quinta-feira, 3 de maio de 2012

BALANCÊ DA POLÍTICA CAPIXABA 03/05/2012


"Memórias de uma Guerra Suja": Cláudio Guerra aumenta mas não inventa

O livro "Memórias de uma Guerra Suja", lançado pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros traz
uma coletânea de depoimentos do ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra.

Entre as revelações, o delegado diz que corpos de militantes políticos mortos pela ditadura militar em São Paulo e no Rio de Janeiro foram incinerados em uma usina de cana em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, nos anos 1970 e 1980.

Segundo Guerra, dez corpos de militantes que atuaram nos anos de chumbo foram levados para a Usina Cambahyba, que pertencia ao ex-vice governador do Rio, Heli Ribeiro Gomes.

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou nesta quinta-feira, por meio de sua assessoria, que a Comissão da Verdade deverá apurar o relato.

De acordo com informações publicadas no jornal O Globo, o Ministério Público Federal já investiga quatro das mortes relatadas no livro por Cláudio Guerra. Segundo o ex-delegado do DOPS, o líder comunista David Capistrano foi um dos militantes incinerados na usina de Heli. As informações de Guerra batem com as do MPF.
‘Memórias de uma Guerra Suja’ (Editora Topbooks) chega às livrarias neste sábado. Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff recebeu um exemplar e já teria lido a obra. O livro é escrito com base em uma série de entrevistas feitas pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros com o ex-delegado Cláudio Guerra, figura conhecida do crime organizado capixaba.

Os autores usaram notas de rodapé para esclarecer citações feitas pelo delegado. Guerra relata, por exemplo, ter participado da Chacina da Lapa, em São Paulo, em 1976, quando dirigentes do PC do B foram executados.
Afirma também que sua "comunidade" pôs panfletos da campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva no local em que o empresário Abílio Diniz foi sequestrado, em São Paulo.

Com informações da Veja / O Globo - Foto: Andressa Cardoso / A Tribuna
 ___________________________________________________________________________________
Prefeito interino de Kennedy mantém aliados de Quinta e pressiona gestão
Apesar da repercussão em torno dos episódios de corrupção flagrados durante a “Operação Lee Oswald”, o prefeito interino de Presidente Kennedy, Jardeci de Oliveira Terra (PMDB) manteve aliados do prefeito afastado Reginaldo Quinta (PTB) – preso desde o último dia 19 sob acusação de chefiar a quadrilha instalada do município – em posições estratégicas. Todos os sete novos secretários nomeados têm relação direta com a administração e com o sistema político do petebista.

Os nomes confirmados nessa quarta-feira (2) reforçam as conversas nos bastidores que relacionam a passagem de Jardeci Terra – vereador mais antigo – à continuidade do arranjo político de Quinta. Foram escolhidas pessoas que atuavam diretamente na administração ou faziam parte do arranjo político do petebista, além de parentes de um vereador do município apontada como cúmplice do esquema de Quinta, de acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPES).

Foram mantidos no primeiro escalão da prefeitura, Valdinei Costalonga (atuava na Agricultura e agora passa a acumular as pastas de Pesca e Desenvolvimento Rural), Leandro da Costa Rainha (ex-Esporte e Lazer e agora acumula Turismo, Arte e Cultura e Lazer) e Rossana Silly Jorge Costalonga (ex-Pesca e atualmente Meio Ambiente, cargo que ocupou durante a gestão do ex-prefeito Aloísio Corrêa, do PR).

Entre os novos secretários municipais está Ana Lúcia Maitã Cruz que assume a pasta de Fazenda e Planejamento. Ela estava lotada no gabinete de Quinta e atuava na parte administrativa. Enquanto o novo secretário de Obras e Serviços Públicos, Walmir Mendes Aguiar, já atuava como o subsecretário da pasta.

Já as nomeações de Maiara Fernandes Batista (Desenvolvimento Econômico) e Jaciro Marvila Batista (Transportes e Frota) indicam a manutenção do sistema político do prefeito preso. Os dois novos secretários municipais são, respectivamente, filha e irmão do vereador Jacimar Marvila Batista (PTB), apontado pelo Ministério Público como cúmplice do correligionário petebista em razão de benefícios eleitoreiros.

