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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Social Democracia




Dag Vulpi 28/05/20

Surgida no fim do século XIX a partir de uma partição do socialismo, a social democracia constitui um modelo de organização política e econômica que concorda, em parte, com as ideologias de esquerda, pois enxerga falhas e deficiências no modo de produção capitalista, mas que, por outro lado, não defende sua eliminação, mas sim, que sejam feitas compensações nas suas deficiências.

“Quando surgiu, dentro do movimento operário de caráter marxista, a social democracia apontava para a importância de conquista da democracia através da universalização do voto e da possibilidade de participação política por meio de assembleias populares. Nesse período, os sociais democratas também defendiam a necessidade de ampliação da democracia para além da esfera política, apontando para a emancipação da classe trabalhadora e a ruptura com o sistema de classes sociais (o que significaria também a realização da democracia na esfera econômica). Aos poucos, esses partidos ganharam mais adeptos, conquistando espaço nos parlamentos europeus, sobretudo na Alemanha. O crescimento e a massificação desses partidos trouxe algumas consequências; como a necessidade de compor alianças com outros setores (não só a classe operária) e o distanciamento entre a base dos partidos e os seus dirigentes, estes último tornando-se cada vez mais alinhados aos interesses da burguesia.”

Através da história os grupos e indivíduos que se identificam com a Social Democracia alteraram suas elaborações teóricas. Objetivando, através da ação de uma política justa e consciente, promover valores, como o de tornar o capitalismo mais justo e humanizado.
Até meados da década de 1910 os partidos sociais democratas ainda se reconheciam – e eram reconhecidos – como partidos revolucionários. No entanto, o início da I Guerra Mundial – quando os sociais democratas apoiaram os dirigentes de seus respectivos países – e o sucesso da revolução bolchevique na Rússia, mudam o cenário, provocando uma divisão dentro do socialismo. De um lado, os comunistas, influenciados por Lenin e pela Revolução Russa, continuaram a defender a necessidade de uma revolução que rompesse de forma radical com o modo de produção capitalista. De outro lado, os sociais democratas argumentaram que, através da via partidária, seria possível promover uma série de reformas dentro do capitalismo, pequenas conquistas que poderiam se acumular até a vitória do socialismo em si. Para esses últimos, o comunismo representava uma forma autoritária do socialismo, enquanto a social democracia seria sua face democrática. Entretanto, com o tempo, o foco nas pequenas reformas e a constante preocupação de garantir a representatividade nos parlamentos, foram fazendo com que o horizonte socialista fosse se afastando das perspectivas social democratas. Ainda assim, deve-se notar que elas foram responsáveis por muitos ganhos para a classe trabalhadora europeia.

Ao final da II Guerra Mundial, a social democracia começa a ganhar outros sentidos, afastando-se definitivamente da perspectiva de ruptura com o capitalismo. O dilema entre reforma e revolução deixa de ser o centro do debate e os partidos social democratas passam a se diferenciar dos declaradamente liberais apenas pela sua defesa do Estado de bem-estar social. Nos dias de hoje, normalmente são partidos que se localizam no centro do espectro político e se diferenciam da direita pela importância que dão a necessidade de defesa do meio ambiente, dos setores mais vulneráveis da sociedade, dos direitos trabalhistas e da regulamentação do mercado. Alguns países com ampla tradição social democrata são a Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Bélgica.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Equívoco


Dag Vulpi 04/05/20

Ninguém está imune ao equívoco. E durante nossas vidas, certamente o cometeremos mais de uma vez.
"Proveniente do latim aequivocus, a palavra equívoco significa uma falácia que consiste numa afirmação com um significado diferente do que seria apropriado ao contexto, ou seja, a utilização da mesma palavra, mas com um sentido diferente, distorcendo o que seria na realidade dos fatos. Que pode ser entendido de diversas maneiras ou admitir diferentes explicações. ambígua."
Normalmente, porém nem sempre, os equívocos são cometidos por má interpretação, cuja situação permite entendimentos diversos.
Ao formar opinião a partir de suposições, o risco de cometer um equivoco é muito maior. Ao supor, despreza-se a regra elementar de sempre desconfiar quando determinada situação sugerir mais de uma maneira de ser compreendida.
"Dito" isso, não para justificar o equívoco do protagonista, mas sim para valorar o reconhecimento do erro. Trago abaixo uma ilustração para minhas considerações.
Confira:
Erick Vidigal, que apoiou eleição de
Bolsonaro em 2018, divulgou na sexta-feira (1) uma "carta aberta".
"Estou devendo desculpas aos meus alunos, às pessoas que sempre seguiram minhas orientações e para as quais eu dei essa infeliz orientação. Eu me arrependo, eu me iludi, como minha gente, como milhões de brasileiros. A gente estava na ânsia de ver as coisas mudarem e acabei me deixando levar por uma retórica populista, que é atraente. O discurso da moral e da ética não tinha como eu não apoiar, sendo membro da Comissão da Ética Pública. Isso me motivou. Depois eu percebi que foi uma apropriação indevida de um discurso que não é implementado na prática. É só um discurso, uma fachada."
O desabafo é do advogado Erick Vidigal, doutor e mestre em direito pela PUC de São Paulo, um dos seis conselheiros da CEP (Comissão de Ética Pública), que funciona no Palácio do Planalto vinculada ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral de 2018, Vidigal foi um dos subscritores de um "manifesto pela democracia, Brasil em debate. Juristas em apoio a Jair Bolsonaro".

