela racionalidade e pela serenidade para garantir o ato. Eles estão com a disposição de dispersar o ato.”

Com a confusão, alguns manifestantes acabaram se distanciando do local.

Daniela Cristina Silva, 49 anos, veio com mais dois amiigos do Rio Grande do Sul. Eles são servidores do Judiciário no estado e dizem ser contra a reforma da Previdência e a favor da saída do presidente Michel Temer.

"O protesto estava pacífico e tranquilo, aí as pessoas que estavam mais perto pediram para a gente voltar. Começamos a ver bombas e os nossos olhos arderam. A gente está com um cadeirante, eu cheguei a pedir para o pessoal da polícia parar por conta dele, ainda debocharam de mim", afirmou Daniela.

Do alto de carros de som, lideranças sindicais pedem que os manifestantes continuem concentrados no gramado central da Esplanada, porém mais distantes do local onde ocorreu a confusão.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública não se manifestou sobre a ação da Polícia Militar. Também ainda não há informações se há presos e feridos.


Convocada pelas centrais sindicais, a marcha Ocupa Brasília começou no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, no início da tarde, com caminhada até a Esplanada dos Ministérios. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o ato reunia cerca de 25 mil pessoas no início da tarde. Os organizadores estimam a participação de 100 mil pessoas.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Manifestantes protestam em várias cidades e pedem saída de Temer

Fernando Frazão/Agência Brasil
Em várias capitais, manifestantes protestam na noite desta quinta-feira (18) contra a corrupção, pedem a saída do presidente Michel Temer e novas eleições diretas. Os atos ocorrem após a divulgação pelo jornal O Globo de reportagem sobre a delação premiada do empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS.

Leia também:

De acordo com o jornal, em um encontro com o empresário, Temer teria dito que Joesley continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha, preso na Lava Jato, para que permanecesse em silêncio. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação de Batista e liberou parte do áudio da conversa entre ele e Temer. 

Em pronunciamento nesta tarde, o presidente Michel Temer disse que não renunciará e que não comprou o silêncio de ninguém. 

Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a manifestação foi convocada pelas redes sociais por centrais sindicais e entidades estudantis. A concentração foi na Igreja da Candelária, com previsão de seguir até a Cinelândia. A segurança foi reforçada com homens do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE). Alguns jovens vestidos de preto e portando escudos também participam da manifestação.

Por volta das 20h15, manifestantes e policiais entraram em confronto na Cinelândia. O confronto durou cerca de 30 minutos. De lado, manifestantes mascarados jogaram pedras e garrafas contra os policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. A Cinelândia, que em momentos antes estava lotada, às 20h45, ficou vazia. Muitos manifestantes fugiram em direção à Lapa, que fica a a cerca de 2 quadras de distância, ateando fogo em sacos de lixo e outros objetos, colocando grandes fogueiras nas ruas próximas. 

Brasília
Um grupo de manifestantes está concentrado na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. As pessoas começaram a chegar por volta das 17h. A última estimativa oficial da Polícia Militar do Distrito Federal é de 400 pessoas.

Os manifestantes soltaram fogos e tocam instrumentos de percussão. A manifestação segue pacífica. Bandeiras de centrais sindicais são agitadas e faixas escrito “Diretas Já”, além de gritos de apoio a ex-presidenta Dilma Rousseff. Desde ontem (17), quando o jornal O Globo divulgou que Temer teria concordado com a compra do silêncio de Eduardo Cunha, as pessoas começaram a se reunir na frente do Planalto. Muitos motoristas também passam em frente buzinando e pedindo a saída de Temer.

Recife
A concentração foi na Praça do Derby e seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista, por volta de 18h, até a Avenida Guararapes. Muitos manifestantes estavam com placas “Eu quero votar”, “Fora, corruptos” e “Fora, Temer”. A organização do ato calculou 3 mil pessoas; já a Polícia Militar de Pernambuco não faz contagem de manifestantes.

O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, criticou a decisão de Temer de não renunciar. “Ele deveria ter pelo menos a decência de renunciar. E não é só Temer renunciar: é a renúncia, revogação imediata de todos os atos feitos pelo presidente ilegítimo, não às reformas que estão em curso e eleições diretas para Presidência da República".