O prefeito interino de Presidente Kennedy tomou posse, em sessão secreta, no último dia 26 – após o município ficar sem comando após quase uma semana após a prisão do prefeito Reginaldo Quinta e a cassação do vice-prefeito Edson Nogueira (PSD). Além do petebista, foram presas outras 27 pessoas – entre secretários municipais, empresários e militares – durante a “Operação Lee Oswald”, deflagrada no dia 19. As investigações apontaram indícios de fraudes em 21 contratos que somam R$ 55 milhões.
Via SD - Nerter Samora
Foto capa: Divulgação/CMPK
___________________________________________________________________________________
Iriny tenta manter candidatura, mas grupo de Coser pressiona diretório municipal
O grupo que apoia a candidatura da deputada federal Iriny Lopes à prefeitura de Vitória tenta um contra-ataque à investida do grupo do prefeito João Coser, que tenta, mais uma vez, forçar o recuo do palanque petista em apoio ao nome do ex-governador Paulo Hartung. O grupo quer que seja marcado o encontro do regional para pôr um ponto final na história.

A reação do grupo, porém, encontra dificuldade na mudança de postura de um dos principais aliados da candidatura própria: o diretório municipal.  Desde o início do processo eleitoral na Capital, o PT de Vitória foi um dos pontos fortes da candidatura da deputada, contra os caciques do partido que tentam levar o PT para o palanque ainda não confirmado do ex-governador Paulo Hartung.

Mas, os últimos movimentos mostram que o diretório estaria fraquejando nessa posição, devido à pressão do grupo do prefeito João Coser. O secretário de Turismo do Estado Alexandre Passos – que apesar de ser de uma corrente diferente de Coser, também faz parte do grupo do prefeito – seria o novo agente designado para fomentar a ideia de que o partido deve recuar da candidatura própria. A justificativa apresentada pelo grupo para tentar desestimular a candidatura de Iriny é, no mínimo, imprecisa.

Os apoiadores do palanque de consenso de Hartung tentam disseminar para dentro do partido a ideia de que, com um recuou em Vitória, o ex-governador pode apoiar o nome da deputada estadual Lúcia Dornellas, em Cariacica, para a sucessão do prefeito Helder Salomão. Para alguns petistas, a proposta é inviável. Afinal, o principal adversário de Lúcia Dornellas é o deputado Marcelo Santos que, além de ser favorito com uma distância segura da petista, é aliado e correligionário de Hartung, no PMDB.

A primeira investida do grupo do prefeito foi com a Executiva Nacional do partido. Mas, informações de bastidores dão conta de que o grupo do prefeito não conseguiu convencer o PT da necessidade do recuo, já que o PT tem interesse na disputa em Vitória, por ser uma das cidades estratégicas para o projeto nacional do partido.

Daí o movimento se voltou para o diretório de Vitória, já que é essa instância partidária que decide sobre a eleição no município. A pressão sobre o presidente do diretório, Cacau Merçon, aumentou.

Para os meios políticos, o recuo do PT em Vitória será um erro grave para o futuro do partido. Ao apostar em uma possível aliança em outros municípios com o ex-governador Paulo Hartung em detrimento da candidatura em Vitória, o partido pode estar correndo o risco de sair da eleição deste ano com um retrospecto muito ruim, se comparado a 2008, quando elegeu os prefeitos de seis municípios: Vitória, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Mantenópolis e Castelo.

Além disso, apostar em um possível apoio para o prefeito João Coser ao Senado em 2014, sendo que várias lideranças estão ganhando capilaridade e podem chegar em condições de disputar a vaga até com mais chances que ele, seria uma aposta às cegas.
Via SD - Renata Oliveira
Foto capa: Gustavo Louzada
___________________________________________________________________________________
Novo procurador de Justiça elege atuação finalística como prioridade da gestão
Os primeiros atos do novo procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, empossado no cargo nessa quarta-feira (2), priorizaram a atuação finalística do Ministério Público Estadual (MPES). Ainda sob reflexos das recentes operações policiais de combate à corrupção que tiveram a participação da instituição, Pontes formalizou a criação de grupos de trabalhos para o combate ao crime organizado e de persecução penal nos crimes contra a vida.

