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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Sitio de Atibaia: FHC será ouvido como testemunha de defesa de Lula



Ex-presidente prestará depoimento sobre sítio de Atibaia

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vai prestar depoimento como testemunha de defesa de Lula, no próximo dia 28, dentro das investigações sobre o sítio de Atibaia. Ele será ouvido por meio de videoconferência, a partir de São Paulo.

As audiências referentes ao inquérito foram retomadas na semana passada. Entre as pessoas ouvidas pelo juiz Sérgio Moro estão o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-ministro do governo petista Gilberto Carvalho.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu no processo, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o petista de estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de partidos, políticos e funcionários públicos.

A força-tarefa da Lava Jato sustenta ainda que Lula, quando era presidente, nomeou diretores da Petrobras para praticar crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS. Em troca, recebeu propina das construtoras de forma disfarçada por meio de obras feitas no sítio. O ex-presidente nega as acusações.

Segundo o portal G1, foram arroladas mais de 130 pessoas pelas defesas dos réus. A ex-presidente Dilma Rousseff também prestará depoimento, no dia 25 de junho, também por videoconferência, a partir de Porto Alegre.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

FH vê Temer sem apoio e busca negociação com o PT


Ex-presidente acionou Nelson Jobim para articular saída ‘controlada’ para o país

RIO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avaliou, a dois interlocutores, que Michel Temer não conseguirá se manter no Palácio do Planalto até o fim do mandato. Diante desse cenário, defendeu que tem de ser realizada uma sucessão controlada, em que haja um grande acordo entre todas as forças políticas para chegar a 2018. O tucano não ficou apenas nas palavras e, no sábado, ligou para o ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim para lançar dar início a essa articulação.

Fernando Henrique procurou Jobim, que comandou a Justiça no seu governo e a Defesa nos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, para fazer a ponte com o PT. A tese do ex-presidente é que em 2018 todos poderão se enfrentar na eleição, mas que agora o momento é de união.

Por outro lado, Fernando Henrique afirmou a pessoas próximas que o PSDB não pode “trair” Temer. O ex-presidente ligou para o peemedebista no sábado e, segundo integrantes do Palácio do Planalto, o aconselhou a “resistir” e a “ficar firme”, em meio à crise que se avoluma. Na quinta, o tucano havia publicado um texto em suas redes sociais argumentando que, caso as alegações da defesa dos implicados na delação da JBS não fossem convincentes, eles “terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia”.

O principal temor do ex-presidente é uma saída aventureira ou casuística que aprofunde a crise no país. Por isso, a ideia é começar a negociar desde já para, caso se confirme o prognóstico e Temer caia, a sucessão seja realizada de maneira “controlada”. Em consonância com essa estratégia, uma reunião da cúpula do PSDB com o comando do DEM, marcada para ontem à tarde em Brasília para discutir a crise política, foi cancelada. Segundo integrantes dos dois partidos, a informação de que o encontro determinaria se as legendas continuariam ou não a apoiar o governo levou ao recuo.

— A reunião foi cancelada porque vazou para a imprensa que esta seria uma reunião de decisão sobre a permanência do partido no governo ou não. Como a reunião não tinha esse propósito, foi melhor foi cancelá-la, pois não seria possível fazer qualquer tipo de anúncio de decisão, já que não era essa a finalidade — afirmou o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC).

Entre os tucanos, é crescente a percepção de que o destino do governo está selado. Diante das graves acusações no inquérito que tramita no STF, a avaliação de parlamentares ouvidos pelo GLOBO é a de que Temer não tem mais condição de conduzir a agenda de reformas e manter um governo estável.