Deixem ele curtir seu jetski sossegado


Dag Vulpi 10/05/20
Afinal, o "mito" já nos confortou com vários de seus belos discursos.
- "É só uma gripezinha!"
- "Um resfriadozinho!"
- "Brasileiro precisa ser estudado, não pega nada.Pode pular no esgoto que nada acontece!"
- "E daí?"
- Ele "é "messias" mas não faz milagre."
- Ele "não é coveiro."
- Ele "é a constituição."
"CALA A BOCA Oquei!!!!"
Não tem nada demais "ele" brincar de fake news como no caso do falso churrasco só para fazer um punhado de jornalistas de idiotas. Afinal, durante a campanha ele fez toda uma nação de idiota valendo-se desse mesmo expediente.
Os críticos do bolsonarismo não estão criticando o "mito" somente pelo fato de ele passear de jetski exatamente no dia em que o país que ele governa quebra o triste recorde de dez mil mortes em decorrência da Covid-19. Nem por ele brincar de Fake News. O problema está no descaso com o qual ele trata seu povo. Com a falta de sensibilidade com os familiares que perderam seus entes queridos para essa pandemia. As críticas estão no seu boicote diuturno ao isolamento social. Está na forma como comete os mesmos erros que prometeu combater quando em campanha eleitoral. Está na volta da maldita e velha política do toma-lá-dá-cá com os políticos mais rastaqueras desse país. Está na demissão de ministros que teriam sido escolhidos a dedo e por critérios exclusivamente técnicos. Como nos casos do Mandetta e do Moro. Mas, que acabaram sendo exonerados exatamente por estarem fazendo o que deles se esperava. Um cumprindo as determinações da Organização Mundial da Saúde e das demais instituições internacionais da área, já o outro, por cumprir os ditames das leis e em acordo com o que determina a Constituição do país.
É incompreensível essa forma incondicional com a qual 'alguns' bolsonaristas seguem o seu líder. Apoiaram o então juiz Sérgio Moro durante toda a lava jato e festejaram sua indicação para o ministério da justiça. Porém, bastou ele fazer uma crítica ao "mito", para que todos se voltassem contra ele.
A estória de que ele é "messias" mas não faz milagre é conversa pra boi dormir. Ele faz milagre sim. Ou conseguir transformar bandido em santo e santo em bandido não é milagre?

ARREPENDIMENTO



Dag Vulpi 05/05/20

É mais que compreensível, diria até esperado, que a pessoa se arrependa por cometer um erro.

Se por um lado o equívoco é um erro, por outro, o arrependimento é uma virtude que nos leva a mudar de opinião ou de comportamento em relação ao erro acontecido.

As consequências decorrentes dos equívocos cometidos são as balizadoras do nível de arrependimento. Quanto mais danosas as consequências, maior será o nível de arrependimento.

Tomemos por exemplo alguns equívocos trágicos, ocorridos ao longo da história e que "cobraram", um aínda cobra, um preço muito alto da humanidade.

"Apesar de suas enormes diferenças, Hitler, Mussolini e Chávez percorreram caminhos que compartilham semelhanças espantosas para chegar ao poder. Não apenas todos eles eram outsiders com talento para capturar a atenção pública, mas cada um deles ascendeu ao poder porque políticos do establishment negligenciaram os sinais de alerta e, ou bem lhes entregaram o poder (Hitler e Mussolini), ou então lhes abriram a porta (Chávez)."

["Como as democracias morrem" de Steven Levitsky]

"Dito" isso, com o intuito de alertar meus leitores da gravidade de um equívoco e a proporção que nosso ARREPENDIMENTO poderá atingir, trago abaixo uma ilustração para minhas considerações.

Confira:

"Surgira uma séria disputa entre o cavalo e o javali que viviam num mesmo pasto. E, como o javali a todo momento destruía a relva e turvava a água, o cavalo tomou a decisão de vingar-se. Então, o cavalo foi a um caçador e pediu ajuda para se vingar. O caçador concordou, mas disse: “Se deseja derrotar o javali, você deve permitir que eu ponha esta peça de ferro entre as suas mandíbulas, para que possa guiá-lo com estas rédeas, e que coloque esta sela nas suas costas, para que possa me manter firme enquanto seguimos o inimigo. ” O cavalo aceitou as condições e o caçador logo o selou e bridou. Assim, com a ajuda do caçador, o cavalo logo venceu o javali, e então disse:“ Agora, desça e retire essas coisas da minha boca e das minhas costas.” “Não tão rápido, amigo”, disse o caçador. “Eu o tenho sob minhas rédeas e esporas, e por enquanto prefiro mantê-lo assim.”

[“O javali, o cavalo e o caçador”, Fábulas de Esopo]

Moral: Assim, muitas pessoas, movidas por uma cólera irracional, caem elas mesmas submissas a outrem, por desejarem vingar-se dos inimigos.

Passadores de pano.


Dag Vulpi - 12/05/20
Ao mesmo tempo em que passam pano para os erros do "mito", essas mesmas pessoas execram outros políticos por terem cometido crimes assemelhados ou idênticos.
Oras bolas. Porquê o político dessas pessoas pode, porém, quando o erro é cometido por outro elas ficam tão indignadas?
Precisamos ser coerentes com o que defendemos. Justos nas nossas avaliações e honestos com nossos princípios.
Nunca tive problemas com isso, muito ao contrário, sempre foi muito fácil criticar os erros cometidos nos governos Collor, FHC, Lula, Dilma, Temer e agora continua sendo fácil criticar o do Bolsonaro. E sabem porquê pra mim foi fácil? Muito simples. Eu não tenho político corrupto de estimação!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A evolução de uma espécie e a involução de um povo



Dag Vulpi editado em 17/12/2018

“Saber que a “humanidade” está a involucionar, é compatível com o fato de que também estamos a evoluir, mesmo a consciência da involução faz parte da evolução da consciência”  - (Alberto José Varela)

A Evolução

A evolução humana se deu a partir do Homo sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia física, primatologia, a arqueologia, linguística e genética.

O termo "humano" no contexto da evolução humana refere-se ao gênero Homo, mas os estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os australopitecos. O gênero Homo se afastou dos Australopitecos entre 2,3 e 2,4 milhões de anos na África.

Os cientistas estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés - o único outro hominídeo vivo - entre 5 e 7 milhões anos atrás.

A Involução

A Rede Globo é uma rede de televisão brasileira, aberta e comercial com sede na cidade do Rio de Janeiro. É assistida por mais de 200 milhões de pessoas diariamente. A emissora é a segunda maior rede de televisão comercial do mundo, atrás apenas da norte-americana American Broadcasting Company (ABC) e uma das maiores produtoras de telenovelas. A emissora alcança 98,56% do território brasileiro, cobrindo 5.490 municípios e cerca de 99,55% do total da população brasileira. A empresa é parte do Grupo Globo, um dos maiores conglomerados de mídia do planeta.

A emissora começou a funcionar em 26 de abril de 1965 e foi fundada pelo jornalista Roberto Marinho.

Por ser a maior rede de televisão do país e uma das maiores do mundo, a emissora possui uma capacidade sem paralelo de influenciar a cultura, a política e a opinião pública. Desde a sua fundação, a empresa possui um longo histórico de controvérsias em suas relações com a sociedade brasileira, que vão desde seu apoio ao regime militar até a grande influência nos resultados das eleições presidenciais do pós período ditatorial.

A Conclusão

Considerando que a evolução humana levou entre 5 e 7 milhões de anos e que, a Rede Globo começou a funcionar em 1965, ou seja, há 53 anos, podemos confirmar cientificamente a máxima de que: “É muito mais fácil destruir do que construir”, ou ainda que, a Globo conseguiu através de sua maléfica interferência diuturna, involuir seu público para um nível de consciência inferior ao da espécie que os originou. Nos permitindo também, afirmar que o cidadão que formata sua opinião com base no que é transmitido pela Globo, está num nível de consciência inferior ao dos primatas. Ou seja, conseguiu em meio século, destruir uma evolução que a natureza levou 50 mil séculos para atingir.