A representante da União Brasileira de Mulheres (UBM) de Pernambuco, Laudijane Domingos, disse que as informações reveladas pela delação reforçam o pedido de saída do presidente da República. “A máscara caiu, a nuvem de fumaça saiu. O argumento de que o Brasil estava envolto em uma onda de corrupção e que isso era responsabilidade dos partidos de esquerda não é verdade”, afirmou.

Fortaleza
Os manifestantes se reuniram na Praça da Bandeira, no centro, e caminharam cerca de 2 quilômetros até o bairro Benfica. Muitos levavam faixas e cartazes ou vestiam camisetas com mensagens defendendo a convocação de eleições diretas. "Temos que estar na rua em busca das eleições diretas, pois só assim o trabalhador vai conseguir esse marco. Não podemos permitir que a burguesia decida este momento e que o Congresso escolha um novo representante", disse o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza, Eriston Ferreira. 

São Paulo
Manifestantes se reúnem em frente ao vão-livre do Masp, na Avenida Paulista, desde o fim da tarde de hoje. O grupo fechou a avenida no sentido Consolação por volta de 18h30. A dispersão do ato terminou por volta das 22h.

Participaram da manifestação diversos movimentos sociais, estudantis, sindicais e partidos políticos que apoiam a saída de Temer. Pelo menos 15 policiais fizeram uma barreira de proteção em frente ao prédio da Presidência em São Paulo. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o ato.

Carolina Kruchin, 30 anos, disse que o povo tem que ir para a rua. “Não adianta nada ficar nas nossas casas vendo pela televisão. Temos que ir pra rua fazer volume”. Ela defendeu eleições diretas gerais.

A estudante Luiza Ribeiro da Silva, 21 anos, disse que as pessoas precisam sair às ruas porque o país passa por uma situação desesperadora. “Tem que somar em resistência, vir para a rua, juntar todo mundo para mostrar o que está acontecendo. Eu acho que no momento é Diretas Já, porque [eleições] indiretas a gente já sabe o que vai acontecer entre eles, vai jogar para outra pessoa que é do mesmo tipo”.

Manuela Mendes dos Santos, de 30 anos, também defende eleições diretas. "Estamos aqui pedindo a saída de todos na verdade, não só do Temer, mas de todo o Congresso, de toda a corja que está roubando o país”, disse . O povo deve decidir quem serão os governantes.

Em nota conjunta, as centrais sindicais pedem eleições gerais e democráticas, além da apuração das "graves revelações contidas nas delações envolvendo o presidente Temer e outros políticos de expressão nacional". Além disso, afirmam que falta legitimidade política e social ao atual governo para aprovação das reformas da Previdência e trabalhista e pedem que sejam retiradas imediatamente da pauta do Congresso Nacional.

"[Qualquer solução democrática para a crise política e econômica nesta conjuntura] Passa, ainda, pela reconstrução da legitimidade das instituições políticas da República, o que, no caso do governo federal e do Congresso Nacional, passa por realizar, no mais curto espaço de tempo exigido pela Constituição, eleições gerais e democráticas", diz a nota.

Belo Horizonte
As ruas do centro de Belo Horizonte foram tomadas por manifestantes favoráveis à saida de Michel Temer da presidência da República e à convocação de eleições diretas. A manifestação foi convocada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, grupos que reúnem centrais sindicais, sindicatos, organizações estudantis e entidades dos movimentos sociais. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público, mas de acordo com a organização foram 50 mil pessoas.

A concentração começou às 17h, na Praça Sete. Os manifestantes circularam por avenidas do centro da cidade e seguiram para a Praca da Estação. Ao longo do trajeto, diversos moradores acenaram das varandas e janelas e jogaram papel picado em apoio.

"É incapaz de levar o governo adiante. O problema é que os setores conservadores irão se articular para fazer uma eleição indireta e colocar no poder alguém capaz de continuar com a agenda de retirada de direitos, através da reforma trabalhista e da Reforma da Previdência", disse Leonardo Péricles, líder da Frente Povo Sem Medo e do Movimento de Luta por Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Kerison Lopes, citou a prisão de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, e disse que a detenção dela significou um dia de liberdade de imprensa em Minas Gerais, por mencionar a interferência dela nos meios de comunicação no estado. "Durante os 12 anos de governos do PSDB, com Aécio e Anastasia, ela coordenou a comunicação e ficou conhecida como mãos de tesoura. Ela atuava para censurar a imprensa, perseguiu e exigiu de veículos a demissão de diversos jornalistas", disse. Conforme reportagem do O Globo, Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao empresário e a irmã dele teria participado da negociação.