A saída, nesse caso, seria uma eleição indireta, feita pelo Congresso, único caminho em que se teria a possibilidade de eleger alguém que tenha um bom trânsito em várias alas da sociedade e dos partidos. Jobim é visto como a pessoa para fazer a ponte desse acordo, mas não como o nome para conduzir o país — já que enveredou pela iniciativa privada e assumiu um cargo no alto escalão do BTG, banco de investimentos que foi alvo da Lava-Jato. Segundo um amigo de Fernando Henrique, essa relação deixa Jobim em uma posição de “fragilidade”; e tampouco há indicativos de que ele decidiria abrir mão agora dos milhões de reais que recebe por ano em troca de um posto político altamente complicado no momento.

PREOCUPAÇÃO COM O FUTURO DO PSDB
Embora estejam preocupados com uma saída para o país, os tucanos também têm se ocupado bastante do destino do próprio partido, que ficou em suspenso após a delação da JBS, que afastou o senador Aécio Neves (MG) do comando da legenda e do Senado. A avaliação dos tucanos é que ele está “liquidado” e que o fato do mineiro estar diretamente envolvido nas acusações de corrupção e tentativa de obstrução da Justiça afeta fortemente o partido.

O clima é de apreensão sobre o futuro do PSDB. Além de Aécio, que presidia a legenda e era seu principal expoente, o senador e ex-ministro José Serra (PSDB-SP), governadores como Beto Richa (Paraná) e Reinaldo Azambuja (MS), além do ministro das Cidades, Bruno Araújo, também foram envolvidos na mais recente delação.

A avaliação é de que poucos foram os tucanos com influência que restaram para orientar o partido na travessia para águas menos tormentosas e evitar uma desidratação fatal para o PSDB. As principais articulações durante esta crise têm sido feitas pelo presidente interino, senador Tasso Jereissati (CE), e pelos colegas de Senado Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES).


O perfil de Tasso é visto como adequado para este momento por se tratar de um político experiente, que não alimenta grandes perspectivas eleitorais e que não tem preocupações financeiras. (Colaboraram Catarina Alencastro e Júnia Gama)

quinta-feira, 18 de maio de 2017

FHC diz que políticos citados devem se explicar e pede respeito à Constituição


O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse hoje (18), por meio das redes sociais, que os políticos citados na delação dos executivos do frigorífico JBS precisam dar explicações à população sobre as denúncias a eles, e, se a resposta não for convincente, eles devem “facilitar a solução”. Em postagem no Facebook, Fernando Henrique sugeriu que essa facilitação da solução poderia vir com a renúncia.

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“Os atingidos por elas [denúncias]  têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões. Se as alegações da defesa não forem convincentes, e não basta argumentar, são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações”, disse o ex-presidente.

Em seu perfil, o ex-presidente pediu também que seja dada publicidade às gravações. “A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição. É preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção. É preciso dar publicidade às gravações e ao fundamento das acusações.”

Entenda o caso
Na tarde de hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu abrir inquérito para investigar o presidente Michel Temer. A medida foi tomada a partir das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi.

O conteúdo dos depoimentos envolvendo Temer foi antecipado ontem (17) pelo jornal O Globo. Segundo a reportagem, em encontro gravado em áudio pelo empresário Joesley Batista, Temer sugeriu que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba. A delação dos empresários também implica o senador afastado Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, mesmo partido de FHC.

Segundo o jornal, as gravações em posse da Justiça revelam que o parlamentar pediu propina de R$ 2 milhões a Joesley Batista. Aécio teria indicado um primo, Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Hoje, Fachin determinou o afastamento de Aécio do Senado e o primo e a irmã de Aécio, Andrea Neves, foram presos preventivamente.

A Presidência da República divulgou nota na noite de ontem (17) na qual diz que o presidente Michel Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha", que está preso em Curitiba, na Operação Lava Jato. Hoje, o Palácio do Planalto pediu ao STF acesso à íntegra das gravações.

Já a assessoria de Aécio Neves informou ontem, pelas redes sociais, que ele está “absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”. “No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários”, diz a nota, divulgada ontem.


