sábado, 7 de novembro de 2015

Cai número de crianças e adolescentes em abrigos do Rio, mostra censo


Dados do 15º Censo da População Infantojuvenil Acolhida no Estado do Rio mostram que diminuiu o número de crianças e adolescentes acolhidos nos abrigos e também o tempo de acolhimento deles. No primeiro semestre de 2012, o número foi de 2.464 e, na primeira metade deste ano, caiu para 1.983.
Os dados foram apresentados hoje (6) no 9º Seminário Abandono x Convivência Familiar, promovido pelo Módulo Criança e Adolescente do Ministério Público do Estado do Rio.

Para a subcoordenadora do Centro de apoio Operacional das Promotorias de Infância e Juventude, Daniela Moreira da Rocha Vasconcello, gestora do módulo, os números servem de subsídio para o desenvolvimento e escolha das políticas que deverão ser trabalhadas prioritariamente com os menores nos abrigos.

Segundo Daniela, a tendência atual é de redução no número de acolhidos e do tempo de acolhimento nos abrigos se deve a vários fatores, sendo um delas a reintegração familiar. "Temos trabalhado com a questão e, com relação a isso, muitas medidas foram adotadas, como, por exemplo, a reintegração familiar, tanto pelo Poder Judiciário, quanto pelo Ministério Público. Nos abrigos de todo o estado, os casos vem sendo reavaliados com maior frequência, para que apresentemos ao jovem propostas que atendam às suas necessidades. Com novas medidas, podemos também planejar o tempo de saída do adolescente do abrigo", afirmou.

A gestora destacou que as evasões nos abrigos devem ser ser avaliadas com atenção. "O número de evasões, principalmente de adolescentes, está alarmante. Muitos estão no método de “porta giratória”, entrando e saindo muitas vezes. Isso demonstra que a rede de acolhimento talvez não esteja tão bem preparada para receber o jovem com a demanda que ele apresenta", disse.

Para evitar as evasões, o acolhimento de crianças e adolescentes deverá ser feito com um preparo adequado, com aproximação e investimento para que o jovem e a família biológica possam aderir às propostas. "Não adianta pegar o jovem e levar para o abrigo, porque lá não é prisão, ele não é obrigado a ficar lá. Se o jovem que está em situação de vulnerabilidade não encontrar uma proposta que vá de encontro aos desejos dele, provavelmente ele não vai aderir a mais nada", disse.

Com o objetivo de trabalhar com os menores junto com suas famílias biológicas, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, lança hoje a campanha do Programa Família Acolhedora (Faco). A divulgação do programa visa aumentar o banco de famílias acolhedoras através da captação de novos voluntários e,consequentemente, ampliar o número de vagas para o acolhimento.

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Dag Vulpi

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