sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Unasul condena assassinato de líder da oposição a Maduro


A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) condenou o assassinato de um dos líderes da oposição na Venezuela Luis Manoel Díaz, atingido por tiros quando participava de um comício. Em nota, a organização afirma rechaçar todo tipo de violência que possa afetar a normalidade do processo eleitoral venezuelano.

A entidade pediu que as autoridades investiguem o caso para evitar a impunidade e aos setores políticos que contribuam com um clima de paz e harmonia durante a campanha eleitoral.

A morte de Luis Manoel Díaz aumenta a tensão política a 11 dias da eleição de 6 de dezembro. Díaz era secretário-geral do partido Ação Democrática e dirigente da coalizão Unidade Democrática, que faz oposição ao Partido Socialista Unido da Venezuela, de Nicolás Maduro.

A coalização Unidade Democrática publicou um comunicado exigindo uma “investigação imediata, profunda e independente”, além de pedir que os culpados pela morte de Luis Manoel sejam responsabilizados. A nota diz que o “Estado Venezuelano é responsável, por ação e omissão, por qualquer ato de violência na Venezuela”.

Além disso, o grupo solicitou a diversos organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos e a União Europeia, que exijam do governo de Maduro uma manifestação pública de repúdio ao uso da violência como arma política. Quer ainda que o governo garanta ao povo o direito de votar em paz e que se comprometa a aceitar pacificamente a decisão das urnas.

A ativista de Direitos Humanos Lilian Tintori, que estava no comício, no momento do assassinato de Díaz, afirmou em seu twitter que denunciará o terror, a perseguição e a violência que sofreu durante atentados na cidade de Altagracia de Orituco, e manifestou condolências à família de Luis Manoel Díaz.

Lilian Tintori é mulher de Leopoldo López, líder opositor preso em 2014, acusado da prática de crimes de incitação pública, danos a propriedade, incêndio criminoso e formação de quadrilha. Ele foi condenado a 14 anos de prisão.
No site do partido de Maduro não há manifestação sobre o assassinato do líder da oposição. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou, no twitter, que o “Brasil participa de todos os esforços para a promoção do diálogo na Venezuela, para que eleições ocorram em atmosfera de paz e transparência”.

A Unasul (Unasur, em espanhol), é um organismo internacional, formado por Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O objetivo do bloco é abrir espaço de integração cultural, econômica, social e política, além de eliminar desigualdades, ampliar a inclusão social e fortalecer a democracia.

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