Segundo os organizadores, o ato reuniu mais de 50 mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

Porto Alegre
O protesto ocorreu na Esquina Democrática, no centro da cidade desde as 18h. Uma hora depois, o grupo seguiu em marcha pelas ruas do Centro Histórico com faixas e cartazes pedindo a saída do presidente da República, Michel Temer, e exigindo a realização de eleições diretas para o cargo.

A caminhada encerrou no Largo Zumbi dos Palmares, onde o ato foi finalizado. Um grupo menor, no entanto, resolveu seguir até a Avenida Ipiranga, onde foram registrados alguns confrontos com a Brigada Militar (BM). Os policiais utilizaram bombas de gás para dispersar os manifestantes.


A Brigada Militar não divulgou estimativa de quantas pessoas participaram do ato. As lideranças das centrais sindicais afirmaram que o público foi de 20 mil manifestantes.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Sessão do Congresso é cancelada por causa de invasão e não tem nova data


Em função da invasão, na tarde de hoje (16), do plenário da Câmara por dezenas de manifestantes, a sessão do Congresso Nacional marcada para as 17h foi cancelada. Ainda não há data definida para a próxima sessão do Congresso. Neste momento, ocorre sessão da Câmara dos Deputados.


A sessão de hoje do Congresso se destinava a votação de sete vetos presidenciais a projetos de lei, dos últimos destaques pendentes de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017 e de 128 projetos de lei de créditos suplementares.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Manifestações mostram consolidação da democracia brasileira, diz especialista




As manifestações mostram a consolidação da democracia brasileira, independente do posicionamento daqueles que frequentam os atos, diz a cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCas) Maria do Socorro Sousa Braga, doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP). "Faz parte da dinâmica democrática ter uma maior expressão das diferentes demandas e diferentes pontos de vista. Não pode ter intolerância desse direito".

Para Maria do Socorro, as manifestações contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff que ocorreram hoje (31) em diversas cidades brasileiras é "uma demonstração de força de vontade de continuidade do governo e também uma demonstração de que não se concorda com essa forma absurda de querer tirar um governante que foi eleito pelas urnas democraticamente e que não possui prova nenhuma, seja de corrupção, seja de outros aspectos, para tirar a presidenta", diz.

O dia escolhido também é importante, de acordo com a cientista política. No dia 31 de março de 1964, os militares tomavam o poder no Brasil por meio de um golpe de Estado. Embora o contexto seja diferente, para a cientista política, é uma forma de expressar simbolicamente que as pessoas não concordam com a "reprise de um golpe às instituições democráticas".

Estratégicas
As manifestações contra o impeachment têm ganhado força, principalmente pelo momento crítico vivido na política, na avaliação da cientista política. Diante da condução do processo do impedimento pela Câmara dos Deputados e das recentes perdas de apoio de legendas, ela diz que as manifestações são estratégicas. "Quanto mais gente nas ruas, mais fortalece a própria pessoa da presidenta, isso é bastante simbólico para ela. E estimula também quem está no governo a permanecer no governo".

Seja qual for o rumo tomado na política brasileira, a cientista política acredita que não será possível voltar atrás na transparência quanto às investigações da Operação Lava Jato ou outra que surja. O acesso à internet confere ferramentas à população que estará mais intolerante quanto à corrupção e outros desvios.

Influência em eleições
Segundo o cientista político e professor da Universidade de Brasília, David Fleischer, o cenário político é preponderante para as manifestações de rua e disse que as manifestaçações de hoje tiveram um número de cidades e de participantes menor do que a do dia 13, que foi a favor do impeachment. Fleischer, que é pós-doutor pela State University of New York, diz que tudo indica que os deputados estão dando muita atenção para as manifestações de rua.

“Os que estão a favor do impeachment analisam as chances de reeleição. O que todo político avalia, é se o seu posicionamento vai afetar a sua eleição em 2018. Nós temos prefeitos do PT que mudaram de partido para participar das eleições. O que o deputado mais valoriza é sua chance de reeleição – favoravelmente ou negativamente”.


Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook