O senador
Delcídio do Amaral (MS) entregou hoje (15) ao presidente do PT em Mato Grosso
do Sul, Antônio Carlos Biffi, carta pedindo desfiliação do partido.
Em um texto
curto, o senador informa a decisão de deixar o PT e pede que Biffi tome as
providências para o desligamento.
Delcídio
responde a representação no Conselho de Ética do Senado por ter sido flagrado
tentando subornar a família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para que
este não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. O filho
de Cerveró, Bernardo, entregou a gravação da conversa em que o parlamentar
oferecia R$ 50 mil por mês e um plano de fuga ao ex-diretor da estatal, o que
levou Delcídio a ficar quase três meses preso.
Em fevereiro,
foi a vez de o próprio senador firmar acordo de delação premiada, que só foi
homologado nesta terça-feira pelo ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), para sair da cadeia e passar a recolhimento domiciliar.
O relator do
caso no Conselho de Ética do Senado, Telmário Mota (PDT-RR), já deu parecer a
favor da admissibilidade do processo contra Delcídio. O relatório será votado
amanhã (16), quando os membros do colegiado decidirão se concordam com Mota e
iniciam o processo, que pode resultar na cassação do mandato do senador.
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