sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O comando de Hartung frente a geopolítica capixaba esta em xeque



Por Dag Vulpi
Surge uma dúvida no meio político capixaba, mas que logo será respondida. Afinal, serão os deputados que dependerão do governador, ou será o governador que dependerá da assembleia para tocar seu mandato nos próximos quatro anos? Enfim, seja lá quem for o mais dependente, logo teremos a resposta afinal faltam poucos dias para iniciar-se a nova gestão com Paulo Hartung à frente do executivo capixaba.  

Terminado o processo onde Paulo Hartung e Casagrande digladiaram ferozmente na disputa por cada voto da sociedade capixaba, é pouco provável que predominará a unanimidade entre a casa de Leis e o palácio do governo.

Apesar de a maioria dos nomes que ocupam as atuais vagas na Assembleia terem participado do grupo de políticos formado e liderado por Hartung num passado muito recente, ainda assim, evidencia-se através de algumas iniciativas, como a que citarei mais abaixo, que parece não haver disposição dos deputados em aceitar pacificamente uma relação unilateral como ocorreu em mandatos anteriores.

O governador eleito Paulo Hartung sempre teve o cuidado de manter sobre sua batuta, a maioria das lideranças da política do estado, e foi assim, com o apoio da maioria que ele sempre tocou seus projetos, porém, como em tudo que envolve política, nada é garantido, o peemedebista certamente terá que reconquistar parte do prestígio perdido durante o tempo em que ficou sem a caneta na mão.

Uma mostra da perda do prestigio, que alguns preferem chamar de comando, foi o fato de um grupo de deputados estaduais, foi essa a iniciativa que mencionei acima, terem se posicionado pela aprovação das contas do governador socialista Renato Casagrande, de 2014. Resta-nos saber como Hartung interpretará esse gesto, se considerou uma atitude normal de uma bancada afinada com o governador que esta prestes a encerrar seu mandato, ou se esse foi um recado de rebeldia para o governador eleito. O que teria pesado no posicionamento dos deputados foi o resultado das eleições proporcionais, que deixaram mais da metade do plenário de fora da próxima legislatura.

Para alguns, será difícil que haja uma reconciliação entre Hartung e os deputados que participaram mais ativamente da base de Renato Casagrande na Assembleia. Porém, para outros, não seria de todo estranho, afinal falamos de política, se o grupo não fizer oposição alguma ao novo governo, e ainda, existem nomes que terão posição mais independente em relação ao governo do Estado. 

Tudo será posto à mesa quando se aproximar o processo eleitoral de 2016. E a tendência é que haja um acirramento no clima, pois estará novamente em disputa os interesses tanto do peemedebista quanto do pessebista.  

3 comentários:

  1. Quanto mais uma oposição renhida; atenta aos desvios possíveis ou reais, melhor, Dagmar. Então acho que vai melhorar o cenário. Este negócio de governar com o consenso geral, ..geralmente...é um acórdão -entre os profissionais- para ROUBAR MELHOR e sem empecilhos.

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  2. Perfeita análise Delsio Ventura, mas estou certo, ou seja, a história política capixaba tem mostrado ao longo do tempo, que a unanimidade entre executivo e legislativo não tardará em acontecer. Essa é uma regra e, infelizmente nunca foi uma exceção por essas bandas.

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Dag Vulpi

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