De acordo com os atos normativos publicados no Diário Oficial desta quinta-feira (3), o Ministério Público capixaba ganhará dois novos grupos especiais – o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), já anunciado anteriormente, e o Grupo Especial de Trabalho em Persecução Penal dos Crimes Dolosos contra a Vida e de Auxílio aos Promotores de Justiça das Varas Criminais do Tribunal do Júri (Getpej).

As duas iniciativas vão ao encontro das promessas feitas pelo novo chefe da instituição que pretende iniciar uma “nova trajetória de compromisso institucional e social”. Os dois novos grupos serão vinculados à Procuradoria Geral de Justiça e atuam de forma autônoma entre si. A única exceção serão os casos de crimes contra a vida que necessitaram do apoio operacional do Gaeco.

O novo grupo de combate ao crime organizado (“em caráter residual”, como destacou Pontes) e de colarinho branco nascerá da fusão do Geti/ Getpot e funcionará como a “tropa da elite” do Ministério Público. O Gaeco será dividido em três coordenadorias: Assessoria Militar e Inteligência; Ordem Tributária e Lavagem de Dinheiro; e de Proteção ao Patrimônio Público e Probidade Administrativa. As coordenadorias terão estruturas independentes com três servidores, além do apoio da assessoria militar.

Entre as atribuições do grupo listadas por Pontes estão a instauração de procedimentos investigatórios, coordenação de forças-tarefas e ajuizamento de processos – atuando na assessoria do procurador-geral nos casos envolvendo autoridades com foro privilegiado.

Já a atuação do Getpej mira a prevenção e repressão aos crimes de homicídio no Estado. Entre as considerações para a criação do grupo, Eder Pontes destaca o elevado número de inquéritos policiais relativos a crimes contra a vida em aberto (em torno de 18 mil casos) e o aumento da demanda dos julgamentos de competência do Tribunal Júri – sobretudo, após a meta de zerar a agenda de júris anunciada pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa.

Segundo a publicação, o grupo atuará nos casos com multiplicidade de réus ou ilícitos, periculosidade dos agentes envolvidos, complexidade do fato, repercussão social do julgamento e também nos casos onde há suspeição ou impedimento do membro com atribuição para atuar no feito. O grupo também vai receber denúncias até mesmo anônimas que deverão ser relatadas pelo destinatário.
Via SD _ Nerter Samora
Foto capa: Divulgação/MPES
___________________________________________________________________________________
‘Memórias de uma Guerra suja’ reabre porões dos crimes da ditadura militar
É grande a repercussão do livro “Memórias de uma guerra suja”, dos jornalistas Rogério Medeiros e Marcelo Netto. Nas últimas 24 horas, as revelações do ex-delegado do DOPS, Cláudio Guerra, foram tema das principais publicações do País e já começaram a gerar polêmica. A edição do jornal O Globo, desta quinta-feira (3), traz uma matéria de meia página sobre o livro.

O jornal carioca dá destaque à informação revelada pelo ex-delegado, hoje pastor da Assembleia de Deus, que afirma ter utilizado os fornos da Usina Cambahyba, em Campos, Rio de Janeiro, para incinerar corpos de militantes de esquerda. A usina, à época, era do ex-deputado federal e ex-vice-governador do Rio Heli Ribeiro Gomes, que morreu em 1992, antes de a usina ser fechada.

Nas instalações de Heli, que era amigo de Cláudio Guerra, teriam sido incinerados pelo menos 10 corpos de militantes políticos de esquerda. Guerra afirma no livro que não tomou a decisão e usar os fornos da usina sozinho. Ele conta que antes levou ao local o coronel da Cavalaria do Exército Freddie Perdigão Pereira, que trabalhava para o Serviço Nacional de Informação (SNI), e o comandante da Marinha Antônio Vieira, que atuava que atuava no Centro de Informação da Marinha (Cenimar). Os dois aprovaram a ideia e passaram a usar o local para “sumir com os corpos”, uma vez que os “cemitérios” utilizados até então começavam a levantar suspeitas.

No livro, Guerra faz questão de frisar que levou os corpos para o local, mas que não teve participação nestes crimes. Ele não sabe quantos corpos foram queimados nos fornos da usina. “Perdigão também usou, por conta própria, a usina para esse fim, em ações das quais não participei. Não sei precisar quantos corpos nem quem eram as pessoas que foram jogadas nos fornos. Soube que outros políticos desaparecidos foram queimados lá”, assegura Guerra.

Repercussão

De acordo com informações publicadas no jornal O Globo, o Ministério Público Federal já investiga quatro das mortes relatadas no livro por Cláudio Guerra. Segundo o ex-delegado do DOPS, o líder comunista David Capistrano foi um dos militantes incinerados na usina de Heli. As informações de Guerra batem com as do MPF. A procuradora da República Eugênia Gonzaga confirma que a mão direita de Capistrano foi arrancada, conforme relato de Guerra.

“As informações são consistentes. Vamos reunir as informações e seguir para a usina de Campos em busca de depoimentos”, disse o deputado estadual Adriano Diogo, que preside a Comissão da Verdade em São Paulo.

Diogo adiantou que a Comissão deve intimar o Cláudio Guerra para depor sobre os casos dos militantes políticos mortos e também sobre a morte do delegado Sergio Paranhos Fleury, que não teria morrido acidentalmente ao cair de uma lancha em Ilha Bela, litoral norte de São Paulo. Guerra sustenta no livro que a morte de Paranhos foi planejada pelos oficiais Freddie Perdigão e Ênio Pimentel (já mortos), Juarez de Deus Gomes da Silva, Antônio Vieira e Carlos Alberto Brilhante Ustra.

O livro

Há mais de três décadas, o jornalista Rogério Medeiros, então repórter do Jornal do Brasil, desvelou em uma reportagem a verdade sobre o ex-delegado Cláudio Guerra. Medeiros esclareceu que Guerra não era combatente da criminalidade no Espírito Santo, mas sim o autor de pelo menos 35 execuções sequenciadas de queima de arquivo. “A reportagem causou um efeito devastador à imagem de Guerra. Ele passou da condição de defensor da sociedade capixaba a chefe do crime organizado”, afirma Medeiros.

Embora a reportagem tenha ajudado a pôr o temido delegado atrás das grades, o jornalista foi surpreendido com um convite inusitado. “Em 2009, a advogada de Guerra me procurou para dizer que o cliente dela queria falar muito comigo. Estranhei, mas fui ao local na certeza de que assunto seria a antiga reportagem que implicara sua prisão”, recorda Medeiros.

Surpreendentemente, Cláudio Guerra, que na época estava muito doente, queria confiar ao jornalista os detalhes da sua longa jornada de crimes, como uma espécie de transposição de seu passado em favor da dedicação a uma vida religiosa que havia iniciado na prisão. “Durante os quase dois anos em que, com Marcelo Netto, o ouvi exaustivamente para esse livro, percebi seu incômodo com a possibilidade de que suas confissões fossem entendidas como a busca de um perdão ou um explícito arrependimento”, destaca Medeiros.

Cláudio Guerra por ele mesmo

Sou um homem de 71 anos, mudado pela vida. Não posso dizer que não me arrependo. As tarefas que cumpri me trouxeram dores dos ossos à  alma, os rostos nunca se apagaram da minha  memória.

Enquanto servi ao regime militar, lhe fui absolutamente leal, a ponto de aceitar a autoria de um crime que não era meu.

Na cadeia eu conheci Jesus e ao me aprofundar no conhecimento da Bíblia, vi a necessidade de caminhar para além do perdão. Era preciso me confessar aos homens. E resolvi revelar os meus atos na defesa daquele regime.

Encaro como positiva e acertada  a decisão da presidente Dilma Rousseff de criar a Comissão da Verdade, e estou à disposição das autoridades para ajudar.

Não quero mais carregar segredos, não há perdão, mas posso buscar contrição daquilo que fiz. Para tentar ajudar as famílias das vítimas resolvi dizer o que sei. Estou sereno, não podia deixar de fazer o que estou fazendo. Sofro e lamento por tudo o que aconteceu e sinto como se estivesse falando de um Claudio que não existe mais, daquele Cláudio, Deus já me libertou.
Via SD
___________________________________________________________________________________
Novo ministro do Trabalho de Dilma é casado com uma capixaba

Os três deputados federais do PDT capixaba, Sueli Vidigal, Carlos Manato e Dr. Jorge Silva, acompanharam na manhã desta quinta-feira a posse do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT).

Em seu discurso, Brizola Neto fez elogios ao governo da presidenta Dilma e de seu antecessor, o ex-presidente Lula. Ele também lembrou a memória do avô, o pedetista Leonel Brizola.