“A consciência dá-nos a possibilidade de estarmos atentos aos nossos estados internos, sejam eles quais forem, e por mais fortes que sejam, podem ser observados criando uma desidentificação, distanciando-nos e não permitindo que eles sejam assumidos.”

domingo, 9 de dezembro de 2018

Entenda como funciona a tramoia usando a conta do assessor



Dag Vulpi, 09/12/2018

Andei lendo alguns comentários e observando em algumas postagens nas redes sociais, que algumas pessoas "andam" preocupadas e também curiosas em saber de onde viriam os tais R$ 1,2 milhões movimentados na conta do ex-assessor, ex-motorista, ex-segurança, enfim, um verdadeiro Severino* na vida do filho do homem que foi eleito para presidir o Brasil a partir de janeiro de 2019.

Muito bem, diante das preocupações e curiosidades de tantos, nos quais me incluo, resolvi pesquisar para tentar entender o que estaria acontecendo. Conversei com amigos da área, busquei informações em sites, em jornais, revistas e até encontrei algumas matérias tratando sobre o tema, porém, da forma como a mídia "oficial" passou a "informação", alguns poderiam contesta-la, afinal, como estavam sendo veiculadas dava a impressão que a família Bolsonaro estaria envolvida em algum caso de corrupção. Foi aí que resolvi procurar no YouTube, na expectativa de encontrar algum vídeo que pudesse explicar a origem daquele dinheiro e como ele teria chegado até a conta do ex-assessor e faz tudo do Bolsonaro júnior e como, a partir da conta do Severino*, aquele dinheiro era transferido para outras contas, incluindo a da madrasta da famiglia.

*Severino era um personagem de um programa de humor da Globo que era chamado sempre que algum problema complicado precisava ser resolvido.

Para minha sorte encontrei um vídeo que explica com riqueza de detalhes o que realmente aconteceu. O vídeo é do Leonardo Stoppa, que possui um canal que trata, também, deste tipo de "enigmas". Vídeo este que estará no final desta postagem.

No vídeo, o Léo Stoppa , vou trata-lo na intimidade por Léo, lembra de um caso de um deputado nordestino. Um tal de Flávio Comunista do PT, que usou deste mesmo expediente.

No caso, o deputado Flávio Comunista do PT, fazia o seguinte: Pra começar ele usava aquela velha tática petista de distribuir pão com mortadela para o pessoal da região e assim conseguir se eleger. Depois de eleito, o comunista do PT, vou parar de usar o primeiro nome dele para evitar que os petralhas tentem associa-lo ao nome do filho do presidente recém-eleito, que por acaso também é Flávio, mas que não tem nada a ver com este caso. Isso posto, prossigo.

Eleito, o petista comunista do PT formava sua equipe compondo-a exclusivamente com petistas, desta forma ficava mais fácil para ele fazer suas maracutaias. Ele convidava, por exemplo, o líder comunitário para uma conversa reservada e dizia: "Chico militante, é o seguinte. Você foi fundamental na minha eleição, e vai trabalhar comigo aqui no meu gabinete, nem precisa aparecer muito por aqui. Mas aqui funciona assim: Vou te pagar R$20.000,00, mas você vai ficar só com R$5.000,00". É claro que ele aceitava. E assim ele seguia formando o resto da equipe. Quando tinha uns 20 nomes acertados, ele chamava o Zé Guevara. Zé Guevara era um autentico *Severino, e era ele o responsável por abrir a conta onde todos os demais assessores iriam depositar a diferença entre o valor que eles recebiam da Assembleia Legislativa e o valor que eles tinham combinado com o deputado Comunista do PT.

Quando no fim do mês, a bolada caia na conta do Guevara, ele cuidava de transferir a parte do deputado fazendo várias transferências para várias contas. Pagava os boletos dos carros e dos apartamentos comprados pelo comunista do PT. Chegando inclusive, a fazer transferências para amigos e parentes do petista.

E era dessa forma que o safado do Flávio Comunista do PT, usei o nome completo pois essa será a ultima vez que ele será citado neste texto, conseguia enriquecer de forma ilícita, mas sem deixar rastros. Ele só precisa ficar esperto com o tal do COAF, pois se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, fizer seu trabalho direito, perceberá que o Zé Guevara movimenta muito mais dinheiro do que ele realmente recebe. Aí ele terá que ficar sabendo antes e exonerar o Guevara. Depois é se fazer de “morto” e tudo acabará bem, afinal, a esquerdalha comunista vai defender seu “erói”,

Muito bem amigos. Espero ter colaborado para sanar essa dúvida que pairava na cabeça de muitos de vocês. Acompanhe o vídeo abaixo, caso ele não abrir, deixarei o link para que vocês o assistam diretamente no canal do Léo Stoppa. Peço inclusive para vocês acompanharem o trabalho progressista no canal Leo Stoppa. Se inscrevam no canal e compartilhem seus vídeos.  


Abração e até outra oportunidade.
https://youtu.be/oKxXvQVeNBI

terça-feira, 23 de outubro de 2018

A vitória da psicodelia argumentativa



Dag Vulpi 19/10/2018

A máxima: 'contra fatos não há argumentos', deixou de ser máxima a partir do momento em que os argumentos tornaram-se bolsominizados. Ou melhor, a partir do momento em que eles foram psicodelizados pelos defensores do bolsonarismo.

Não há a menor possibilidade de o bom senso prevalecer num debate onde uma das partes vale-se de “valores” psicodélicos.

Fui até o bar comprar duas Heineken's para degustar enquanto a patroa termina o almoço. Chegando lá, como de costume cumprimentei todos os presentes. Porém, eis que entre eles, após replicar o bom dia, emendou: "E aí Vulpi, mudou de ideia ou vai votar no comunista? Todos aqui votamos no 17, só falta você pra ser feliz". E deu aquela risadinha amarela. 

Eu olhei para os olhos dele e respondi que no primeiro turno eu havia votado no Ciro Gomes, mas que no segundo, estou propenso a votar no Haddad. E emendei: não que ele seja o ideal, mas como seu adversário é muito pior, não vejo outra saída.

Mal terminei a resposta e ele replicou: "Não entendo, como pode uma pessoa que estudou tanto, inteligente e admirado como você pode dizer uma besteira dessas?". Eu sorri, agradeci por ele me considerar inteligente e disse que eu quem não entendia o porque dele considerar, "dizer besteira", minha afirmativa de que o candidato dele seria pior do que o petista. E o desafiei a me dar um bom motivo para votar no 17.

Ele pegou o copo, deu uma bela talagada e afirmou que já sabia que eu faria àquela pergunta e retrucou: "eu tenho só um motivo, mas ele é bom o suficiente. Me refiro ao fato de o candidato do Luladrão, ter distribuído aquele kit gay para as crianças de cinco anos para convencer aqueles anjinhos que o certo é menino gostar de menino e menina gostar de menina". E olhando para o companheiro ao lado o inquiriu: "concorda comigo?". "Com certeza" respondeu o outro.

Aí, percebendo a fragilidade da sua argumentação, sugeri que ele já não teria mais nenhum motivo para votar no 17. Afinal, disse eu, a própria justiça eleitoral já desmentiu o seu candidato e ordenou que fosse tirado da sua campanha qualquer menção em relação ao tal kit gay, pois aquilo era uma FAKE NEWS inventada pelo seu candidato.

Nesse momento o dono do bar chega com minhas cervejas. Eu pago a conta, viro para meu interlocutor e questiono: agora complicou né? Você só tinha um motivo para votar nele e agora não tem mais nenhum! Ele sorriu de volta e rebateu: "você acredita nessa justiça onde só tem comunista? Tudo capanga do Lula? O kit gay existiu sim. O próprio Bolsonaro esfregou ele na cara do Bonner. Você não viu não?".

Eu respondi que vi sim. Despedi-me, e vim pra casa pensando: “não tem mais jeito, a psicodelia argumentativa venceu” .

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O direito inalienável e democrático do voto, inclusive para os que o usam como forca



Primeiro eu tento enaltecer o meu candidato, mostrar sua biografia política e suas propostas de plano de governo, como fiz em várias postagens como a que pode ser conferida neste título: Propostas de governo do futuro presidente Ciro Gomes , para somente depois tentar mostrar as falhas dos seus concorrentes.

Se você é MULHER e mesmo sabendo que o seu candidato é um MACHISTA, pois acha que “as mulheres devem receber menos porque engravidam”, se você sabe que ele é MISÓGINO, pois acha que “as mulheres somente nascem devido à “fraquejada” dos pais” e ainda, que ele afirme: “Não te estupro porque você não merece.”, dando a entender que algumas mulheres mereçam.  

Se você é AFRODESCENDENTE, sabe que o seu candidato é um RACISTA e SECTARISTA, pois já falou: “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”.

Se você é HOMOSSEXUAL, sabe que o seu candidato é HOMOFÓBICO, pois já afirmou que “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí.” e ainda, "o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, leva um couro e muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem. A gente precisa agir".  

Se você é um CIDADÃO que defende os verdadeiros valores e princípios morais, valoriza a vida, a democracia, a liberdade, o direito a livre expressão e do ir e vir e a laicidade do Estado, mas o seu candidato é FASCISTA, pois já defendeu que “O erro da ditadura foi torturar e não matar.”  e que “Pinochet devia ter matado mais gente.”, assim como, que “A PM devia ter matado 1.000 e não 111 presos.”.

Penso que você deveria rever sua opção de voto. Mas se mesmo conhecendo todos os desvios de caráter do seu candidato, ainda assim você entende que ele é a melhor opção para representar seus anseios enquanto cidadão resta-me, apesar de respeitar, lamentar muito e torcer para que os brasileiros com este tipo de opinião sejam a minoria.

Apoio neopentecostal ao fim do Estado laico causa indignação nos demais líderes evangélicos



Dag Vulpi 21/09/2018

A possibilidade de o candidato do PSL se eleger para a presidência da República põe em risco a manutenção do Estado laico no Brasil. Fato que vem causando muita preocupação em boa parte da sociedade.

Um ponto que preocupa e que não se justifica nesse enredo foi a declaração de apoio do movimento dos neopentecostais da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil ao candidato que, em sendo eleito, será o algoz do fim da laicidade do Estado. Fato que gerou forte indignação por parte de líderes evangélicos de outras igrejas.

De acordo com a coluna “Painel”, da Folha de S.Paulo, a reação veio de um grupo formado por 88 teólogos e reverendos presbiterianos, batistas e de outros segmentos evangélicos. No documento, divulgado nesta quinta-feira (20), eles defenderam o Estado laico e se mostraram contra o uso de Deus em campanhas eleitorais.

“Nossa indignação contra a pretensão de haver um governo exercido em nome de Deus, bem como contra toda aspiração autoritária e antidemocrática (...). O nome de Deus não pode ser usado em vão, ainda mais para fins políticos”, diz a Carta Pastoral.

Lembrando que o nome oficial da coligação de Bolsonaro é “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.  

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Caráter, moralidade e estupidez



Dag Vulpi 18/09/2018

Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. é um feitio moral. é a firmeza e coerência de atitudes.

A conduta é a maneira que o cidadão se porta, o modo como alguém se comporta. Já a moralidade é um atributo, uma particularidade ou característica do que é ou possa estar relacionado à moral.

Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento.

Da mesma forma, as “falhas de caráter são características naturais do ser humano. Errar faz parte do desenvolvimento e é graças aos erros que muitas de nossas aprendizagens, e mesmo evolução como pessoas, acontece. A falha está relacionada com consciência e busca sincera por mudanças.” (josie conti)

“Os semelhantes se atraem - se você está infeliz você irá encontrar alguém, também infeliz, pessoas infelizes são atraídas por pessoas infelizes”. (Osho)

Os compatíveis se atraem. a essência de cada ser é única. No entanto, no decorrer do caminho, vamos agregando e somando informações à nossa essência, e isto pode ser aceito e recebido como um presente, de acordo como as aceitamos e recebemos.

Pessoas inteligentes são atraídas por pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas por pessoas estúpidas e suas ideias igualmente estupidas. você sempre encontrará pessoas do mesmo plano.

E o seu caráter? Está havendo firmeza e coerência nas suas atitudes?

E em relação aos que te atraem você já parou para cerificar-se de que aqueles de fato são semelhantes a você? Lembrando que pessoas inteligentes atraem pessoas igualmente inteligentes, já os estúpidos atraem outros estúpidos.

Abaixo algumas definições e exemplos de desvios de caráter e pessoas estupidas:

Racismo - Preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente, geralmente se refere à segregação racial.

Comportamento hostil dirigido às pessoas ou aos grupos sociais que pertencem a outras raças e/ou etnias.

Exemplo de racismo:
Aquele "cidadão" que, discursando em público, ou até em local privado faça esse tipo de pronunciamento: “eu fui num quilombo. o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. não fazem nada. eu acho que nem para procriador ele serve mais. mais de r$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”.

Sei que haverá aqueles que dirão que #elenão teve a intenção de ofendê-los, mas desculpem-me. Em qualquer país minimamente sério, o cidadão que faz este tipo de discurso, deveria ser levado direto para a cadeia mais próxima, pois lá é o lugar ideal para racista.

Machismo - Opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres.

Exemplo de machismo:
Aquele que defende a ideia de que as mulheres devem receber menos porque engravidam.
Sei que muitos irão achar que isso não é machismo, mas sim somente ignorância. Mas eu afirmo que são as duas coisas, além de ignorância, também é uma atitude machista.

Fascismo - Baseia-se no despotismo, na violência, na censura para suprimir a oposição, caracterizado por um governo antidemocrático ou ditatorial.

Exemplo de fascista:

Aquele que defende o retorno do regime militar e diz que: "o erro da ditadura foi torturar e não matar, e ainda, que a ditadura matou poucos, que deveria matar muito mais".

Este é um exemplo irrefutável de fascismo

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Porquê o Bolsonaro se tornou um "mito" para 19% dos brasileiros?



Dag Vulpi 29/08/18

Parte destes 19% o "venera" por enxergar nele o reflexo de sua própria ignorância. A outra parte se divide entre aqueles que o apoiam devido à fidelidade político ideológica e aqueles que se deixam levar pela nódoa do revanchismo e se apegam a qualquer graveto que flutue nesse lamaçal que se encontra a atual política brasileira.Essa mesma nódoa ideológica que embaça-lhes os olhos fazendo-os enxergar virtudes onde aquelas se fazem ausentes, impede-os de enxerga-las onde aquelas de fato existem.

A "cegueira", que transforma um asno num "mito" é a mesma que impede o cidadão de fazer uma análise criteriosa e ponderada, das propostas dos candidatos mais preparados e instruídos.

Como no caso do candidato que é professor de direito, formado em economia em Harvard. Que foi o governador mais bem avaliado segundo pesquisa Datafolha. Que foi o ministro da economia no governo Itamar durante a implantação do plano real. Que apresentou o melhor plano de governo entre TODOS os candidatos.

Confira abaixo o resumo que fiz, adaptando do original, suas principais propostas nas áreas da saúde, educação, segurança e economia.

01 - Proposta de REVOGAÇÃO da PEC 95, aprovada durante o governo golpista do Temer;

02 - Propostas de REVOGAÇÃO da reforma trabalhista, aprovada durante o governo golpista do Temer;

03 - Proposta para reduzir a carga tributária cobrados dos mais pobres e aumentar as taxas sobre as grandes fortunas;

04 - Proposta de aumentar a cobrança de juros sobre as grandes aplicações financeiras;

05 - Proposta de INTERMEDIAÇÃO entre os 64 milhões de brasileiros negativados no SPC e seus credores. De modo que aqueles limpem seus nomes e possam voltar a ter dignidade. Como conseguir emprego e voltar a consumir. Aquecendo a economia;

06 - Priorizar o pagamento da dívida pública;

07 - Criar condições para a criação das vagas de emprego que fazem tanta falta para 46 milhões de brasileiros, sendo, 14 milhões de brasileiros desempregados e 32 milhões em subempregos;

08 - Reduzir ao máximo o déficit habitacional;

09 - Acabar com o monopólio financeiro que está centralizado entre os dois bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil e três bancos privados, Bradesco, Itaú e Santander. De forma a forçar a queda de juros que hoje se encontra nos astronômicos 41% na ponta da corda;

10 - Investir na melhoria da segurança, criando uma central de inteligência e interligando as polícias. Tirando o efetivo da PF que fica atrás de mesas carimbando papéis e colocá-los na rua para prender bandidos;

11 - Melhorar a qualidade do ensino público, começando por implantar a modalidade de tempo integral para todos os alunos do ensino básico;

12 - Propor reformas: Política, Tributária, Trabalhista e Previdenciária.

Mas quero deixar claro que não estou insensível, mas sim solidário. Não deve ser fácil para um cidadão "consciente" politicamente, apoiar publicamente um político com os "predicados" do atual representante da direita. Fica "evidente" o constrangimento daqueles ao "terem" que defender as boçalidades discursivas de políticos do naipe do bolsoasno.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Foro privilegiado: muitos usam a expressão, mas será que todos sabem o que é?



Por Dag Vulpi em 11/04/2018

Até poucos anos atrás foro privilegiado era uma expressão praticamente desconhecida pela maior parte da população brasileira, no entanto, a operação Lava Jato, suas investigações, julgamentos e reviravoltas em casos de corrupção, colocaram o termo em voga.

A ideia de foro privilegiado continua sendo discutida e questionada à medida que mais e mais pessoas tomam conhecimento a seu respeito. O que não é sempre esclarecido, no entanto, é o verdadeiro significado, o propósito e quais as explicações para a existência deste cenário.
É cada vez mais comum ouvir o senso comum de que o foro privilegiado nada mais é do que uma forma de proteger pessoas privilegiadas no poder público. Embora seja, em alguma medida, verdade, a realidade não é tão simples assim.

Mas afinal, o que é o foro privilegiado?

O nome tecnicamente correto é “foro especial por prerrogativa de função”.

Ele é um mecanismo pelo qual se altera a competência penal sobre ações contra certas autoridades públicas. Em outras palavras, isso quer dizer que quando um indivíduo que exerce certa função social relevante comete um crime, ele deverá ser julgado por tribunais que correspondam a aquela função . Ou seja, uma ação penal contra uma autoridade pública é julgada por tribunais superiores, diferentemente de um cidadão comum, julgado pela justiça comum (isso está estabelecido no artigo 102 da Constituição).

A ideia é que apenas estes tribunais correspondentes voltados para a hierarquia e relevâncias das funções exercidas por certos cargos possuem a capacidade e o acesso necessário para compreender as situações às quais estão submetidas. Determina-se, assim, o foro necessário com instância correspondente ao nível hierárquico deste cargo.

Mas isso não contraria o princípio da igualdade?

Pode-se dizer que sim. Não há como negar que o foro privilegiado é uma quebra do princípio de que todos são iguais perante a lei e que, portanto, estão submetidos a ela da mesma forma. Por que, então, foi criado o foro por prerrogativa de função? A justificativa é a necessidade de se proteger o exercício da função ou do mandato público. Como é de interesse público que ninguém seja perseguido pela justiça por estar em determinada função pública, então considera-se melhor que algumas autoridades sejam julgadas pelos órgãos superiores da justiça, tidos como mais independentes.

É importante ressaltar também que o foro protege a função, e não a pessoa. Justamente por essa lógica, qualquer autoridade pública deixa de ter direito a foro especial assim que deixa sua função pública (ex-deputados não possuem foro especial, por exemplo).

Quem tem foro privilegiado?

A justiça brasileira é dotada de quatro instâncias, sendo o Supremo Tribunal Federal a mais alta delas. A primeira instância é a chamada justiça comum, onde os cidadãos são normalmente julgados por juízes. A segunda instância é aquela às quais prefeitos e juízes possuem acesso em seu foro por prerrogativa de função. São casos julgados por desembargadores.

No Superior Tribunal de Justiça ocorre o que se chama de “terceira instância”, foro correspondente à função de governadores, por exemplo.
Já os cargos públicos de presidentes (e seus vices), deputados federais, senadores e ministros possuem são prerrogativa da última instância, o STF, não podendo ser julgados em justiças inferiores enquanto exercem tais cargos.

O passo a passo de processos contra políticos

1 – Suspeito: Quando um crime é descoberto, os procuradores selecionam os suspeitos, que serão incluídos em inquéritos para serem investigados.

2 – Inquérito: O inquérito sempre é requisitado pelo Procurador-Geral da República. São pedidas as diligências, que são as formas de investigação contra o suspeito (busca e apreensão, quebra de sigilo bancário, ouvir testemunhas, etc.). O ministro do STF que relata o processo aceita os termos e abre-se o inquérito. Aqui, o suspeito torna-se investigado. Obs. Em caso de perda de foro por prerrogativa de função, toda a investigação já autorizada desce à instância competente com todas as provas colhidas.

3 – Denúncia: Ao juntar todas as provas previstas pelas diligências, o PGR redige uma denúncia e envia ao Supremo. Não há prazo definido, já que é necessário juntar evidências claras de participação de um indivíduo ou grupo no crime descrito.

4 – Réu: A denúncia é apreciada pelo colegiado (em uma das turmas) e, se aceito como plausível, a denúncia passa a ser chamada ação penal e o suspeito vira réu.

5 – Julgamento: A ação é julgada por uma das turmas ou, dependendo da gravidade do caso, pelo pleno dos ministros. Mesmo que arquivado, caso sejam encontrados novas evidências, o processo pode ser reaberto.

Como o foro privilegiado interfere na Operação Lava Jato e outras investigações policiais?

Como casos de foro privilegiado são julgados diretamente em instâncias superiores, a investigação deve ser supervisionada pela Procuradoria-Geral da República, que, com base em dados levantados pela Polícia Federal, analisa os casos e decide apresentar uma denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal. Apresentada a denúncia, os ministros do STF decidem pela abertura de uma ação penal. Trata-se de um processo considerado lento e ineficaz, aumentando as chances de impunidade.

Ter foro privilegiado é uma vantagem?

Não necessariamente. Tudo se trata de uma questão de equidade. O foro por prerrogativa de função busca manter um equilíbrio em relação à justiça e aquele que está submetido a ela. É mais provável imaginar que um ministro do STF seja menos influenciado pelo fato de estar julgando um presidente da república, do que um juiz de primeira instância. É uma forma de garantir a independência do Judiciário em relação a outros poderes.

A grande vantagem do foro privilegiado, nesta situação, é o fato de não haver prisão preventiva ou temporária na modalidade. O indivíduo só pode ser preso em casos de condenação final, ou em  flagrantes de crimes inafiançáveis. Em outras situações, não será preso em caráter provisório.

A grande desvantagem, por outro lado, é que a existência de um foro privilegiado significa menos instâncias superiores para recorrer. Um cidadão comum, a depender do caso, pode recorrer de decisões até a última instância. Um ministro que já começa seu julgamento na última instância, por outro lado, não terá como recorrer após a sentença do STF. Isso faz com que ele tenha uma defesa que é, em certa medida, menos ampla e deliberada ao longo do processo.


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Dag Vulpi

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