A defesa do senador confirmou hoje (18) o pedido de empréstimo de R$ 2 milhões para custear gastos com advogados nas investigações da Operação Lava Jato, mas disse que foi um pedido a "um amigo que pode ajudar", sem relação com o cargo que ocupa.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Temer nega acordão com ex-presidentes, em entrevista a emissora de rádio


O presidente Michel Temer negou hoje (17), em entrevista concedida à rádio Jovem Pan, que esteja participando de um acordão com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso para amenizar os efeitos da Lava Jato no cenário político brasileiro. Ele também classificou como "útil" a proposta de uma nova constituinte exclusiva para as reformas política e tributária no país.

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“Não participo, não promovo e jamais fui questionado ou perguntado a respeito disso [acordão]”, disse ele. “Até o ex-presidente FHC diz que não tem conversa nenhuma nessa direção. E não tem mesmo. O que ocorreu foi que, quando fiz uma visita ao ex-presidente Lula, tendo em vista o que ocorreu [o falecimento da ex-primeira dama, Mariza Letícia] ele disse, citando FHC, que precisamos conversar sobre a reforma política. Nesse caso [restrito à reforma política] isso até pode ser visto. Mas apenas sobre esse tópico. Não sobre o que está acontecendo hoje no país”.

Temer comentou também um manifesto publicado no jornal O Estado de S.Paulo, no qual juristas pediram a abertura de uma nova constituinte, sob a justificativa de que “a república acabou”, após tantas denúncias contra políticos e instituições. “Tenho respeito jurídico a quem participou desse manifesto, mas confesso que tenho certo temor [em relação a uma nova constituinte]. A Constituição de 1988 foi de uma largueza extraordinária porque trouxe para dentro de si direitos liberais e sociais”, disse o presidente.

Se propusermos uma constituinte para fazer uma reforma política e, quem sabe, tributária, eu até diria que seria útil. Mas, com todo o respeito a quem assinou esse manifesto, uma nova constituinte se faz quando há ruptura com o estado anterior, colocando outro estado no lugar”, disse o presidente, ao admitir a necessidade de uma reformulação político-institucional no país.

Para o presidente, uma nova constituinte poderia causar “tumulto”, uma vez que as instituições “estão funcionando plenamente” no Brasil. “Confesso que precisaria examinar um pouco mais esse assunto. Parece-me que as coisas estão funcionando”.

Durante a entrevista, Temer classificou como eventos “estarrecedores, desagradáveis e preocupantes” as denúncias feitas a partir das delações premiadas de executivos da Odebrecht, uma vez que, pelo menos no que se refere a ele, trata-se de mentiras ou inverdades. “É desagradável porque se trata de mentira. Tenho procurado dizer que é desagradável e constrangedor porque se trata de inverdade. Os fatos narrados revelam inclusive uma linguagem que não uso. São eventos estarrecedores, desagradáveis e preocupantes porque transmitem imagem muito negativa do Brasil no exterior. Sob esse ângulo não há dúvida de que é péssimo. Mas eu pergunto: o que fazer? Paralisar as atividades ou seguir em frente? Eu respondo: seguir em frente”, disse Temer.

Sobre afirmações feitas por ele, no sentido de afastar temporariamente ministros denunciados e em definitivo os que se tornarem réus, Temer evitou citar o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Segundo o presidente é “muito provável” que alguns ministros de seu governo fiquem desconfortáveis e saiam do cargo. “Mas não vou colocar para fora, demitir ou exonerar simplesmente porque alguém falou de outro. Quando houver provas robustas, e a prova robusta mais evidente se dá pela hipótese da denúncia, aí eu começo a tomar providência”, disse ele.

Eu tenho o vício de cumprir a ordem jurídica. Quando verifico que alguém fala de outrem, o primeiro gesto é fazer um inquérito de natureza administrativa para indagar o que foi falado. Depois do inquérito administrativo, o Ministério Público [MP] pede o inquérito judicial, que é o que está sendo pedido neste momento. Depois é que virá, eventualmente, a denúncia. A simples denúncia, no entanto, não significa ainda a culpabilidade completa. Mas já defini: se houver denúncia é porque há fortíssimos elementos reveladores de que aquela delação é correta ou tem fundamento de muita verdade. Então, afastamento temporário. Se logo depois [algum ministro] se transformar em réu, ele será afastado”, completou.

De acordo com a agenda presidencial, Temer receberá hoje às 17h, no Palácio do Planalto, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União Ubiratan Aguiar. Às 18h30, o presidente se reunirá com deputadas da base aliada para tratar de assuntos relativos à reforma da Previdência.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Emílio Odebrecht fala em "caixa oficial e caixa 2" para FHC; ex-presidente nega


O ex-presidente executivo e atual presidente do Conselho de Administração da empreiteira Odebrecht, Emílio Odebrecht, disse, em depoimento ao Ministério Público Federal, ter feito repasses por meio de caixa 2 para as campanhas eleitorais de Fernando Henrique Cardoso em 1993 e em 1997.

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Eu não tenho dúvida de que houve alguma coisa, que teve de caixa 2 e de caixa oficial. Se ele soube ou não, eu acho até que não deve ter sabido. Eu também não sabia esses detalhes”, disse Emílio Odebrecht, em depoimento.

Ao lado do depoimento de mais 76 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem, o depoimento de Emílio Odebrecht serviu de base para a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizar a abertura de investigação contra oito ministros do governo federal, três governadores, 24 senadores e 39 deputados federais.

Antes de os vídeos das delações serem divulgados oficialmente pela Justiça, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já havia negado irregularidades. Em vídeo, divulgado nas redes sociais, FHC defendeu a ampla investigação dos fatos. “Não tenho nada a esconder, nada a temer. Eu vou ver com calma do que se trata. Por enquanto não há nada específico. É tudo muito vago”, disse o ex-presidente.

Dilma e Lula

Em depoimento aos procuradores, o empresário Marcelo Odebrecht, filho de Emílio e ex-presidente do grupo, afirmou também que os ex-presidentes Dilma Roussef e Luiz Inácio Lula da Silva sabiam de doações não contabilizadas da empreiteira para a campanha deles à Presidência da República.

O empresário disse que se encontrou com a ex-presidente Dilma em 2015 no México, e afirmou que fez um alerta sobre a possível contaminação que o caixa 2 poderia causar à campanha dela por causa das investigações da Lava Jato.

"No que tange à questão de caixa 2, tanto Lula quanto Dilma, eles tinham conhecimento de um montante, não necessariamente do valor preciso, mas tinham conhecimento da dimensão de todo o nosso apoio ao longo dos anos. A Dilma, ela sabia, que grande parte do nosso apoio tava direcionado para João Santana [responsável pelo marketing da campanha]. E especificamente em 2015, no encontro que tive, já com a Operação Lava Jato deflagrada, tive consciência de todos os depósitos que tinham sido feitos, eu mostrei a ela a quantidade que poderia contaminar a campanha dela", disse em um dos depoimentos da delação premiada.

Dilma e Lula negam as acusações e dizem que as afirmações de Marcelo são falsas.

Primeira instância

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou o envio das citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff para a primeira instância da Justiça. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo fato de os acusados não terem mais foro privilegiado no STF.

Com a decisão do STF, FHC deverá responder às acusações na Justiça Federal em São Paulo.

As acusações contra o ex-presidente Lula foram enviadas para a Justiça Federal no Paraná. Nos depoimentos, os colaboradores ligados à Odebrecht também citaram supostas tratativas com Lula para viabilizar politicamente a edição de uma medida provisória para evitar a intervenção do Ministério Público nos acordos de leniência assinados com empresas na Lava Jato.

Um pedido de influência de Lula para que a Odebrecht conseguisse fechar negócios com o governo angolano e reformas em um sítio em Atibaia (SP), além do pagamento de palestras em troca de favorecimento da empresa também constam nos depoimentos.

No caso da ex-presidenta Dilma, foram citados supostos pagamentos de caixa dois para a campanha eleitoral. As acusações foram enviadas para a Justiça Federal em São Paulo.


* Com informações da TV Brasil

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Citações da Odebrecht contra FHC, Lula e Dilma vão para primeira instância


Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que as citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sejam enviadas para a primeira instância da Justiça. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo fato de os acusados não terem mais foro privilegiado no STF.

De acordo com delação premiada de Emílio Odebrecht, um dos proprietários da empreiteira, a empresa teria feito o pagamento de “vantagens indevidas e não contabilizadas” para as campanhas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1993 e 1997. Com a decisão do STF, FHC deverá responder às acusações na Justiça Federal em São Paulo.

As acusações contra o ex-presidente Lula foram enviadas para a Justiça Federal no Paraná. Nos depoimentos, os colaboradores ligados à Odebrecht citaram supostas tratativas com Lula para viabilizar politicamente a edição de uma medida provisória para evitar a intervenção do Ministério Público nos acordos de leniência assinados com empresas na Lava Jato. 

Um pedido de influência de Lula para que a Odebrecht conseguisse fechar negócios com o governo angolano e reformas em um sítio em Atibaia (SP), além do pagamento de palestras em troca de favorecimento da empresa também constam nos depoimentos.

No caso da ex-presidenta Dilma, foram citados supostos pagamentos de caixa dois para a campanha eleitoral. As acusações foram enviadas para a Justiça Federal em São Paulo.

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que só vai se manifestar após ter acesso à decisão do ministro. Por meio de sua assessoria, Lula disse que as acusações dos delatores são falsas e que sempre agiu dentro da lei. Os advogados da campanha de Dilma sustentam que todas as doações foram registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Cerveró cita Dilma, FHC e seu filho em depoimento à Lava Jato liberado pelo STF

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo dos depoimentos de acordos de delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Nos depoimentos, Cerveró citou a presidente afastada Dilma Rousseff, um filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de outros políticos que já são investigados na Operação Lava Jato.

Em troca das informações prestadas, Cerveró poderá deixar a prisão no dia 24 de junho, mas deverá devolver aos cofres públicos cerca de R$ 17 milhões, como forma de ressarcimento pelos desvios. Cerveró citou em um de seus depoimentos de delação premiada supostas irregularidades ocorridas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo.

Cerveró  é um dos delatores da Operação Lava Jato e disse que fechou a contratação de uma empresa ligada ao filho do ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, por orientação do então presidente da estatal Phillipe Reichstul.

Ele disse aos aos investigadores que, em 1999 ou 2000, passou a tratar com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, sobre a contratação da empresa espanhola Union Fenosa em um projeto da TermoRio, usina termelétrica operada pela estatal. Segundo o delator, todos esperavam que o negócio seria fechado, mas a empresa do filho de FHC foi contratada.

“Fernando Antônio Falcão Soares e os dirigentes Union Fenosa", acreditavam que o negócio estava acertado, faltando apenas a assinatura para a finalização; Que, no entanto, o negócio já estava fechado com uma empresa vinculada ao filho do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, de nome Paulo Henrique Cardoso; Que essa empresa era a PRS Participações; Que o negócio havia sido fechado pelo próprio declarante, por. orientação do então presidente da Petrobras Phillippe Reichstul”, diz trecho do depoimento de Cerveró.

Em nota, o Instituto FHC informou que não conseguiu contato com o ex-presidente, que está em viagem ao exterior.

Dilma

Em um de seus depoimentos, Cerveró também afirmou que integrantes do Conselho de Administração da Petrobras que ocupavam o cargo durante a compra da refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, tinham conhecimento das cláusulas do contrato de compra, entre eles a então presidente do colegiado, Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia e presidente do conselho por ocasião da aquisição da refinaria.

“Não havia dúvida nenhuma quanto à aquisição da Refinaria de Pasadena. Os membros do Conselho de Administração tinham consciência das cláusulas put option e malin; Não corresponde à realidade a afirmativa de Dilma Rousseff de que somente aprovou a aquisição porque não sabia dessas cláusulas”, disse o delator.

No mês passado, o ministro Teori Zavascki decidiu arquivar outras citações contra a presidenta Dilma Rousseff sobre a refinaria de Pasadena, feitas pelo senador cassado Delcídio do Amaral.

O ministro atendeu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. De acordo com o procurador, não é possível investigar durante o mandato de Dilma fatos que não estão relacionados com o exercício da função.

Em um dos depoimentos de delação, Delcídio declarou que a presidenta Dilma tinha “pleno conhecimento” do processo de compra da Refinaria da Pasadena, nos Estados Unidos, que gerou prejuízos para a estatal.

Dilma sempre sustentou que os esclarecimentos sobre a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras, em 2014, já foram devidamente prestados, embasados em documentação do Conselho de Administração da Petrobras. Dilma ocupou cargo de presidente do Conselho de administração da estatal na época da compra da refinaria.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Teori envia a Sérgio Moro citações de Delcídio sobre propina no governo de FHC

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu na semana passada ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, parte da delação do senador Delcídio do Amaral (MS) sobre suposto pagamento de propina na Petrobras durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em um dos termos de delação, Delcídio informou que, entre 1999 e 2001, quando ele ocupou cargo de diretor de Gás e Energia da estatal, houve pagamento de cerca de U$S 10 milhões para compra de uma máquina para uma Refinaria Landulfo Alves, na Bahia. Segundo ele, o valor foi separado para “pagamentos de propina, possivelmente para políticos ligados ao PFL do estado da Bahia”.

O ministro atendeu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para retirar do STF a investigação dos fatos, por não envolver pessoas com foro privilegiado. Para Janot, é preciso “averiguar até que ponto as declarações do colaborador encontram eco” nos fatos apurados até o momento na Lava Jato.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Aécio apresenta a FHC programa para eventual governo Temer




Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

O senador Aécio Neves (PSDB) está reunido com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso na residência do ex-presidente, em Higienópolis, na zona oeste de São Paulo. Aécio chegou ao local por volta das 15h. Ainda hoje (28), por volta das 17h, ele ainda deve se encontrar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Na chegada, Aécio disse que veio conversar com Fernando Henrique sobre o documento que o PSDB pretende encaminhar ao vice-presidente Michel Temer (PMDB).

“Vou apresentar ao presidente Fernando Henrique as linhas básicas do programa do conjunto básico de sugestões que estamos apresentando ao país e ao eventual futuro presidente Michel Temer. É importante que ele nos ajude a consolidar esse programa, da mesma forma que o governador Geraldo Alckmin”, disse ele.

De acordo com o senador, o documento deverá ser entregue pelo partido ao vice-presidente Michel Temer na terça-feira (3).

Segundo Aécio, seu partido “fará o que for necessário para ajudar a tirar o Brasil da crise e não para viabilizar um eventual projeto de poder que tenha”.

“Reitero que o PSDB tem responsabilidade para com o país. O PSDB não é o beneficiário do impeachment, mas assumirá sua responsabilidade apoiando uma agenda emergencial que permita ao Brasil resgatar a confiança tão necessária e fundamental para retomada dos investimentos e a geração de empregos”, acrescentou o senador.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Jornalista Mirian Dutra ex de FHC chega à PF em São Paulo para depoimento

A jornalista Mirian Dutra, que teve um relacionamento com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC), chegou no início da tarde de ontem (7) à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, em São Paulo. Mirian chegou acompanhada do advogado José Diogo Bastos, mas eles não falaram com a imprensa.


Ela deve prestar depoimento nesta quinta-feira sobre as declarações que fez a revistas brasileiras em que ela acusa o ex-presidente de ter enviado dinheiro para o exterior, usando uma empresa chamada Brasif, para pagamento de despesas do filho que ela diz ter tido com FHC. O inquérito para descobrir sobre o suposto uso da empresa por FHC para enviar dinheiro para Mirian Dutra foi aberto em fevereiro deste ano pela Polícia Federal.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Cardozo: PF vai investigar FHC se houver indício de delito


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não descarta a investigação, pela Polícia Federal (PF),  do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). O sociólogo é suspeito de usar ilegalmente uma empresa no exterior para pagar pensão a uma jornalista, com quem teve um longo relacionamento extraconjugal. Ela vivia fora do país.

Hoje, durante vistoria de segurança de evento-teste da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, o ministro disse que, antes de decidir abrir ou não um inquérito, os órgãos do governo vão analisar se há indício de delito contra FHC.  José Eduardo Cardozo explicou que o procedimento é padrão e antecede qualquer investigação da PF.

"Isso passará por um estudo técnico e jurídico, todos aspectos que envolvem uma situação de ocorrerem eventuais delitos. Obviamente, havendo indícios de delitos puníveis, de competência federal, seguramente a Polícia Federal fará investigação por meio de inquérito policial", disse o ministro.

"Isso não vale apenas para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas vale para todos brasileiros. Se houver indício de prática criminosa, dentro de situações que são eventualmente puníveis, tudo será absolutamente investigado", completou o ministro da Justiça.

Ao esclarecer sobre os procedimentos da PF, o ministro aproveitou para rebater acusações de intervenção na instituição. "Volta e meia sou acusado pelos adversários de não controlar a Polícia Federal ou de instrumentalizá-la. Então, seguramente, quero dizer a vocês, pouco importa para mim se pessoas vinculadas à base governista, aos partidos que mantêm boa relação com o governo ou oposicionistas, é o mesmo procedimento. Sem a busca de factóides, sem a busca de exposição da imagem", acrescentou.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a jornalista Mirian Dutra, que teve uma relação com FHC nos anos 1980 e 1990, disse que a empresa Brasif S.A Exportação e Importação repassava a ela e a seu filho recursos no exterior por ordem do ex-presidente. Ela afirmou que as  transferências foram feitas por meio de um contrato fictício de trabalho. Em entrevistas à imprensa, o ex-presidente nega que tenha usado a empresa para fazer repasses destinados a Mirian.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Políticos e partidos repercutem delação de Cerveró


A divulgação recente de trechos do depoimento, em delação premiada, do ex-diretor da Petrobras e da BR Distribuidora Nestor Cerveró, no qual cita pagamentos de propina e distribuição de cargos das estatais a partidos e políticos, provocou a divulgação de diversas notas públicas.

Reportagens sobre a delação do ex-diretor da Pebrobras e da BR Distribuidora informaram que ele relatou que a compra de uma empresa argentina pela petroleira brasileira envolveu o pagamento de propina de R$ 100 milhões ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nesse caso, o delator não disse ter participado das negociações, mas ouvido falar sobre as mesmas, de um diretor da companhia vendida à Petrobras.

Em sua página no Facebook, Fernando Henrique Cardoso classificou a declaração de “vaga” e disse que esse tipo de depoimento tem o intuito de confundir as investigações. “Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”, disse, em sua página pessoal.

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou que tenha participado das reuniões mencionadas por Cerveró e disse que já prestou as “informações requeridas”, mas que está à disposição para “quaisquer novos esclarecimentos”.

O depoimento de Cerveró é o primeiro que cita que Renan participou, pessoalmente, de reuniões para tratar do repasse de propinas da Petrobras.

Segundo o delator, foram duas reuniões, uma em 2009, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e outra em 2012, no gabinete do senador. Nesta última, segundo o delator, Renan reclamou da suspensão do repasse de propinas e foi comunicado, por Cerveró, de que não estava mais arrecadando dinheiro, depois de ter saído da diretoria da Petrobras e passado para a diretoria da BR Distribuidora. Neste momento, segundo divulgado pela imprensa, Renan teria anunciado que não ofereceria mais apoio político a ele. O presidente do Senado nega tudo.

O depoimento de Cerveró também cita o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o delator, Lula era-lhe grato por ter ajudado a quitar um empréstimo do PT de R$ 12 milhões e, por isso, o colocou no cargo de diretor financeiro da BR Distribuidora, em 2008. Cerveró teria intermediado para que o Grupo Shahin fechasse um contrato de R$ 1,6 bilhão com a Petrobras, na época em que era diretor da estatal. O empréstimo do PT havia sido contratado pelo pecuarista José Carlos Bumlai com o Banco Shahin.

Por nota, o Instituto Lula disse que o ex-presidente já prestou todos os esclarecimentos à Polícia Federal referentes a esse assunto. Ouvido na condição de informante – “já que não é investigado e sequer foi arrolado como testemunha na chamada Operação Lava Jato” – Lula afirmou que Cerveró foi nomeado diretor da Petrobrás e da BR Distribuidora por indicação de partido da base aliada, segundo a nota. O instituto negou, ainda, que Lula tenha tido qualquer relação pessoal com Cerveró, bem como qualquer sentimento de gratidão por ele.

Outro citado, que rechaçou as informações vazadas à imprensa, do depoimento de Nestor Cerveró, foi o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). O delator relatou ter participado de reunião na Casa da Dinda, residência do senador, em Brasília, em 2013, quando era diretor da BR Distribuidora. Na ocasião, ele disse que Collor declarou ter tido reunião com a presidenta Dilma Rousseff na qual ela havia repassado ao senador o controle sobre as indicações para a presidência e diretorias da subsidiária da Petrobras.

Por nota, a assessoria de Fernando Collor disse que ele só esteve nas dependências da BR Distribuidora uma vez, para tratar de assunto de interesse do estado de Alagoas, que passava por situação de “calamidade pública de repercussão nacional”. “Registre-se que, na ocasião, o pleito de interesse do estado não foi atendido, o que dá a justa medida da nenhuma influência do senador sobre a diretoria da referida empresa”, afirmou, em nota.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, Cerveró fez ainda menção a cargos distribuídos para PMDB, PT e PTB. Os dois primeiros partidos não quiseram comentar, e o PTB informou que não faz indicações de cargos no governo e, ainda, que eventuais indicações feitas por parlamentares são de responsabilidade pessoal de quem o fizer.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

32 capas de jornal que vão te lembrar como foi o Brasil dos anos 90 e o governo FHC

Desemprego. Arrocho salarial. Apagão elétrico. Escândalos. Mendigagem ao FMI e, claro… privatizações. Relembre.

Por Paulo Henrique Amorim, em Conversa Fiada

Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil por 8 anos. Entre 1995 e 2002, colecionou fracassos e terminou o seu segundo mandato com 26% de aprovação.

(Lula, apenas como comparação, saiu do Governo aprovado por 87% dos brasileiros.)

Príncipe da Privataria
não empolgou nem seus correligionários. Tanto que Padim Pade ​​Cerra e Geraldo Alckmin não defenderam o legado de FHC em suas disputas eleitorais. Ambos o esconderam e não dividiram o palanque com o grão-tucano.

Afinal, como se sabe, o FHC vendeu as joias da família e aumentou a dívida da família. Um “jênio”!


Mas o tempo passa e, 12 anos depois de seu mandato, inúmeros feitos de FHC foram esquecidos. O Conversa Afiada, sempre preocupado em ajudar, relembra momentos marcantes do tucano. As manchetes da época são suficientes para matar a saudade de FHC.


Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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