A deputada Sueli Vidigal PDT-ES) destacou a juventude, e a militância política do novo ministro.
"A minha expectativa é a melhor possível. O nosso colega Brizola Neto, apesar de ser jovem na idade é um militante da política, que já tem uma bela história. O PDT aplaude a escolha da nossa presidenta", disse a deputada.

Manato disse que Brizola Neto, apesar da pouca idade, possui uma história de sucesso na política. "Tenho uma boa relação com o ministro, ele é meu amigo. É uma pessoa que conhece os movimentos sindicais. Essa escolha é boa para o país, o Brasil ganha muito com Brizola Neto no Trabalho".

A expectativa do deputado Dr. Jorge Silva também é positiva. Ele espera que o ministro possibilite a geração de empregos no Brasil.
"Essa foi uma indicação acertada da presidenta Dilma, um ministro jovem, que tem DNA da política no sangue. É muito positivo, pois é a juventude acompanhada da história voltada para construção do trabalho. O que desejamos é que consiga conduzir o ministério para o aumento do emprego no país", disse o deputado.
Via Agência Congresso
___________________________________________________________________________________
Iriny tenta manter candidatura, mas grupo de Coser pressiona diretório municipal 


O grupo que apóia a candidatura da deputada federal Iriny Lopes à prefeitura de Vitória tenta um contra-ataque à investida do grupo do prefeito João Coser, que tenta, mais uma vez, forçar o recuo do palanque petista em apoio ao nome do ex-governador Paulo Hartung. O grupo quer que seja marcado o encontro do regional para pôr um ponto final na história.

A reação do grupo, porém, encontra dificuldade na mudança de postura de um dos principais aliados da candidatura própria: o diretório municipal.  Desde o início do processo eleitoral na Capital, o PT de Vitória foi um dos pontos fortes da candidatura da deputada, contra os caciques do partido que tentam levar o PT para o palanque ainda não confirmado do ex-governador Paulo Hartung.


Mas, os últimos movimentos mostram que o diretório estaria fraquejando nessa posição, devido à pressão do grupo do prefeito João Coser. O secretário de Turismo do Estado Alexandre Passos – que apesar de ser de uma corrente diferente de Coser, também faz parte do grupo do prefeito – seria o novo agente designado para fomentar a ideia de que o partido deve recuar da candidatura própria. A justificativa apresentada pelo grupo para tentar desestimular a candidatura de Iriny é, no mínimo, imprecisa.


Os apoiadores do palanque de consenso de Hartung tentam disseminar para dentro do partido a ideia de que, com um recuou em Vitória, o ex-governador pode apoiar o nome da deputada estadual Lúcia Dornellas, em Cariacica, para a sucessão do prefeito Helder Salomão. Para alguns petistas, a proposta é inviável. Afinal, o principal adversário de Lúcia Dornellas é o deputado Marcelo Santos que, além de ser favorito com uma distância segura da petista, é aliado e correligionário de Hartung, no PMDB.


A primeira investida do grupo do prefeito foi com a Executiva Nacional do partido. Mas, informações de bastidores dão conta de que o grupo do prefeito não conseguiu convencer o PT da necessidade do recuo, já que o PT tem interesse na disputa em Vitória, por ser uma das cidades estratégicas para o projeto nacional do partido.


Daí o movimento se voltou para o diretório de Vitória, já que é essa instância partidária que decide sobre a eleição no município. A pressão sobre o presidente do diretório, Cacau Merçon, aumentou.


Para os meios políticos, o recuo do PT em Vitória será um erro grave para o futuro do partido. Ao apostar em uma possível aliança em outros municípios com o ex-governador Paulo Hartung em detrimento da candidatura em Vitória, o partido pode estar correndo o risco de sair da eleição deste ano com um retrospecto muito ruim, se comparado a 2008, quando elegeu os prefeitos de seis municípios: Vitória, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Mantenópolis e Castelo.


Além disso, apostar em um possível apoio para o prefeito João Coser ao Senado em 2014, sendo que várias lideranças estão ganhando capilaridade e podem chegar em condições de disputar a vaga até com mais chances que ele, seria uma aposta às cegas -
Renata Oliveira  - Renata Oliveira ia SD
___________________________________________________________________________________

Senador disponibiliza em seu site contratos firmados pela Delta


O Governo do Estado do Espírito Santo promoveu, entre 2004 e 2011, um total de 92 obras de melhorias de infra-estrutura em 50 municípios capixabas, dentro do Programa Caminhos do Campo, da Secretaria de Agricultura.
Na época o titular da pasta era o vice governador, Ricardo Ferraço, hoje senador, e membro da CPMI que investiga operações da Delta no país.
Todos os contratos dos trechos licitados, na modalidade concorrência pública, foram realizados por empresas que apresentaram menor preço, segundo informa a assessoria do senador.
Foram 664,071 quilômetros licitados e concluídos, por um valor total de R$ 207.164.053,41. Participaram das licitações 36 empresas, a um custo médio de R$ 311.962,05 por quilômetro.
De acordo com dados do Governo do Estado, a Delta Construções S/A ganhou, pelo menor preço, treze das 92 concorrências a um custo médio de R$ 238.058,98 por quilômetro.
"Com a participação da Delta, portanto, o preço médio por quilômetro foi inferior ao do total do Programa.", diz o texto do blog do senador.

O blog publicou a planilha com a relação das 92 obras executadas dentro do Programa Caminhos do Campo, relação das empresas participantes, a descrição dos 50 municípios e dos trechos onde foram realizadas, extensões e valores dos contratos. Via Agencia Congresso
___________________________________________________________________________________
Câmara vai manter receita de R$ 1.8 bi/ano do ES

O ES fechou ontem na Câmara Federal um acordo importante para garantir sua receita de royalties.
O total de R$ 1.8 bilhão que o ES tem hoje com o pagamento de royalties pela exploração de petróleo em seu território foram mantidos no relatório do deputado federal Carlos Zaratini (PT-SP).

Ele se reuniu ontem com a bancada capixaba no gabinete da deputada Rose de Freitas (PMDB) e confirmou a boa notícia. Restará ao plenário aprovar o parecer dele, que mantém ao ES a mesma receita obtida em 2011.

"Foi uma conquista excelente. Se o Rio de Janeiro não apóia, não nos interessa. O que interessa é que o relatório que vai a votação garante a receita do estado e evita perdas", disse a deputada Rose de Freitas (PMDB).

Após a reunião Zaratini também falou sobre o acordo firmado:

"Essa foi uma reunião esclarecedora do texto que apresentei na última reunião. O ES estava preocupado em reduzir sua arrecadação. Mas mostrei a eles a emenda onde garanto que nenhum estado ou município vai receber menos do que recebeu em 2011. Com isso, todos ficaram tranqüilos. Segunda-feira entrego meu relatório para eles discutirem com o governador Casagrande. Na terça a gente volta a conversar. A expectativa é muito boa", disse.


O deputado coordena um grupo de 11 parlamentares designados pelo presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia (PT-RS) para buscar um acordo sobre a divisão dos royalties, tema em debate no Congresso desde 2010.

Para Rose de Freitas, a garantia dada pelo relator de manter a arrecadação de 2011 foi uma vitória.

"Foi uma notícia excelente, é uma vitória para o estado que agora começa a receber o tratamento ideal. Garantimos hoje a arrecadação de 2011 corrigida anualmente pela IPCA. Segunda feira vamos receber do relator a proposta final que será discutida com o governador", disse a deputada.


O deputado Lelo Coimbra (PMDB) disse que foi dado um passo importante para se fechar um acordo. O deputado espera agora que Zarattini acolha também o pedido do ES de garantia dessa arrecadação além de 2023. Pela proposta do relator a arrecadação de 2011 só é garantida até 2023.

"Nossa conversa foi muito positiva, conseguimos hoje garantir duas das três principais questões que pleiteamos. A primeira foi a garantia da arrecadação de 2011, a segunda é a correção anual dessa arrecadação e o próximo passo, que ainda está em aberto, é a manutenção dessa garantia além de 2023. A proposta de Zarattini só garante até 2023, queremos que essa garantia continue além disso", disse o deputado.


A Comissão dos Royalties se reúne na próxima terça-feira, 8 de maio, às 14h, para aprovar o relatório final de Zarattini.
Via Agencia Congresso

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!

Abração

Dag Vulpi

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook